O Governo do Estado vai investir mais R$ 5 milhões no transporte de
cana-de-açúcar e milho nos próximos 60 dias para socorrer o Agreste da
atual situação de seca. Uma verba de R$ 3 milhões já havia sido
liberada. De acordo com o secretário de Agricultura de Pernambuco,
Ranílson Ramos, o Agreste do Estado está entrando nos piores 60 dias de
estiagem. “Tivemos alguma chuva no Sertão, mas o Agreste entra no oitavo
mês de seca”, disse. O secretário reforçou a necessidade da medida para
salvar 90% da bacia leiteira pernambucana, com 350 mil vacas em
lactação.
O governador Eduardo Campos anunciou que haverá melhorias na
estrutura de corte, transporte e distribuição da cana. Hoje, cerca de 50
caminhões estão sendo carregados por dia. Para os próximos dois meses,
segundo Ranílson Ramos, a meta é aumentar a distribuição para 60 mil
toneladas de cana (uma tonelada por dia) e 20 mil toneladas de milho –
uma logística “complicada”, segundo o secretário, que vai amenizar esse
sofrimento da região que está com zero de pastagem. “Estive em Serro
Azul na última quinta-feira e o apelo dos produtores é pelo aumento da
oferta de alimentos para os animais”, reiterou.
Para atingir a meta, serão abertas três frentes de corte, cada uma
destinada ao carregamento de 40 caminhões por dia. Máquinas para corte e
carregamento serão locadas, atendendo a um antigo pleito dos criadores.
As áreas da cana-de-açúcar que atendem aos pecuaristas da bacia
leiteira do Estado beneficiam 66 municípios do Agreste.
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