A
crise política deflagrada pela Operação Monte Carlo pode ganhar
contornos incontroláveis no Distrito Federal. Um dos trechos do
inquérito vazado, aponta que o vice-governador Tadeu Filipelli,
do PMDB, conspirava para derrubar o governador Agnelo Queiroz, do PT.
Trata-se
do resumo de uma conversa entre o espião Idalberto Matias, o Dadá, e o
policial Marcelão, que é também dono de uma agência de publicidade no
Distrito Federal, a Plá. Nela, ambos comentam que o jornalista Mino
Pedrosa, ex-assessor de Carlos Cachoeira, teria um contrato de R$ 100
mil mensais, que seriam pagos por Filipelli. Ambos comentam ainda que
outro jornalista, chamado Edson Sombra, seria também remunerado pelo
vice-governador. Há ainda uma anotação sobre um apartamento que teria
sido dado por Cachoeira a Mino Pedrosa em Brasília. Além disso, Mino
teria uma cunhada empregada no gabinete de Demóstenes Torres (sem
partido/GO). Nos
últimos meses, o governador Agnelo Queiroz recebeu ataques em série.
Denúncias, que antes eram publicadas em blogs de jornalistas do DF, como
Edson Sombra e Mino Pedrosa, depois eram amplificadas em veículos de
grande circulação nacional, como Veja e Época. O jornalista do Globo Merval Pereira, há cerca de duas semanas, por exemplo, afirmou
que o governador de Brasília, Agnelo Queiróz, tinha mais evidências de
relações suspeitas com Carlinhos Cachoeira do que o governador de Goiás,
Marconi Perillo.por conta desse dialogo: que é ideal você dar um presente pro cara. A nomeação só vai sair na terça-feira no Diário Oficial.”. Conversaram sobre nomeação de um aliado da quadrilha na direção do Serviço de Limpeza Urbana de Brasília (SLU).
Os criminosos citaram dois nomes: Marcelão, que seria o ex-assessor
da casa militar do GDF, Marcello Lopes, e Claudio Monteiro, chefe de
gabinete de Agnelo Queiroz. Claudio Monteiro foi o responsável pela indicação do nome de João
Monteiro na direção do SLU. A PF não comprovou se o chefe de gabinete do
GDF recebeu o dinheiro. A apuração da polícia indica que a quadrilha
esperava que João Monteiro facilitasse negócios da Delta na coleta de
lixo do DF, mas o único contrato fora firmado na gestão anterior à de
Agnelo.
Foi a isso que Merval se referiu como sendo mais grave do que o
envolvimento de Marconi Perillo com Carlinhos Cachoeira e sua quadrilha.Enquanto isso Na semana passada, chegou a ser manchete principal de primeira página da
Folha de São Paulo o fato de que a quadrilha tentou entregar uma caixa
de dinheiro no palácio do governo de Goiás. Segundo a Polícia Federal, o
governador tucano mandava recados para o bicheiro por meio de
Demóstenes Torres.
Fontes: Site BR 247 e Blog da Cidadania
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