Uma jovem de 20 anos, grávida de nove meses, foi detida esta semana em
Taubaté, no Vale do Paraíba (SP), por não pagar pensão a uma filha de
quatro anos que vive com o ex-marido. Suellen dos Santos foi detida ao
se apresentar na delegacia depois de ser intimada pela Justiça de
Taubaté, em mandado expedido pelo juiz Gustavo de Campos Machado. Na
sentença, o juiz aponta uma dívida de R$ 613,31, referente aos meses de
julho/2011 a janeiro/2012. Desempregada e já sentindo as contrações, Suellen só foi liberada após
pagar R$ 884 ao ex-marido, referente a todos os meses em atraso.
"Juntamos o dinheiro que tínhamos de contas, emprestamos do patrão da
minha mãe, vizinhos, foi uma loucura", comenta a cunhada Elidamaris
Carpinetti da Silva Ferreira. Suellen, que vive em um quarto simples, apenas com colchões ao chão,
divide espaço com a sogra e o atual marido, que está preso por porte
ilegal de armas. No espaço, o berço aguarda o menino que está para
nascer de parto cesárea na manhã desta quinta-feira (10), fruto do
segundo casamento. Suellen afirma que no início da separação, há dois anos, pagava a
pensão mensalmente. "Nos primeiros meses eu dava o que podia, mas como
estava desempregada parei de pagar, mas sempre entregava o dinheiro
direto a ele, nem fazia recibo", diz a jovem enquanto tentava encontrar
uma posição para sentar. "Não imaginava que ele entraria na Justiça, nem
que estava nisso, nunca me neguei a pagar", comenta a ex-balconista,
que só ficou sabendo do processo movido pelo ex-marido após comparecer à
delegacia. Identificado apenas pelo nome de Gabriel, o ex-marido é vigilante de
agência bancária e recebeu a guarda da filha depois que Suellen afirmou
não ter condições de criar a menina. "Ela nem vê a menina, ele esconde
ela, poucas vezes ela viu a criança", defende a cunhada. Vivendo de favor com a sogra e a cunhada, Suellen passou a quarta-feira
atendendo a imprensa e ainda não constituiu advogado para defendê-la.
Segundo a jovem, o juiz estipulou uma pensão mensal no valor de R$ 81. O
juiz não foi localizado para comentar o caso.
Fonte: Agência Estado
Fonte: Agência Estado
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