Agência Brasil (Brasília) – O ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, disse hoje (4) que o governo brasileiro poderá analisar
eventuais pedidos de asilo político de médicos cubanos contratados pelo
Programa Mais Médicos. Segundo ele, o mesmo ocorrerá com médicos de
outras nacionalidades. Em debate na Câmara, Padilha rebateu afirmações
de que os cubanos ficam sem a posse dos passaportes.
“Se um médico cubano, ou argentino – temos médicos de mais de 60
países -, se qualquer um desses profissionais vier a pedir asilo
político, vamos analisar quando houver o motivo”, disse em resposta a
parlamentares sobre a possibilidade de os cubanos poderem requerer
asilo. “Chequem com os médicos e vejam se eles não ficam com passaporte
na mão deles. É o documento que eles têm”, completou. Padilha foi à
Comissão Geral da Câmara para debater o Programa Mais Médicos.
A vinda dos profissionais de Cuba faz parte de acordo do Ministério
da Saúde com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A previsão é
trazer ao Brasil, até o final do ano, 4 mil médicos cubanos. Os
primeiros 400 profissionais chegaram ao país e passam por curso de
formação e avaliação, com duração de três semanas. A previsão é que eles
comecem atuar no próximo dia 16, nas cidades que não atraíram
profissionais inscritos individualmente no Mais Médicos.
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