O Núcleo Criminal do Ministério Público Federal da Bahia (MPF-BA) apresentou ontem (23) uma representação na Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão contra a repórter Mirella Cunha, da Rede Bandeirantes da Bahia. A jornalista será julgada por indícios de abuso de autoridade, ofensa a direitos da personalidade e exposição de preso em programa televisivo. A repórter causou indignação em todo o país, depois da exibição de matéria, há duas semanas, no programa Brasil Urgente. A jornalista é acusada de abusar da autoridade e debochar de um acusado de roubo e estupro. A reportagem é transmitida de dentro de uma delegacia de Salvador, na qual a repórter entrevista um jovem acusado de roubo e estupro. Identificado somente como Paulo Sérgio, o rapaz assume que houve assalto, mas garante, chegando a chorar, que nunca violentou mulher alguma em sua vida. A repórter diz: “Você não estuprou, mas queria estuprar” A jornalista Mirella Cunha e a Bandeirantes da Bahia estão sujeitas a condenação e têm cinco dias para encaminhar ao MPF a fita bruta (sem edição) do programa. Ao longo do vídeo, Mirella também ironiza os erros de dicção e a pouca instrução do rapaz, com ar de superioridade. “Quando ela fizer o exame de próstata vai ver que não vai dar nada”, diz ele. “Só para resumir a situação: o exame de próstata é o homem que faz”, responde a jornalista. “A função dela não é julgar o acusado, nem debochar de sua ignorância. Era simplesmente se ater à acusação de estupro e fornecer subsídios para o telespectador avaliar a situação. Por meio da assessoria de imprensa, a Band divulgou nota sobre a reportagem: “A Band vai tomar todas as medidas disciplinares necessárias. A postura da repórter fere o código de ética do jornalismo da emissora”. Eu simples blogueiro pergunto! Será que essa mesma repórter trataria Carlinhos Cachoeira ou DEMostenes Torres desta mesma forma. Eles são suspeitos de praticarem atos, tão ou mais, graves que este humilde pobre e negro da periferia de Salvador, "o simples blogueiro não está aquí a defender o ato do suposto bandido de Salvador", muito pelo contrário, se cometeu atos incorretos e comprovados que seja punido. O que se levanta é os dois pesos e duas medidas adotados pela nossa grande imprensa.
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