CIRURGIA
“Espero me tornar o que sempre fui de fato”
Alexandre, mulher ao nascer, ganhou o direito de mudar de sexo
“Espero colocar um ponto final nessa saga. Me tornar o que
sempre fui de fato”. Essa é a expectativa do professor de Educação
Física Alexandre Emanuel, 45 anos, um dia após saber que ganhou na
Justiça o direito de realizar a cirurgia de mudança de sexo de mulher
para homem paga pelo Governo do Estado. A sentença, proferida na semana
passada pelo juiz Marcos Nonato, da 4ª Vara da Fazenda de Jaboatão dos
Guararapes, é inédita em Pernambuco. Agora, a transexual espera ajudar
outras pessoas com mesmo objetivo. “Antes, eu me escondia, mas hoje
estou aparecendo para ajudar quem está na mesma situação, pois vão
saber dessa possibilidade”, conta.
Desde criança, Alexandre sabia haver algo diferente. Sentindo-se
deslocado entre os amigos, chegou a se isolar durante a adolescência.
Foi aos 11 anos que ele começou a se reconhecer como transexual. “Isso
ocorreu quando li, na Revista Manchete, uma entrevista de Christine
Jorgensen, primeira norte-americana a mudar de sexo”, detalhou,
lembrando de ter vestido ternos do pai e se imaginar como seria quando
se tornasse adulto. Para ele, mais do que um sonho, a mudança de sexo se
trata de uma necessidade física e psicológica.
Membro de uma família conservadora, ele é o caçula de três filhos.
“Graças a Deus tive pais maleáveis, apesar de tradicionais”, comentou.
Contudo, só aos 31 anos o professor teve uma conversa franca com a mãe e
assumiu quem realmente era. A partir de então passou a pesquisar na
busca de alternativas para encontrar a felicidade plena. “Sempre soube o
que era, mas precisava de uma luz”, falou, referindo-se ao livro
“Transexuais”, de Gerald Ramsey, que encontrou, por acaso, durante uma
viagem.
Em 1999, acompanhado por uma equipe médica, Alexandre começou a tomar
hormônio masculino e suas características foram tomando outras formas.
Mudança de voz e aparecimento de pelos foram algumas das mudanças. “No
começo eu queria que fosse mais rápido”, revelou. Desde então, ele
passou por duas cirurgias para retirada da mama, útero e ovário. Em
2007, ele passou a ser reconhecido legalmente como homem, quando mudou
seu nome e gênero nos documentos.
A operação de mudança sexual, chamada de metoidioplastia, deverá acontecer no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, referência nesse tipo de procedimento. “Se não nos aventurarmos para buscar a melhoria ela nunca chega”, disse. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) ainda não recebeu oficialmente a notificação do caso. Se o Governo do Estado não cumprir a determinação da Justiça, deverá pagar uma multa diária de R$ 500.
A operação de mudança sexual, chamada de metoidioplastia, deverá acontecer no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, referência nesse tipo de procedimento. “Se não nos aventurarmos para buscar a melhoria ela nunca chega”, disse. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) ainda não recebeu oficialmente a notificação do caso. Se o Governo do Estado não cumprir a determinação da Justiça, deverá pagar uma multa diária de R$ 500.
CIRURGIA
A metoidioplastia consiste no crescimento do clitóris num tamanho médio de quatro a cinco centímetros com a utilização do uso de hormônios como a testosterona. Assim, com o clitóris já grande, ele é solto de sua posição original e movido à frente para uma posição semelhante ao formato de um pênis.
A metoidioplastia consiste no crescimento do clitóris num tamanho médio de quatro a cinco centímetros com a utilização do uso de hormônios como a testosterona. Assim, com o clitóris já grande, ele é solto de sua posição original e movido à frente para uma posição semelhante ao formato de um pênis.
Fonte: folhape
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