O
balanço de 2013 do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) revela que as
famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil foram as mais beneficiadas
com a aquisição de imóveis. As famílias com este perfil de renda, que
antes não tinham acesso a financiamentos habitacional, adquiriram os
imóveis do programa tanto por meio da modalidade em que as prefeituras
selecionam os beneficiários como por meio do financiamento direto nos
bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa) e nas construtoras.
A
meta de contratação do programa e de 3,750 milhões unidades até dezembro
de 2014 para famílias com renda de até R$ 5 mil. Até dezembro de 2013, o
programa registrou mais de 3,2 milhões de unidades contratadas e 1,5
milhão de unidades entregues, desde 2009. Do total das unidades
entregues (1,5 milhão), 812 mil unidades (53%), foram para pessoas com
renda familiar de até R$ 1,6 mil, sendo que 459 mil unidades foram
destinadas aos selecionados pelas prefeituras (Faixa 1 do programa) e
353 mil compraram o imóvel diretamente das construtoras com
financiamentos nos bancos públicos federais. (Faixa 2 do programa).
Desde
a criação do MCMV, em 2009, o programa passou por vários aprimoramentos
para dar mais conforto às famílias. Este trabalho resultou na ampliação
da área construída, na melhoria da acessibilidade das unidades,
colocação de piso de cerâmica em todos os cômodos e aquecimento solar
nas moradias térreas. Mais recentemente, o programa passou a contratar
os postos de saúde e educação junto com as unidades habitacionais. O
MCMV também garante que 3% das unidades de cada empreendimento devem ser
destinadas aos idosos e o mesmo percentual para as pessoas com
deficiência.
Além de atender demandas por moradia em praticamente
todas as cidades e capitais do país, o programa também beneficia o
agricultor familiar, trabalhador rural, assentados da reforma agrária,
quilombolas, indígenas e pescadores. Nesta modalidade rural, o programa
abrange todos os municípios brasileiros e permite a construção de uma
casa nova ou a conclusão/reforma e/ou ampliação da moradia existente.
Até momento, 109 mil unidades foram contratadas.
Na faixa de renda
de até R$ 1,6 mil, o imóvel é construído com recursos do Orçamento
Geral da União (OGU). As famílias pagam uma prestação de apenas 5% da
renda familiar (com mínimo de R$ 25,00 por mês) para 120 prestações
mensais.
Os subsídios chegam a ultrapassar 90% do valor do imóvel.
As famílias com renda de até R$ 1,6 mil devem se inscrever junto às
prefeituras dos municípios onde residem e aguardar o resultado das
seleções, que são feitas com base nos critérios estabelecidos pelo
Ministério das Cidades e pelo próprio município.
As famílias com
renda de até R$ 3.275,00 podem ter acesso ao financiamento do FGTS com
subsidio de até R$ 25 mil. Quanto menor a renda maior será o subsidio.
As famílias com renda mensal de R$ 325,00 a R$ 5 mil podem adquirir o
imóvel com financiamento do FGTS nos bancos públicos com taxa de juros
de 7,16% ao ano e fundo garantidor. Os interessados procuram diretamente
as construtoras, que comercializam imóveis enquadrados no MCMV, e a
CAIXA/Banco do Brasil para avaliar as condições de obtenção do
financiamento.
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