Dois
anos e quatro meses depois de ter sido denunciada pelo Ministério
Público, com 87 réus — numa ação de enriquecimento ilícito e improbidade
administrativa, num suposto envolvimento com desvio de dinheiro público
— a atriz Deborah Secco ainda tem R$ 967 mil e bens bloqueados pela
Justiça. E luta para liberá-los até hoje, pois só pode movimentar a
conta onde é depositado o salário da TV Globo.
No último dia 25, o juiz
Alexandre de Carvalho Mesquita, da 3ª Vara de Fazenda Pública, enviou um
ofício ao desembargador Luiz Felipe Francisco, da 8ª Câmara Civil,
perguntando "se deve ou não ser deferida a liberação dos valores
bloqueados nas contas dos réus", depois que a defesa de Deborah, de seus
irmãos Barbara e Ricardo, e de sua mãe Sílvia pediu a suspensão da
ação. O magistrado analisa o caso. Segundo o Ministério Público, os
Secco teriam lucrado mais de R$ 1 milhão no esquema. Na ocasião foram
determinados a quebra do sigilo bancário, o bloqueio dos valores dos
réus nos bancos, além do arresto dos bens em nome desses.
"Esquema das ONGs"
O inquérito teve início com uma
representação do Sindicato dos Enfermeiros, que questionava a
contratação de profissionais pela Fundação Escola do Serviço Público
(Fesp). Com o avanço das investigações, identificou-se um esquema de
fraude na qual sete órgãos do governo estadual — como Detran e
secretarias de Educação e Segurança — contratavam a Fesp para a execução
de projetos vagos, que envolviam o fornecimento de mão-de-obra
terceirizada. Como não tinha condições para executar tais serviços (e
isso era sabido pelos órgãos), a Fesp subcontratava quatro ONGs. Nos
contratos, não era especificado, porém, o objeto tampouco o quantitativo
do serviço a ser prestado. Fonte Jornal Extra
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