Não seria o caso de se organizar algumas manifestações contra os bilionários brasileiros, principalmente contra os donos das Organizações Globo?
Na semana passada, o jornal Valor divulgou o chamado índice
"Bloomberg Billionaires", o ranking das 300 maiores fortunas do mundo.
Em plena crise mundial da economia capitalista, ele confirmou que "as
pessoas mais ricas do planeta ficaram ainda mais ricas em 2013 após
aumentarem o seu patrimônio líquido coletivo em US$ 524 bilhões" e ainda
indicou que "os ricos continuarão ficando mais ricos em 2014", segundo
declaração arrogante de um dos incluídos no ranking. A mídia nativa,
porém, não deu maior destaque para os ricaços brasileiros – talvez
porque na lista apareçam com destaque os três filhos de Roberto Marinho,
donos das Organizações Globo, o maior império de comunicação da América
do Sul.
Nesta semana, a edição brasileira do jornal espanhol El País abriu o
jogo no artigo intitulado "Quem e quantos são os ricos na América
Latina?". Segundo a matéria, "na região há 111 multimilionários que
superam 1 bilhão de dólares de patrimônio. O Brasil lidera ranking de
ultrarricos". Jorge Paulo Lemann, acionista da cervejaria Ambev, da rede
da fast food Burger King e da fabricante de Ketchup Heinz, é o maior
ricaço brasileiro e o 34º no mundo, com uma fortuna avaliada em US$ 22,3
bilhões. Na sequência surgem o banqueiro Joseph Safra, no posto 92, com
US$ 12,4 bilhões; e os empresários Marcel Telles (posto 113, com US$
10,4 bilhões) e Carlos da Veiga (posto 138, com US$ 8,9 bilhões), ambos
sócios de Lemann.
Logo em seguida, no quinto, sexto e sétimo lugares dos mais ricos do
Brasil, aparecem os filhos de Roberto Marinho, numa estranha
contabilidade. "João Roberto Marinho (Organizações Globo), no número 165
do ranking mundial, com US$ 7,7 bilhões; José Roberto Marinho
(Organizações Globo), no posto 166, com os mesmos dados que seu irmão; e
Roberto Irineu Marinho (Organizações Globo), no número 177, com os
mesmos dados de João e José Roberto". Será que a estranha contabilidade
tem alguma relação com a sonegação de impostos e desvio de grana para os
paraísos fiscais, como foi denunciado recentemente pelo jornalista
Miguel do Rosário, do blog O Cafezinho? De qualquer forma, somando as
três fortunas, os três filhos do Marinho poderiam disputar o primeiro
lugar no Brasil.
Como observa a matéria do El País, "desde a última crise de Wall
Street, muitos cidadãos no mundo e, sobretudo nos EUA, protestaram
contra este 1% da população global que domina a riqueza". Fica a
indagação: já que estão sendo planejados tantos protestos contra a Copa
do Mundo no Brasil, inclusive com o discurso carbonário de vários
"calunistas" da mídia golpista, não seria o caso de se organizar algumas
manifestações contra os bilionários brasileiros, principalmente contra
os donos das Organizações Globo? O motivo seria bem mais nobre e justo!
Do Blog do Miro
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