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sábado, 31 de março de 2012

EDUCAÇÃO: UM SEGUNDO E O DESTINO DA HUMANIDADE

 
Um segundo será muito tempo para o destino da humanidade? Encontraremos dezembro?
Por: Osmar Soares da Silva[1]

Q
uando o homem se apropriou de seus questionamentos e sentiu a necessidade de construir uma civilização para organização cultural, econômica e política bem como para comunicação, deparou-se com um dilema: De onde viemos? O que somos? E para onde vamos? Daí, as teorias para explicar a Origem da Vida tornou-se um verdadeiro dilema. Panspermia, Criacionismo e Evolucionismo. Na qual a Religião confrontara a Ciência e, assim, vice-versa. Datamos um universo em aproximadamente 14 bilhões de anos e um planeta habitável azul em 4,6 bilhões de anos, a partir de estudos geológicos e moleculares isso nos faz entender que o processo de formação de vida nesse ambiente andava em passos de tartarugas (e ainda de ré!). Se tudo isso ocorreu há bilhões de anos e estamos apenas 2012 anos depois de Cristo, achamos todo esse tempo muito longo. Achamos? O que o animal inteligente entende por período longo? Um segundo será muito tempo para o destino da humanidade? A Terra tem 4,6 bilhões de anos, apenas, se condensarmos esse espaço de tempo num conceito compreensível, poderíamos comparar a Terra a uma pessoa que neste momento estaria completando 46 anos. Portanto, nada sabemos dos 7primeiros anos de vida dessa pessoa e mínimas são as informações sobre o longo período de sua juventude e maturação, quiçá o futuro. Sabemos, no entanto, que foi aos 42 anos que a terra começou a florescer. Os dinossauros e os grandes répteis surgiram há um ano, quando o planeta tinha 45 anos. Os mamíferos apareceram há apenas oito meses e na semana passada os primeiros hominídeos aprenderam a caminhar eretos. No fim dessa semana a Terra ficou coberta com uma camada de gelo, mas abrigou em seu seio as sementes da vida. O homem moderno tem apenas quatro horas de existência e faz uma hora que descobriu a agricultura. A Revolução Industrial iniciou há um minuto. Durante esses sessenta segundos da imensidão do tempo geológico, o homem fez do paraíso um depósito de lixo. Multiplicou-se como praga, causou a extinção de inúmeras espécies, saqueou o planeta para obter combustíveis; armou-se até os dentes para travar, com suas armas nucleares inteligentes, a última de todas as guerras, que destruirá definitivamente o único oásis da vida no sistema solar. A evolução natural de 4,6 bilhões de anos seria anulada num segundo pela ação do animal inteligente que inventou o conhecer. Será esse o nosso destino? Será um segundo muito para extinguir a espécie? Diante das ações do animal inteligente caminhamos em direção de um buraco negro pela qual a Teoria da Relatividade lavará as mãos como fez Pilatos. Os resultados, estamos obtendo, uma deformação no espaço-tempo causado por uma matéria orgânica vertebrada e racional e altamente perigosa. Estamos caminhando a um horizonte de eventos. Como diz a letra de Caetano Veloso: “[...] Caminhando contra o vento. Sem lenço e sem documento [...]”; Não vamos mais encontrar Dezembro. Depende de você!





[1]OSMAR SOARES DA SILVA. Biólogo da Universidade de Pernambuco campus Garanhuns- UPE. Graduado em Ciências Biológicas. Especialista em Ciências Biológicas nos temas Educação, Ciências da Saúde, Parasitologia, Fisiologia de Parasitos, Epidemiologia, Saúde Pública e Ecossistemas, imbricados na linha de pesquisa: Meio-ambiente e urbanismo.Estudante do Núcleo de Estudos Sócio-ambientais do Agreste Meridional/UPE. Membro do Diretório de Pesquisa do Brasil – CNPq. Desenvolve pesquisa sobre a biologia do Schistosoma mansoni (Sambom, 1907).


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