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sábado, 29 de junho de 2013

IMPORTAÇÃO DE MÉDICOS É COMUM EM OUTROS PAISES


Uma das maiores polêmicas recentes do governo Dilma Rousseff, a importação de médicos estrangeiros é prática comum em diversos países, principalmente na Europa. Considerado detentor de rede modelo de saúde pública, a Inglaterra, por exemplo, possui 44 mil médicos provenientes do exterior, o que representa 37% de todo seu contingente.
Criticado pela maioria dos sindicatos brasileiros, o programa de importação foi idealizado para que as vagas em postos de trabalho no interior do país não ocupadas por brasileiros fossem destinadas aos médicos de fora. A medida é vista pelo Ministério da Saúde como solução emergencial em curto prazo. Pressionado pelos inúmeros protestos das últimas semanas e ciente de que é necessário um maior investimento na formação de médicos brasileiros, o governo também anunciou a criação de 12.000 novas vagas de especialização até 2017.
O Brasil possui hoje um índice de 1,8 médicos para cada 1.000 habitantes, número considerado baixo, principalmente em comparação com outros países como Reino Unido (2,7), Uruguai (3,7) e Argentina (3,2). A baixa quantidade contribui para que muitas cidades de regiões remotas do país possuam uma alta defasagem de assistência médica, por falta de pessoal. O Ministério da Saúde abriu edital, no início do ano, com 13.682 vagas para postos de trabalho nestes municípios, sendo que só 3.601 pessoas se inscreveram. Dezenas de sindicatos e entidades se posicionaram contra o projeto do governo, alegando que o maior problema não está na falta de mão de obra, mas sim nas precárias condições de trabalho que são oferecidas e que é necessário um investimento maior na modernização do sistema de saúde e na qualificação e valorização dos profissionais. (Do Jornal do Brasil)

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