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sexta-feira, 24 de maio de 2013

LULA PEDE MODERAÇÃO A LINDBERG FARIAS



















Apesar das ameaças do governador Sérgio Cabral (PMDB) de romper a aliança com a presidente Dilma Rousseff, caso o PT insista em candidatura própria no Rio de Janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu "moderação" ao senador Lindbergh Farias, pré-candidato petista ao Governo do Estado.

A tensão entre o PMDB e o PT do Rio é crescente, mas Lula quer manter a boa relação com Cabral e com o vice-governador Luiz Fernando Pezão, pré-candidato do PMDB.

Os peemedebistas esperam a interferência de Lula para fazer Lindbergh desistir da disputa, mas, no PT, a hipótese é descartada. "Lula tem recomendado que Lindbergh seja moderado no discurso, mas não vai enquadrar o Lindbergh. Muito menos a direção do PT faria isso", disse nesta quinta-feira (23) o deputado Jorge Bittar (RJ), coordenador do programa de governo de Lindbergh.

"Esse posicionamento do governador Cabral, essa visão que beira a chantagem, gera constrangimento entre os peemedebistas. Noto que eles estão incomodados, porque muitos parlamentares e prefeitos do PMDB estão alinhados com o governo federal, com a presidente Dilma. Temos apreço e consideração pelo governador, tanto que o apoiamos desde 2006, mas o PMDB não pode decidir sobre candidaturas do PT", afirmou Bittar.

Depois de reclamar do PT do Rio e de lembrar a amizade que mantém com o tucano Aécio Neves, provável adversário de Dilma em 2014, Cabral disse que "é esquizofrênico" palanque duplo para Dilma no Rio, mas usou um tom bem mais ameno que no encontro com os companheiros do PMDB.

"Tenho certeza de que vamos chegar a bom termo, que teremos um palanque único para o governo do Estado e um palanque único para presidente da República, porque é esquizofrênico você ter dois palanques. Isso não acaba bem. Como a presidenta Dilma vai vir ao Rio em um palanque de alguém que está fazendo críticas ao meu governo?", indagou Cabral, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

O governador afirmou que Dilma tem sido "muito parceira" e classificou de "intrigas" as notícias sobre a ameaça de não apoiar a reeleição. "Minha relação com a presidenta é carinho e respeito. O que tenho é a lealdade de dizer o que penso", afirmou o governador.
Com informações da Exame.

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