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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O QUE CAUSA O RONCO ?

O Ronco é o ruído que a respiração produz ao passar pelas vias aéreas parcialmente obstruídas durante o sono. Estima-se que mais de 1/3 dos adultos ronquem pelo menos algumas noites por semana. De cada 10 roncadores crônicos, 9 são homens – a maioria com 40 anos de idade ou mais.
O ronco pode resultar de vários distúrbios, incluindo obesidade, aumento das amídalas e das adenóides, e deformidades no nariz.
Fumar, consumir bebidas alcoólicas em excesso, fazer alimentações pesadas antes de ir para cama, dormir de barriga para cima e alergias nasais também podem facilitar a ocorrência de roncos.
Em algumas pessoas, o ronco é causado por um distúrbio chamado Apnéia Obstrutiva do Sono. Nestes casos, os tecidos da garganta obstruem as vias aéreas e impedem a respiração, resultando em roncos muito altos seguidos por períodos de silêncio que podem durar 10 segundos ou mais. Eventualmente, a falta de oxigenação do sangue e o acúmulo excessivo de dióxido de carbono podem fazer com que a pessoa acorde com um ronco mais alto ou um ruído de engasgo, forçando a abertura da boca.
Você talvez não ligue para o seu ronco, mas esteja certo que qualquer pessoa que esteja por perto durante seu sono tem uma opinião um pouco diferente.
Em todos os casos, procurar seu médico de confiança é uma boa recomendação. O ronco pode sinalizar outros problemas de importância para sua saúde, tais como Apnéia do Sono, obstrução nasal ou obesidade.
Se você possui uma criança que ronca, vale à pena conversar com seu pediatra de confiança. As crianças também podem sofrer de Apnéia do Sono, mas isso não é freqüente. A maioria dos casos de ronco infantil decorre de aumento nas amídalas, rinite ou obesidade.
Durante a consulta com seu médico, ele deverá fazer algumas perguntas sobre seus hábitos de sono e checar fatores de risco, como obesidade e consumo de bebidas alcoólicas. A intenção do primeiro contato é procurar avaliar a gravidade do problema e sua possível causa.
Nos casos mais severos, o médico pode solicitar alguns exames complementares, incluindo avaliação com um Otorrinolaringologista (especialistas em nariz, ouvidos e garganta) ou mesmo uma Polissonografia (exame onde o paciente passa a noite em um laboratório que registra diversos padrões e intercorrências em seu sono).
O ronco pode representar mais que um simples incômodo, resultando em sonolência excessiva durante o dia. Se não tratado, o ronco causado pela Apnéia do Sono pode aumentar o risco para de hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e derrame.
Em crianças, a Apnéia do Sono pode aumentar o risco para Distúrbio do Déficit de Atenção e Hiperatividade.
O primeiro passo é eliminar os fatores de risco para o problema: perder o excesso de peso; evitar refeições pesadas, bebidas alcoólicas ou cafeína no horário de dormir (o ideal é manter o jejum nas duas horas anteriores ao seu horário habitual de ir para a cama); mudar a posição em que você dorme (p.ex.: levante um pouco a cabeceira da cama, coloque um travesseiro para manter você de lado enquanto dorme), manter o quarto limpo e arejado para evitar rinite e congestão nasal, etc.
Outros recursos para controlar o ronco incluem o uso de próteses orais que evitam a queda da língua, e máscaras especiais que mantém uma pressão contínua sobre as vias aéreas, evitando a obstrução (este tratamento com máscaras de pressão é conhecido como CPAP; apesar de eficaz, pode ser razoavelmente desconfortável).
Casos mais graves de ronco e Apnéia do Sono podem necessitar tratamento cirúrgico. O procedimento mais comumente realizado é a Uvulo-palato-faringoplastia, uma espécie de cirurgia plástica da garganta, mas atualmente também existem opções de cirurgia a Laser onde o tecido em excesso na garganta é removido, aumentando o diâmetro das vias aéreas e reduzindo a vibração. Vale lembrar que a intervenção cirúrgica não está indicada nos casos de ronco ocasional ou leve.

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