O PALADINO DA MORAL
Nesses últimos dias, o Brasil vem assistindo ao calvário de
um “paladino da moral” o Sr. DEMóstenes Torres. Esse senador, durante seu
mandato, usou a tribuna daquela casa para acusar dedo em riste o governo Lula
de ser um antro de corrupção. Mas eis que, de uma hora para outra, a máscara do
bom moço, defensor dos bons costumes, cai e revela sua verdadeira face. Para
livrar seu partido das manchetes, da mídia, ele renuncia a liderança do DEM, e,
como bem diz o Macaco Simão da Folha de São Paulo, ele agora dever se chamar
Óstenes, pois acaba de perder o DEM. Entretanto, o que nos chama mais atenção
nesse episodio todo, é o envolvimento da revista Veja. O país fica estupefato
com o relacionamento de Veja com o Sr. Carlos Cachoeira. Ele era a grande fonte
da revista; era ele que mandava grampear seus desafetos e, principalmente, membros
do governo Lula, porque ambos tinham como objetivo derrubar o governo eleito
democraticamente.
O maior exemplo é sem dúvida o vídeo que deu origem ao
chamado escândalo “mensalão”. Tudo foi obra do Sr. Cachoeira, e juntamente com
a revista fizeram todo aquele escândalo que o país assistiu. Todavia a verdade
sempre aparece. E, agora, está mais do que provado que o “mensalão” foi uma
armação dessa quadrilha liderada pelo Sr. Carlos Augusto, o Carlinhos
Cachoeira, e respaldada pela revista Veja.
A mídia brasileira, em especial a revista Veja, durante todo
o governo Lula e, agora, no governo de Dilma, tem feito o papel que caberia a oposição.
Essa revista é na verdade um partido político que luta pelos interesses da
classe dominante, que não querem perder seu status “quo”. Tudo o que essa
revista publicava virava verdade. Os outros meio de comunicação a seguiam sem
questionar suas publicações. No entanto, com a descoberta de sua associação com
a quadrilha de Carlinhos Cocheira, a revista sofre um duro golpe em sua credibilidade.
Talvez quem só acredite nela, daqui para frente, seja seus leitores pitbulls,
que pouco se importam com a verdade. O que eles querem mesmo é derrubar um
governo trabalhista, que tirou milhões da miséria e elevou outros tanto para
classe C, um governo que fez os brasileiros terem orgulho do seu país, e, hoje,
já somos a sexta economia do mundo.
Sabemos que ainda há muito por ser feito em nosso país. A
desigualdade social ainda é muito grande, e a concentração de renda é uma das
maiores do mundo; todavia se faz necessário enfrentar essa mídia podre e, como
bem denominou o jornalista Paulo Henrique Amorim, essa revista não passa de um
“detrito de maré baixa”. Outra grande denominação para essa impressa imunda é,
sem dúvida, aquela criada pelo deputado Fernando Ferro, que a chama de PIG
(Partido da Impressa Golpista).
Hoje, o Brasil é respeitado e admirado, enquanto a Europa luta para sair
de uma crise econômica sem precedentes. O Brasil vive uma era de pleno emprego.
Emprego para nossos filhos e netos, vida digna. Por que o PiG tem tanto ódio do
Brasil? Por que tentam de todas as formas destruir o pouco conquistado? As
conquistam não são do PT, Lula ou Dilma são do povo brasileiro. Não bastam
séculos de espoliações, de miséria, de analfabetismo? O PiG quer mais o quê?
Quer mais sangue do povo brasileiro. Já não bastaram as privatizações
criminosas praticadas na era FHC? Essa corja esquece que o Brasil mudou, graças
a Deus para melhor.
Esperamos que com CPMI possa descobrir mais falcatrua dessa
mídia golpista e também de deputados, senadores ou governadores. Não importa
que partido pertençam. Quem estiver envolvido com essa quadrilha que queria
legalizar o jogo do bicho, para poder dominar o país, deve ser cassado e
processado criminalmente e, se possível, mofar atrás das grandes. O país não pode desperdiçar essa oportunidade
de passar o Brasil a limpo.
É hora de toda sociedade acompanhar de perto os trabalhos
dessa CPMI e cobrar de seus representantes que ajudem a fiscalizar e,
principalmente, não deixem que essa CPMI vire uma grande pizza, antes que
pensem que sou contra a liberdade de impressa. Quero deixar bem claro, que eu,
mais do que ninguém, defendo a liberdade de expressão e não liberdade de
impressa que só interessa aos donos dos meios de comunicação e que a usam para
denegrir seus desafetos e não dão mesmo espaço para o direito de resposta. O
que defendemos é a verdadeira liberdade de expressão para todos os cidadãos desse
país e não para meia dúzia de magnatas da comunicação.
Texto escrito pelo colaborador do blog: Professor José Fernando da
Silva, Graduado em História pela UPE: Garanhuns-PE. Este texto foi
revisado pela Professora Maria Cicera da Silva, Especialista em Lingua
Portuguesa pela UPE: Garanhuns. Acompanhe todas as
sexta feiras um ártigo do colaborador.