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sexta-feira, 27 de abril de 2012

8 MIL PREFEITURÁVEIS


8 MIL PREFEITURÁVEIS

É isso mesmo que você leu acima. Não estou ficando louco. Esse é mais ou menos o número de cidadãos aptos a votarem nas próximas eleições para prefeito em nosso município e, portanto, legalmente aptos para serem também candidatos a prefeito; basta que estejam filiados em alguma agremiação política. Mas como não é possível todos serem candidatos em uma só eleição, visto que faltaria eleitores para eleger os 8 mil “candidatos”, faz-se necessário que alguém se destaque e mostre aos demais o porquê votar nele. E só há uma forma de persuadir os demais, mostrando propostas que o diferencie do senso comum e que, realmente, valha a pena, mas se também os demais “candidatos” abrirem mão de suas candidaturas para votar nesse indivíduo.
Assim sendo, para ser prefeito, é preciso que se tenha algo diferente ao que já esteja posto no presente, pois, não havendo diferença, o eleitor é propenso a continuar com o que já tem. ‘Por que ele iria arriscar a mudar se não vê diferença nas propostas, na forma de agir e nos discursos?’ Como vimos não é tão simples ser candidato. Todos aqueles que queiram postular uma candidatura precisa dizer por que quer ser prefeito, o que fará por sua cidade, por que ele é a melhor opção do que os demais.
Para que o candidato possa convencer o eleitorado, ele terá que mostrar que é possível fazer uma educação melhor, voltada para o processo de inclusão e do letramento, uma saúde melhor, com assistência de fato, e uma forma de governar com participação popular, com o povo podendo opinar no orçamento do município. Não basta mostrar os erros do presente e do passado, porém é necessário trazer as soluções e, assim, mostrar que é possível fazer diferente e ter uma administração que leve em conta o bem maior do município, que são as pessoas.
O candidato precisa mudar essa forma de governar que, no jargão, chamamos “gestão de obras”. Esse tipo de administração é usado pela maioria dos prefeitos que tentarão a reeleição nas próximas eleições, pois os mesmos não se consideram “eficientes” nem são capazes, segundo suas visões estreitas e utilitaristas. Investir em políticas públicas que não lhe dão visibilidade imediata ou no curto prazo, não é interessante. A educação é um exemplo desse descaso, já que seus resultados só serão sentidos pelas futuras gerações. Poucos políticos investem como deveria nessa área, porque é melhor investir em algo que traga retorno imediato, principalmente, em ano eleitoral e é mais viável, eleitoralmente, ter uma população sem clareza, sem ver horizontes. Infelizmente, é isso que vemos. Que mudemos! Abram os olhos!
Texto escrito pelo colaborador do blog: Professor José Fernando da Silva, Graduado em História pela UPE: Garanhuns-PE. Este texto foi revisado pela Professora Maria Cicera da Silva, Especialista em Lingua Portuguesa pela UPE: Garanhuns. Acompanhe todas as sexta feiras um ártigo do colaborador. 
 

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