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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

MPPE discute assassinato de promotor

Legalmente, o prazo de 30 dias para conclusão do inquérito encerra-se nesta quinta-feira (14), mas deve ser prorrogado

Edmacy Ubirajara aguarda o fim de prisão temporária /

Edmacy Ubirajara aguarda o fim de prisão temporária

Passado um mês do assassinato do promotor Thiago Faria Soares, de Itaíba, no Agreste Meridional do Estado, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) reúne-se para avaliar as investigações. O procurador-geral do Estado, Aguinaldo Fenelon, conversará com os integrantes da força-tarefa que contribuíram com a apuração do inquérito. Enquanto isso, o pacto de silêncio firmado pela Polícia Civil impede a divulgação de informações sobre o andamento do inquérito. Ontem, o delegado Rômulo César, que lidera as investigações, passou o dia em Águas Belas, onde o promotor morava, fazendo diligências sobre o caso.
Legalmente, o prazo de 30 dias para conclusão do inquérito encerra-se nesta quinta-feira (14), mas deve ser prorrogado para que as investigações sejam concluídas. A polícia segue a linha de investigação de que uma briga por terras compradas pela noiva de Thiago, a advogada Mysheva Ferrão Martins em um leilão. O antigo proprietário, José Maria Rosendo Barbosa, é o suspeito de ser o mandante do crime. Ele está foragido. O Disque-Denúncia oferece uma recompensa de R$ 10 mil a quem informar seu paradeiro.
Um outro suspeito, o agricultor Edmacy Ubirajara, está detido no Centro de Triagem de Abreu Lima (Cotel), na Região Metropolitana do Recife. De acordo com o seu advogado, Anderson Flexa, o prazo da prisão temporária, de 30 dias, encerrou-se ontem. A família do suspeito passou o dia de ontem no Recife, aguardando informações. “Não fomos informados se houve um pedido de prorrogação da prisão. Se não foi feito, nesta quinta, a prisão de Edmacy já é considerada ilegal”, explicou o delegado.O grupo alega que ele é inocente e chegou a apresentar vídeos em que Edmacy aparece dirigindo seu carro em Águas Belas, no sentido oposto ao caminho feito pelo promotor. A polícia alega que havia tempo suficiente para ele ir até o local do crime e retornar ao município.
O silêncio da polícia deixa ainda perguntas sem respostas. Algumas são as mesmas do início da investigação: a noiva do promotor e o tio dela, que estavam no carro, conseguiram escapar da emboscada na PE-300 ou os assassinos permitiram a fuga? Thiago teria usado sua função de promotor para agilizar a imissão de posse do terreno? Há possibilidade de o crime ter ocorrido por outro motivo?(JC )

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