Foto: Guga Matos
Da Agência Estado
Da Agência Estado
O ex-ministro Ciro Gomes defendeu nessa
quinta-feira (22), em Belo Horizonte, que o PSB abandone a ideia de
lançar candidato próprio à presidência da República em 2014 para se
manter como aliado do governo da presidente Dilma Rousseff. A declaração
de Ciro contraria uma ala do partido que aposta no presidente da
legenda, Eduardo Campos, como potencial candidato em 2014.
"Agora nós estamos participando do governo da Dilma, e eu acredito que
ela está se esforçando em torno de questões centrais. Então nós vamos
contra ela por quê?", afirmou o político em palestra na Câmara de
Dirigentes Lojistas (CDL) da capital mineira. "Costumo cultivar
lealdade, decência. Se nós vamos lançar candidato, como seria a natureza
do partido, deveríamos abandonar imediatamente o governo e explicar ao
país o porquê", acrescentou.
Ciro Gomes disse que o partido perdeu a oportunidade de concorrer com
candidato próprio em 2011 na sucessão de Lula, quando o PT "não tinha um
candidato natural, mas uma aposta que era a presidente Dilma, uma
aposta maravilhosa". "Quando tínhamos a condição de fazê-lo nós não
fizemos e nós vamos deixar de apoiá-la agora?", questionou.
Questionado sobre as chances do senador Aécio Neves na disputa
presidencial de 2014, ele disse o mineiro deveria ter insistido na
eleição passada. "Era a vez dele. Mas na próxima, sem formulação, é
zero. E fazendo acordo com Serra e Alckmin, a chance é abaixo de zero",
afirmou Ciro Gomes, que não deixou de dizer que Aécio é seu amigo e que
Minas "melhorou muito". De acordo com o ex-ministro, a grande proeza
dele foi unir o PT e o PSDB no Estado, mas destacou que essa aliança já
não existe mais.
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