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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Dilma tinha razão: BTG, que apostou contra, perdeu

247 - Na entrevista exclusiva concedida ao 247, a presidente Dilma Rousseff afirmou que "quem torce contra o Brasil perde" (leia aqui). A frase se encaixa perfeitamente ao banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, que já frequentou os círculos do poder, mas, hoje, é motivo de chacota em Brasília. O motivo: em julho deste ano, numa entrevista concedida às páginas amarelas da revista Veja, ele afirmou que estava cada vez mais difícil "vender o Brasil". Esteves debochou do programa de concessões e até duvidou da capacidade de gestão do governo Dilma. "Em alguns segmentos do governo, falta capacidade de gestão e, em outros, os diagnósticos, estão errados. Tem gente que ainda acha que está abafando", disse ele.
Aquela entrevista foi mais uma etapa no processo de construção de um discurso que apontava certo distanciamento entre empresários e o Palácio do Planalto (leia mais aqui). Esteves, que no passado afirmou que o BTG era uma espécie de "BNDES privado", perdeu uma oportunidade e tanto de ficar calado. O sucesso do leilão de Confins e do Galeão repercutiu mundo afora e, segundo o Wall Street Journal, coloca a presidente Dilma "em alta". Pode até ser que o banqueiro consiga reconstruir suas pontes com os círculos do poder, que já frequentou. Mas, hoje, ele é quase persona non grata em Brasília.
Leia, abaixo, o que André Esteves disse às páginas amarelas de Veja sobre o programa de concessões. E tem gente que ainda acha que está abafando:
As concessões e a confiança no Brasil
Paira uma grande incerteza sobre o rumo que o país está tomando. Nos últimos tempos, o governo lançou pacotes para ferrovias, rodovias e aeroportos que até iam na direção certa, mas resolveu definir ele mesmo a taxa de retorno do investimento – o que, além de despropositado, é tarefa absolutamente inglória (...) Temos um cliente, um grande fundo de pensão canadense acostumado a aplicar bilhões aqui, que suspendeu temporariamente os investimentos em infraestrutura até ter mais clareza sobre o futuro. É esse o jogo – o das expectativas – que o governo está perdendo (...) O que me choca é que é tudo muito fácil de resolver.
Se é fácil, por que ninguém faz?
Em alguns segmentos do governo, falta capacidade de gestão e, em outros, os diagnósticos, estão errados. Tem gente que ainda acha que está abafando.

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