Urnas
eletrônicas
Na última semana, o jornal O Globo e o blog Angelim.com noticiaram que uma equipe da UnB (Universidade nacional
de Brasília) conseguiu quebrar a segurança das urnas eletrônicas usadas nas
eleições do Brasil. Esse é um fato de grande importância para o nosso país,
pois uma democracia só pode se estabelecer através de eleições limpas e
confiáveis. A tão decantada segurança das nossas urnas perdeu a sua virgindade,
o que demonstra que não era tão segura como o TSE sempre garantiu. O único país
do mundo que usa esse modelo de urnas eletrônicas, que não dá direito à
recontagem de voto, é o Brasil. Nenhuma democracia do mundo usa esse tipo de
urnas. Para o leitor ter uma ideia, de todos os filiados da ONU, só o Brasil
usa esse modelo de urna. Ou nós somos muito inteligentes, ou os outros países
são muito burros.
A Rússia usa um modelo de
urna que faz a impressão do voto para que o eleitor possa conferir e ter
certeza em quem está votando. A
votação funciona da seguinte forma: após se identificar junto aos mesários, os
eleitores receberão cartões magnéticos nos quais estarão registrados os nomes e
os partidos dos candidatos. Os cartões serão introduzidos nas urnas e a escolha
do eleitor será digitada assim que a tela indicar as candidaturas escolhidas. A
urna também estará programada para emitir comprovantes através dos quais os
eleitores poderão comprovar se as suas escolhas estão de acordo com as que
foram processadas pelos computadores.
A Bélgica também usa urnas eletrônicas que faz a impressão do voto, a
Holanda não aceita urnas eletrônicas que não imprime o voto. No ano de 2009, a
Corte Constitucional Federal, na Alemanha, considerou as urnas eletrônicas
inconstitucionais, pois as mesmas não davam as devidas transparências no
resultados, já que o cidadão comum não poderia conferir seu voto e nem tão
pouco recontar os votos caso houvesse alguma denúncia de fraude.
Em 2008, na eleição presidencial no Paraguai, foi proibido o uso das
urnas eletrônicas fabricadas no Brasil. Os partidos de oposição consideraram que
essas urnas não garantiriam uma eleição transparente, e naquele ano a eleição
foi realizada através de cédulas de papel.
Como vimos, nossas urnas não foram aceitas em nenhum país. Esperamos que
o TSE dê mais segurança a esse modelo de urnas para que possamos ter eleições limpas
e democráticas.
Outra preocupação que devemos ter é em relação o número de eleitores
proporcionalmente ao número de habitantes. No início do ano passado, o site votebrasil.com noticiou que na Paraíba
cincos cidades possuem mais eleitores do que habitantes, são elas:
Cajazeirinhas, Santa Inês, Parari, Algodão de Jandaíra e Lastro.
Cajazeirinhas tem 3.003 habitantes, de acordo com o censo do IBGE, mas
possui 3.373 eleitores segundo informação do TSE, o que significa 112% da
população da pequena cidade. O site também diz que 50 cidades paraibanas
apresentam um eleitorado equivalente a 80% da população. Por tudo isso é
necessário um maior acompanhamento do TSE nas próximas eleições. Nossa
democracia é muito jovem e necessita consolida-se como tal e para isso fazem-se
necessárias eleições cada vez mais transparentes e seguras; respeitando, assim,
a vontade soberana do povo.
Texto escrito pelo colaborador do blog: Professor José Fernando da Silva, Graduado em História pela UPE: Garanhuns-PE. Acompanhe todas as sexta feiras um ártigo do colaborador.
Texto escrito pelo colaborador do blog: Professor José Fernando da Silva, Graduado em História pela UPE: Garanhuns-PE. Acompanhe todas as sexta feiras um ártigo do colaborador.
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