Funcionária trabalha na fabricação de trajes de proteção em 27 de janeiro de 2020 em Nantong, China - AFP
Da ISTOÉ - Por AFP
A capital chinesa registrou ontem a primeira morte pelo coronavírus que está causando um temor crescente no mundo, diante das 106 mortes e cerca de 1.300 novos casos confirmados só na China, enquanto a OMS elevou a ameaça internacional da epidemia a “alta”.
As autoridades sanitárias da província chinesa de Hubei (centro), onde começou a epidemia, afirmaram que o vírus deixou mais 24 mortos, que somados aos 82 já reportados, somam 106, e infectou outras 1.291 pessoas, o que eleva o número de pacientes confirmados a mais de 4.000 em todo o país.
Um bebê de nove meses estaria entre os infectados.
A preocupação com o vírus levou Pequim a adiar o início do semestre letivo em escolas e universidades em todo o país.
As aulas estão suspensas devido ao feriado do Ano Novo Lunar e o ministério da Educação não divulgou uma data para o retorno das atividades. De acordo com uma circular do ministério, a retomada das aulas será decidida segundo a localização dos estabelecimentos.
O embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, assegurou ao secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que seu país “tem plena capacidade e confiança de vencer a batalha contra a epidemia”, segundo um comunicado da missão diplomática chinesa nas Nações Unidas.
Em entrevista na sede da organização, Jun admitiu que a China está em um momento crucial ao apresentar ao chefe da ONU a situação e os meios implementados por Pequim para combater a doença.
“A China está trabalhando com a comunidade internacional em um espírito de abertura, transparência e coordenação científica”, afirmou o embaixador chinês, segundo comunicado de seu gabinete.
“Com grande senso de responsabilidade, a China não poupa esforços para deter a propagação da doença e salvar vidas”, acrescentou.
Mais cedo, o presidente americano, Donald Trump, havia oferecido “qualquer ajuda necessária” ao gigante asiático, que isolou várias cidades para impedir a propagação da doença.
A Mongólia se tornou o primeiro país a fechar as rodovias que a ligam à China. As pessoas procedentes da província chinesa de Hubei, a mais afetada, não poderão entrar na Malásia.
Alemanha, Turquia e Estados Unidos desaconselharam seus cidadãos a viajarem à China, enquanto França, Estados Unidos, Japão e Marrocos preparam a evacuação de seus cidadãos.