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sábado, 1 de fevereiro de 2014

Apesar do rompimento, tio de Eduardo está no cargo


PSB ainda tem cargos na gestão Dilma, 4 meses após rompimento com PT
Marcos Arraes está na Hemobras; Roberto Amaral só deixou ontem os conselhos do BNDES e de Itaipu
Da Folha de S.Paulo - Aguirre Talento e Marcio Falcão
 Quatro meses após o PSB romper com a presidente Dilma Rousseff para consolidar a candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República, só ontem o vice-presidente do partido, Roberto Amaral, deixou os cargos que ocupava no governo federal.
Apesar disso, pelo menos outros dois indicados do PSB, incluindo um tio de Campos, continuam em cargos subordinados ao governo petista.
Irmão de Ana Arraes, mãe de Campos e ministra do TCU (Tribunal de Contas de União), Marcos Arraes de Alencar é diretor administrativo e financeiro da estatal Hemobras (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia), da qual o governo de Pernambuco é acionista minoritário. Ele não respondeu ao contato da reportagem ontem. A remuneração do cargo é de ao menos R$ 21 mil, segundo relatório da Hemobras relativo a 2012.
O secretário de Imprensa de Eduardo Campos, Evaldo Costa, afirmou que o tio do governador já pediu demissão e aguarda ser substituído. E que no caso de Luiz Gonzaga a indicação é do diretório do PSB no Piauí. 
O outro indicado pelo PSB que permanece com cargo no governo petista é Luiz Gonzaga Paes Landim, superintendente da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste). O órgão é subordinado ao Ministério da Integração Nacional, que era feudo do PSB.
O salário bruto de Landim é de R$ 12 mil, mas em dezembro ele recebeu R$ 19 mil graças a férias e gratificação natalina. Sua assessoria afirmou que ele não foi localizado para comentar sua manutenção no cargo. Landim é ligado ao governador do Piauí, Wilson Martins (PSB).
Na época do rompimento com o governo petista, os dois ministros do PSB, Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Leônidas Cristino (Portos), deixaram seus cargos.
Amaral ocupava os conselhos de administração do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e da Itaipu Binacional. Em outubro, o PSB divulgou que ele havia pedido demissão. Mas sua exoneração, a pedido, só foi publicada no Diário Oficial ontem.
No período, o vice-presidente do PSB recebeu pelo menos R$ 19 mil pela permanência no conselho do BNDES. A Itaipu não informa o salário dos conselheiros.

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