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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

GRUPO DE EX-PREFEITO JOÃO DA COSTA PODE SE DIVIDIR NO PED

















A divisão dentro de uma divisão. As eleições para o comando da executiva estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) pode provocar ainda mais a fragmentação das forças que movem a sigla em território pernambucano. Após o lançamento do advogado Bruno Ribeiro pelo grupo encabeçado pelo deputado federal João Paulo e senador Humberto Costa, a equipe adversária, liderada pelo ex-prefeito João da Costa, prometeu um adversário de peso.

O problema é que, para a disputa no Processo de Eleição Direta (PED), pode surgir uma nova divisão - e há quem sinalize a possibilidade de três candidaturas.

Na última quarta-feira (7), foi realizada uma nova reunião com os aliados de João da Costa. O grupo é formado por lideranças que votaram no ex-prefeito durante as prévias para a escolha do candidato do partido na capital pernambucana. O encontro, realizado no escritório do deputado André Campos, não rendeu maiores resultados. A expectativa era que surgisse um consenso entre os nomes apontados por Fernando Ferro, Teresa Leitão, Oscar Barreto e de Gilson Guimarães, esforço que, até agora, foi nulo.

O problema enfrentado pelo grupo é justamente com relação à candidatura de Gilson Guimarães, que insiste em se apresentar como pré-candidato e, com isso, dificulta as negociações.

A deputada Teresa Leitão, que oficialmente nega seu favoritismo na escolha, sinaliza que existe a possibilidade de uma divisão. “Por enquanto estamos definindo as chapas, as alianças. Gilson é pré-candidato. Estamos ainda analisando, fazendo um levantamento de perfis. Nós temos até segunda-feira para realizar esta escolha e definir as candidaturas”, explicou.

A divisão do grupo de João da Costa também pode ser explicada pela organização interna do partido. Enquanto Teresa Leitão representa a corrente “Coletivo PT Militante”, Gilson Guimarães se mantém na “PT Lutas e Marchas”, que possui atuação “mais nacional”.

Conquistar o comando estadual da sigla é um dos maiores objetivos dos aliados ex-prefeito do Recife. Apesar de ter saído vitorioso nas prévias, João da Costa não pôde disputar a reeleição devido a uma intervenção do diretório nacional. Na época, ele defendia uma reforma dentro do partido, argumentando que a legenda tinha perdido, entre outros pontos, o contato com os movimentos sociais e a nova classe média brasileira.
Com informações de Tercio Amaral (Diario de Pernambuco).

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