“Dos 46 bilionários brasileiros, nada menos
que seis (o equivalente a 13% da lista da Forbes) são ligados aos meios de
comunicação. São eles: Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José
Roberto Marinho, da Globo, Roberto Civita, da Abril, Silvio Santos, do SBT, e
Edir Macedo, da Record. Será que Rui Falcão, presidente do PT, tem razão quando
diz que "meia dúzia de famílias" controlam a informação no País?
O Partido dos Trabalhadores se prepara para
a guerra. Quer recolher assinaturas para convencer o governo da presidente
Dilma e o Congresso Nacional a votarem uma Lei de Meios, que desconcentre a propriedade
dos meios de comunicação no País e democratize a informação. De acordo com Rui
Falcão, presidente da legenda, uma "meia dúzia de famílias tem o monopólio
da mídia no Brasil" (leia mais aqui).
O jornal Estado de S. Paulo, por sua vez, condena o projeto do PT, afirmando
tratar-se de censura disfarçada de democratização (leia aqui).
Seja como for, o fato é que a alta
concentração midiática no Brasil tem sido uma fábrica de produção de
bilionários. De acordo com a lista da Forbes divulgada nesta semana, o Brasil
tem 46 pessoas com fortuna acima de US$ 1 bilhão. Destes, seis são ligados aos
meios de comunicação (confira aqui
a relação completa). A lista dos bilionários da mídia é liderada por Roberto
Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, os dois primeiros
com US$ 8,7 bilhões e o terceiro com US$ 8,6 bilhões. Suas fortunas, somadas,
alcançam US$ 26 bilhões, mais do que os US$ 17,8 bilhões de Jorge Paulo Lemann,
dono da Ambev e homem mais rico do Brasil.
Atrás deles, aparecem Roberto Civita, dono
da Abril, com US$ 4,9 bilhões, Silvio Santos, dono do SBT, com US$ 1,3 bilhão,
e Edir Macedo, dono da Record, com US$ 1,1 bilhão. E isso sem falar em outras
famílias, como os Frias, da Folha, e os Saad, da Band, que talvez tenham
patrimônio bilionário, mas não foram mapeados pela Forbes.
A questão é: essa alta concentração de
poder faz bem ao Brasil?”
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