Do DCM - Diário do Centro do Mundo
A
internet é uma mídia que se classifica como disruptora: ela
simplesmente mata. A comunidade jornalística está em estado de choque
pela carnificina editorial ocorrida na Editora Abril. Mas eis uma agonia
anunciada. Revistas – a mídia que fez a grandeza da Abril – estão
tecnicamente mortas, assassinadas pela internet.
Quem assim avalia é Paulo Nogueira, que foi diretor do Núcleo Exame, ex-editor da revista Veja, hoje pilotando seu blog Diario do Centro do Mundo, no
qual ele, em oportuno artigo trata do tufão que acaba de passar pela
redação da editora abril, com o fim de quatro importantes revistas,
Bravo, Alfa, Lola e Gloss e 150 demissões, num claro exemplo do que a
mídia eletrônica causa, e vai causar mais ainda no jornalismo impresso,
não só no Brasil, mas em todos os continentes. Paulo Nogueira sentencia:
‘’Os
leitores somem em alta velocidade. Quando você vê alguém lendo revistas
(ou jornal) num bar ou restaurante, repare na idade. Crises as editoras
de revistas enfrentaram muitas. Mas esta é diferente. Desta vez, o caso
é terminal. Antes, e eu vivi várias crises em meus anos de Abril, você
sabia que uma hora a borrasca ia passar. Agora, você olha para a frente e
observa apenas o cemitério.
‘’Na
agonia, o que companhias como a Abril farão é seguir a cartilha
clássica: tentar extrair o máximo de leite da vaca destinada a morrer.
‘’Para
isso, você enxuga as redações, corta os borderôs, piora o papel,
diminui as páginas editoriais e, se possível, aumenta o preço.É uma
lógica que vale mesmo para títulos como Veja e Exame, os mais fortes da
Abril. Foi demitido, por exemplo, o correspondente da Veja em Nova York,
André Petry.
‘’Antes,
e eu vivi várias crises em meus anos de Abril, você sabia que uma hora a
borrasca ia passar. Agora, você olha para a frente e observa apenas o
cemitério.
‘’Sobrarão,
no futuro, algumas revistas – mas poucas, e de circulação restrita
porque serão um hábito quase tão extravagante quanto se movimentar em
carruagem. Leia aqui o artigo na íntegra.
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