O
Ronco é o ruído que a respiração produz ao passar pelas vias aéreas
parcialmente obstruídas durante o sono. Estima-se que mais de 1/3 dos
adultos ronquem pelo menos algumas noites por semana. De cada 10
roncadores crônicos, 9 são homens – a maioria com 40 anos de idade ou
mais.
O ronco pode resultar de vários distúrbios, incluindo obesidade, aumento das amídalas e das adenóides, e deformidades no nariz.
Fumar,
consumir bebidas alcoólicas em excesso, fazer alimentações pesadas
antes de ir para cama, dormir de barriga para cima e alergias nasais
também podem facilitar a ocorrência de roncos.
Em
algumas pessoas, o ronco é causado por um distúrbio chamado Apnéia
Obstrutiva do Sono. Nestes casos, os tecidos da garganta obstruem as
vias aéreas e impedem a respiração, resultando em roncos muito altos
seguidos por períodos de silêncio que podem durar 10 segundos ou mais.
Eventualmente, a falta de oxigenação do sangue e o acúmulo excessivo de
dióxido de carbono podem fazer com que a pessoa acorde com um ronco mais
alto ou um ruído de engasgo, forçando a abertura da boca.
Você
talvez não ligue para o seu ronco, mas esteja certo que qualquer pessoa
que esteja por perto durante seu sono tem uma opinião um pouco
diferente.
Em
todos os casos, procurar seu médico de confiança é uma boa
recomendação. O ronco pode sinalizar outros problemas de importância
para sua saúde, tais como Apnéia do Sono, obstrução nasal ou obesidade.
Se
você possui uma criança que ronca, vale à pena conversar com seu
pediatra de confiança. As crianças também podem sofrer de Apnéia do
Sono, mas isso não é freqüente. A maioria dos casos de ronco infantil
decorre de aumento nas amídalas, rinite ou obesidade.
Durante
a consulta com seu médico, ele deverá fazer algumas perguntas sobre
seus hábitos de sono e checar fatores de risco, como obesidade e consumo
de bebidas alcoólicas. A intenção do primeiro contato é procurar
avaliar a gravidade do problema e sua possível causa.
Nos
casos mais severos, o médico pode solicitar alguns exames
complementares, incluindo avaliação com um Otorrinolaringologista
(especialistas em nariz, ouvidos e garganta) ou mesmo uma
Polissonografia (exame onde o paciente passa a noite em um laboratório
que registra diversos padrões e intercorrências em seu sono).
O
ronco pode representar mais que um simples incômodo, resultando em
sonolência excessiva durante o dia. Se não tratado, o ronco causado pela
Apnéia do Sono pode aumentar o risco para de hipertensão arterial,
insuficiência cardíaca e derrame.
Em crianças, a Apnéia do Sono pode aumentar o risco para Distúrbio do Déficit de Atenção e Hiperatividade.
O
primeiro passo é eliminar os fatores de risco para o problema: perder o
excesso de peso; evitar refeições pesadas, bebidas alcoólicas ou
cafeína no horário de dormir (o ideal é manter o jejum nas duas horas
anteriores ao seu horário habitual de ir para a cama); mudar a posição
em que você dorme (p.ex.: levante um pouco a cabeceira da cama, coloque
um travesseiro para manter você de lado enquanto dorme), manter o quarto
limpo e arejado para evitar rinite e congestão nasal, etc.
Outros
recursos para controlar o ronco incluem o uso de próteses orais que
evitam a queda da língua, e máscaras especiais que mantém uma pressão
contínua sobre as vias aéreas, evitando a obstrução (este tratamento com
máscaras de pressão é conhecido como CPAP; apesar de eficaz, pode ser
razoavelmente desconfortável).
Casos
mais graves de ronco e Apnéia do Sono podem necessitar tratamento
cirúrgico. O procedimento mais comumente realizado é a
Uvulo-palato-faringoplastia, uma espécie de cirurgia plástica da
garganta, mas atualmente também existem opções de cirurgia a Laser onde o
tecido em excesso na garganta é removido, aumentando o diâmetro das
vias aéreas e reduzindo a vibração. Vale lembrar que a intervenção
cirúrgica não está indicada nos casos de ronco ocasional ou leve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário