Uma
das maiores polêmicas recentes do governo Dilma Rousseff, a importação
de médicos estrangeiros é prática comum em diversos países,
principalmente na Europa. Considerado detentor de rede modelo de saúde
pública, a Inglaterra, por exemplo, possui 44 mil médicos provenientes
do exterior, o que representa 37% de todo seu contingente.
Criticado
pela maioria dos sindicatos brasileiros, o programa de importação foi
idealizado para que as vagas em postos de trabalho no interior do país
não ocupadas por brasileiros fossem destinadas aos médicos de fora. A
medida é vista pelo Ministério da Saúde como solução emergencial em
curto prazo. Pressionado pelos inúmeros protestos das últimas semanas e
ciente de que é necessário um maior investimento na formação de médicos
brasileiros, o governo também anunciou a criação de 12.000 novas vagas
de especialização até 2017.
O
Brasil possui hoje um índice de 1,8 médicos para cada 1.000 habitantes,
número considerado baixo, principalmente em comparação com outros
países como Reino Unido
(2,7), Uruguai (3,7) e Argentina (3,2). A baixa quantidade contribui
para que muitas cidades de regiões remotas do país possuam uma alta
defasagem de assistência médica, por falta de pessoal. O Ministério da
Saúde abriu edital, no início do ano, com 13.682 vagas para postos de
trabalho nestes municípios, sendo que só 3.601 pessoas se inscreveram.
Dezenas de sindicatos e entidades se posicionaram contra o projeto do
governo, alegando que o maior problema não está na falta de mão de obra,
mas sim nas precárias condições de trabalho que são oferecidas e que é
necessário um investimento maior na modernização do sistema de saúde e
na qualificação e valorização dos profissionais. (Do Jornal do Brasil)
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