Quando os cristãos foram chamados assim
pela primeira vez, foi no ano 44 d.C, em Antioquia na Síria, pois antes eram
conhecidos como uma seita pelos Judeus. A Igreja, de lá para cá, passou por
algumas transformações que mudaram completamente seu modo de lidar com os ensinamentos
de Jesus Cristo. Suponha que você tenha contratado um artista para pintar seu
retrato. Quando ele termina, você fica impressionado. A semelhança é perfeita.
Você imagina seus filhos, netos e bisnetos admirando o quadro com muito
orgulho.
Algumas gerações mais tarde, porém, seus
descendentes acham que as entradas no cabelo não ficam bem e mandam colocar
cabelo. Outros não gostam do formato do nariz e mandam alterá-los. As gerações
seguintes fazem outros “aprimoramentos”. Até que, com o tempo, o retrato lembra
muito pouco você. Como se sentiria, se soubesse que isso iria acontecer? Sem
dúvida, ficaria indignado. Infelizmente, o caso desse retrato representa
basicamente a história da igreja cristã.
O
cristianismo foi descaracterizado pelas mudanças feitas por gerações. Uma das mudanças
que mais descaracterizou a Igreja Cristã do primeiro século foi sem dúvida
nenhuma a chamada “conversão” do Imperador Constantino. Até o fim de sua vida,
Constantino adorou o Sol como seu Deus e é nesta época que os cristãos começam
a chamar Jesus de "Christus Sol" como que para agradar Constantino.
Foi também a partir dele que os cristãos
deixaram de ser perseguidos e foram introduzidos muitos ensinamentos pagãos
dentro da Igreja. Os mistérios gregos passaram-se para os mistérios da missa.
Outras culturas pagãs também contribuíram para esse sincretismo. Do Egito,
vieram as ideias da divina Trindade, do juízo final, e da imortalidade pessoal
com recompensas e castigos.
O sucessor de Constantino, o imperador Teodósio
transformou a religião Cristão em religião oficial do Império Romano. Ao
receber esse status de religião oficial do Império os cristãos passam de
perseguidos à perseguidores.
Foi
em nome de Cristo que se praticaram as piores barbáries contra outras crenças.
Mas é, na Idade Média, com advento da Inquisição, que a Igreja Católica pratica
seus piores crimes. Matou-se, torturou-se e queimou muita gente inocente na
fogueira em nome de um homem que só pregou a tolerância e o amor. Todavia o que
dizer da Igreja Católica de Hoje? Será que ela está livre desses erros? Ora,
infelizmente ela não aprendeu com a história, continua a cometer erros horríveis
contra seus fiéis e a humanidade. Não se podem esconder os inúmeros crimes de
pedofilia cometidos por vários padres, a lavagem do dinheiro da máfia italiana
feita pelo Banco do Vaticano, o enterro de um mafioso dentro da capela
designada para os “santos” da Igreja. Esses foram os verdadeiros motivos da renúncia
de Bento XVI. São vários os problemas que o novo Papa Francisco escolhido, na quarta-feira
(14) em conclave, que teve a presença de 115 cardeais e a ausência do Cristo, terá
que lidar no início do seu papado.
A
escolha de um Papa tem todo tipo de interesse, econômico, político (o Vaticano
é um Estado) brigas pessoais, conspirações e complôs. No conclave, discute-se o
poder da Igreja, a sua crise e a grande perca de fieis, menos o ensinamento de
Cristo. Por isso acreditamos que o Cristo estava presente, nos famintos da África,
nos companheiros que foram mortos pela ditadura, junto às pessoas vítimas de
injustiça, ao lado dos mais humildes, das mulheres violentadas, das crianças
doentes, dos idosos abandonados; todavia, não se encontrava nesse conclave que
escolheu o Papa Francisco. É assim que ele deve ser chamado, pois ele só será
Francisco I quando outro Papa usar esse mesmo nome. Onde estava o Papa Francisco
entre os anos de 1976 e 1983, quando uma terrível ditadura torturou, matou e
sumiu com 30 mil pessoas na Argentina? Com a palavra sua Santidade.
Texto escrito pelo colaborador do blog: Professor José Fernando da Silva, Graduado em História pela UPE: Garanhuns-PE.
Texto escrito pelo colaborador do blog: Professor José Fernando da Silva, Graduado em História pela UPE: Garanhuns-PE.
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