Uma vistoria elaborada pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) e Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) resolveu promover uma interdição ética no Hospital Dom Moura, em Garanhuns, no Agreste do Estado. A ação aconteceu na semana passada, onde foram constatadas diversas irregularidades, principalmente nas escalas de plantão dos médicos. A falta de equipamentos e estrutura no local também são problemas relatados pelas entidades.
Com a interdição ética, os médicos que trabalham no Dom Moura estão cientes de que havendo falta de profissionais, principalmente durante os plantões na emergência, quem estiver escalado só vai fazer o atendimento de casos onde o risco de morte seja iminente. 'A falta de estrutura dispensada pelo Governo do Estado está colocando em risco os pacientes e os profissionais de saúde daquela unidade', disse a presidente do Cremepe, Helena Carneiro Leão.
Os setores mais atingidos são a emergência pediátrica, a neonatologia, o bloco cirúrgico e a traumatologia. 'O Dom Moura não tem mais um diretor geral, nem clínico e nem administrativo. A diretora geral é uma enfermeira', citou Helena.
O presidente do Simepe, Sílvio Rodrigues, explicou que não existe uma integração dentro do próprio Governo do Estado. 'O Dom Moura é um hospital referência. Tanto para casos de alta complexidade quanto para os estudantes da Universidade de Pernambuco, que deveriam ter aulas na unidade. Mas não existe condições para isso', lembrou.
O relatório sobre os problemas e o pedido de intervenção ética vão ser encaminhados ainda hoje (23) para a Secretaria de Saúde de Pernambuco e para Secretaria Municipal de Saúde de Garanhuns.
Com informações do JC Online.
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