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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Traumann chega sob fogo pesado da mídia familiar

247 - A ascensão do porta-voz da presidência da República, Thomas Traumann, ao cargo de ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo federal, no lugar da ministra Helena Chagas, deixou um setor da sociedade em alerta: a chamada imprensa familiar, rotulada por grupos de esquerda como "Partido da Imprensa Golpista". E antes mesmo que a mudança fosse confirmada, num processo natural dentro do Palácio do Planalto, uma vez que a ministra Helena Chagas já havia demonstrado a intenção de deixar o cargo em outras ocasiões e Traumann seria seu substituto natural, diversos colunistas foram escalados para atacar a escolha de Dilma.
A primeira jornalista a demonstrar preocupação com a mudança, na Globonews, foi a colunista Cristiana Lôbo, que apontou uma suposta proximidade maior entre Traumann e dois jornalistas que comandarão a campanha da presidente Dilma à reeleição: João Santana e Franklin Martins (leia aqui sua coluna no G1). Também no sistema Globo de comunicação, Gerson Camarotti comentou que "ataques do PT" motivaram a saída de Helena Chagas (leia aqui). Ele também previu maior "enfrentamento" com a imprensa.
Na Folha, de Otávio Frias Filho, a mudança foi anunciada como uma medida para "mudar a relação com a mídia", destacando ainda o papel da Secom no gerenciamento dos recursos da publicidade governamental (leia aqui). E, em Veja, quem partiu para o ataque foi Reinaldo Azevedo, afirmando que o que está em jogo é a concessão de "mais dinheiro" ao que ele chama de "blogs sujos" (leia aqui).
Curiosamente, Traumann teve passagens bem-sucedidas, como repórter e editor, pelos três veículos que decidiriam criticá-lo: Folha, Veja e Época, que pertence à Globo. Como jornalista, construiu a reputação de um profissional moderado, equilibrado e sempre disposto a ouvir todos os lados envolvidos nas suas apurações. Como porta-voz da presidência da República, manteve relações construtivas com repórteres e editores de todos os veículos. Sobre o que fará na Secom, sua política de comunicação nem sequer foi anunciada, mas o fato é que as primeiras reações dos grupos Folha, Globo e Abril não deixam dúvidas: eles estão com medo. Isso faz sentido?

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