Páginas

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Poluição ideológica


POR FERNANDO BRITO · No Tijolao


Há uma brincadeira, antiga, que explica aqueles dedinhos apontados para cima que turistas americanos põem quando tentam sambar: é que não querem que lhe vejam os pés, desajeitados e incapazes para a dança.

Este governo, do ponto de vista de suas (in)capacidades de lidar com situações desastrosas é como o gringo na pista: precisa apontar o dedo para que não lhe vejam a inépcias de suas ações e omissões.

Pega fogo a Amazônia? Demita-se o diretor do Inpe que o registrou pelos satélites. Depois diga-se que foram os índios, as ONGs, o motoqueiro que andava de varinha incendiando a beira das estradas…

Agora, o óleo. Não é nada, não é nada…e era muito: 2.500 km de costa atingida.

Agora, O Globo mostra que havia um plano para emergências assim-Documento oficial mostra que plano para conter óleo deveria ter sido acionado 41 dias antes -mas que só seis semanas depois do que deveria ele foi acionado.

Todo este tempo, a cabeça de nossas autoridades, como ocorreu com a queima da floresta, ocupou-se em imaginar “culpados” por uma “ação ideológica” de desmoralização do país.

Primeiro o vazamento de uma plataforma venezuelana, já que Maduro é seu alvo principal. Quando se demonstrou que as águas do mar se deslocam em sentido inverso ao que poderia trazer óleo de lá, mudaram a teoria: o malvado embarcou óleo num navio-fantasma e, “de sacanagem”, lá em alto mar, mandou despejar o óleo, contando que ia se espalhar por todo o litoral brasileiro.

O comandante da Marinha, em declaração pública, dizer que não havia qualquer indício de participação do governo e de empresas da Venezuela no vazamento, claro, não veio ao caso, e Bolsonaro foi usar a OEA como palco de seus delírios.

Mas ainda era pouco: o picareta siderado que está desmontando os órgãos ambientais brasileiros, ontem, acusou ninguém menos que o barco do Greenpeace de ter espalhado o petróleo quando passou pelo litoral brasileiro… Levou um puxão de orelhas de Rodrigo Maia e se desdisse continuando a dizer…

Talvez a metáfora de norte-americanos no samba não seja a melhor. Assemelham-se mais a um motorista que, com a família ferida num acidente, em lugar de socorrê-la, vai discutir sobre a culpa da batida antes de cuidar dos feridos,

Enquanto isso, descoordenados, pondo a saúde em risco, sem orientação e apoio para agir, milhares de brasileiros acorrem às praias, para tirarem a massa pastosa das areias e das pedras.

Vai chegar a hora em que vão despoluir não só praias, mas o Brasil emporcalhado por governantes que não amam o seu país.

Governo inicia análise da água das praias

Além da coleta do óleo e dos trabalhos de contenção e prevenção realizados diariamente, as equipes do Governo de Pernambuco começaram, ontem, a recolher amostras de água das praias atingidas. O objetivo é verificar se existe presença de hidrocarbonetos, compostos orgânicos presentes no petróleo e que, em grandes concentrações, podem causar danos à saúde. Todo material recolhido será encaminhado para análise no laboratório Organomar, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que fechou uma parceria com a Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH para fazer os estudos.

A coleta aconteceu no Litoral Sul do Estado, nas praias do Paiva, São José da Coroa Grande, Tamandaré, Carneiros, Maracaípe, Muro Alto, Suape, Itapuama, Gaibú e Pedra do Xaréu. O trabalho é feito por profissionais do laboratório da CPRH, com o apoio dos professores do departamento de Oceanografia da UFPE Gilvan Yogui e Eliete Lamardo, especialistas em poluição marinha por petróleo. A amostra é composta por cerca de um litro de água, coletada no mar a uma distância de, no mínimo, 500 metros da outra. Hoje, a atividade acontecerá nas praias do Janga e Pau Amarelo, no Paulista, além do município de Itamaracá.
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Bertotti, explicou que esse tipo de análise permite conferir se existe resquício de contaminação que, porventura, possa ter ficado nas praias, embora o volume de água do oceano favoreça um grau de diluição muito grande para a quantidade que chegou às areias pernambucanas. “A CPRH preza pela qualidade técnica para garantir a boa informação à população e para divulgar o resultado dessas análises, que são muito específicas, pois não é comum ter esse tipo de substância nas águas do litoral pernambucano. Com essa iniciativa, o Governo do Estado quer garantir a qualidade das nossas praias e a segurança dos pernambucanos”, afirmou o Bertotti.
Para a pesquisadora da UFPE Eliete Lamardo, que já atuou em um desastre ambiental da mesma natureza em São Paulo, em 1994, caso não haja nova entrada de manchas de óleo no litoral, esse material – hidrocarboneto - não deve demorar muito na água. "No entanto, somente com os resultados das análises químicas em mãos, será possível quantificar se os índices encontrados são toleráveis e o próprio organismo pode lidar, ou se será preciso algum tipo de restrição”, explicou

Manchas de óleo pedem atingir Pará e Espirito Santo


Estados montam planos se preparando para possível contaminação pelo derramamento de óleo ainda concentrado no Nordeste.
Foto: Adema/Governo de Sergipe - Retirado da Agência Brasil
Por Agência Brasil


Após atingir nove estados da região Nordeste, Pará (na região Norte) e Espírito Santo (região Sudeste) se preparam para a possibilidade de contaminação pelo derramamento de óleo de origem ainda desconhecida.
O governo paraense montou, preventivamente, equipes para monitorar os municípios da costa. O Espírito Santo também já conta com um comitê de emergência ambiental para lidar com a chegada do óleo. Em ambos os estados, as secretarias de Meio Ambiente e a Defesa Civil já foram acionadas.
De acordo com a secretaria de Meio Ambiente do Espírito Santo, não é possível determinar a chegada do óleo às praias capixabas, porém o monitoramento é contínuo.
Ações contra o óleo
O site Mancha no Litoral, lançado nesta quinta-feira 24 pelo governo federal, agrega notícias e ações relativas às manchas de óleo nos estados afetados. O site mantém um mapa das regiões afetadas e quais ações o governo tomou nas respectivas localidades. Pará e Espírito Santo ainda não constam no levantamento.

Apuração oficial: Morales é reeleito no 1º turno


Foto: Arquivo/ Rosevelt Pinherio/ Agência Brasil
Por G1


A apuração voto a voto da eleição presidencial da Bolívia chegou ao fim nesta quinta-feira (24) e indica que o atual presidente, Evo Morales, foi reeleito no primeiro turno. Apesar disso, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União Europeia pedem a organização do segundo turno.
Com 99,99% das urnas apuradas, o órgão responsável por computar os votos apontava o seguinte resultado:
Evo Morales: 47,07% dos votos
Carlos Mesa: 36,51%
Chi Hyun Chung: 8,78%
Os demais candidatos não atingiram 5%

Pelas normas eleitorais bolivianas, um candidato vence a eleição no primeiro turno caso atinja a maioria absoluta ou caso consiga mais de 40% dos votos e, ao mesmo tempo, obtenha vantagem mínima de 10 pontos percentuais ao segundo colocado – foi o que ocorreu nesta eleição.
Teria havido segundo turno se fossem considerados apenas os votos dos eleitores que estão na Bolívia – no país, Morales obteve 46,64% e Mesa, 36,83%. Porém, o eleitorado residente em outros países definiu a eleição: quase 60% dos bolivianos no estrangeiro deram vitória ao atual presidente.
No Brasil, por exemplo, Evo Morales conseguiu 70% dos votos da comunidade boliviana. Carlos Mesa ficou em terceiro, com 9,6% – atrás de Chi Hyun Chung, candidato conservador que obteve 16,8%

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

PSL: Cinco parlamentares pedem expulsão de Eduardo

Do G1
Cinco parlamentares filiados ao PSL informaram, hoje, ter protocolado em cartório um pedido de expulsão do deputado Eduardo Bolsonaro do partido.
O pedido é direcionado ao presidente da legenda, o deputado federal Luciano Bivar, e ao conselho de ética do PSL.
Filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo é o atual líder do PSL na Câmara dos Deputados e preside o diretório paulista da legenda.
O deputado está envolvido na crise que atinge o partido, agravada na semana passada quando o grupo aliado a ele e a Jair Bolsonaro se articulou para destituir o então líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (PSL-GO), ligado a Bivar.
A decisão sobre a expulsão caberá ao conselho de ética do PSL. Assinaram o pedido de expulsão:
  • Senador Major Olímpio (PSL-SP), líder do partido no Senado;
  • Deputada Joice Hasselmann (PSL-SP);
  • Deputado Coronel Tadeu (PSL-SP);
  • Deputado Júnior Bozzella (PSL-SP);
  • Deputado Abou Anni (PSL-SP).
No início da tarde desta quinta-feira, Eduardo Bolsonaro esteve na Câmara e foi questionado sobre o pedido de expulsão do partido. Ele respondeu ainda não ter sido notificado.
"Estou esperando ser notificado oficialmente de qualquer dessas decisões. Porque, até agora, não sei, as pessoas estão falando, mas quem é que está movendo, onde é que está protocolado isso? Para mim, não chegou nada oficial", declarou.

Julgamento sobre condenação em 2ª instância é suspenso

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o terceiro dia de julgamento sobre a prisão após condenação em segunda instância com quatro votos a favor dessa tese e três contra.
Hoje, votaram os ministros Rosa Weber, Luiz Fux e Ricardo Lewandowski. Faltam os votos de Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Dias Toffoli, nesta ordem.
O julgamento será retomado no dia 6 ou 7 de novembro. O presidente do tribunal, Dias Toffoli, informou que anunciará a data na próxima segunda-feira (28).
Hoje, a ministra Rosa Weber e o ministro Ricardo Lewandowski se posicionaram contra a prisão após condenação em segunda instância; Luiz Fux votou a favor.
Ontem, o relator, ministro Marco Aurélio Mello, votou contra e os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, a favor.

Queiroz na ativa: “tem cargo pra caramba, 20 continhos caía como uma uva…”



FERNANDO BRITO no Tijolaço · 




Onde está Queiroz?

Onde sempre esteve, cuidando de nomeações de cupinchas para Flávio Bolsonaro, agora “terceirizadas”, em gabinetes de políticos que “fazem fila” no gabinete do filho-senador, talquei.

O escândalo do dia é o áudio obtido pela repórter Juliana Dal Piva, de O Globo, especializada em falcatruas da família imperial, digo, presidencial.

Nele, o ex-assessor do “Filho 01” mostra que ainda continua, informalmente no cargo de agente-laranja do político:

Tem mais de 500 cargos lá, cara, na Câmara e no Senado. Pode indicar para qualquer comissão ou, alguma coisa, sem vincular a eles (família Bolsonaro) em nada, em nada.
20 continho aí para gente caía bem para c***, meu irmão, entendeu?
Não precisa vincular ao nome. Só chegar lá e, pô cara, o gabinete do Flávio faz fila de deputados e senadores, pessoal para conversar com ele, faz fila.
Só chegar lá e, pô meu irmão, nomeia fulano aí para trabalhar contigo aí, salariozinho bom desse aí, cara, para a gente que é pai de família, cai como uma uva.


Ou seja, para ficarem amigos do “príncipe”, deputados e senadores abrigariam, nos cargos para os quais podem indicar, os recrutados por Queiroz para os esquemas políticos da familícia, com a vantagem que será “sem vincular a eles”

Queiroz, procurado pelo jornal, admite que tem influência, ou melhor “algum capital político” junto a Flávio. Este, por sua vez, manda dizer pelo advogados que “pode ser qualquer um falando ali” e que não conversa com Queiroz há meses.

Fica bem claro, porém, que Fabrício não pode estar prometendo cargos sem poder indicar, porque a receita da “rachadinha” é justamente abocanhar parte dos vencimentos dos nomeados, para ele próprio e para a “chefia”.

Quando todos achavam que o ex-PM estava politicamente morto, esquecido após o engavetamento da ação contra Flávio, ele “levanta” e vem cuidar da salada de frutas, juntando caindo como uma “uva” nos bagaços das laranjas.

E, neste momento, caindo como uma luva, para usar a expressão certa, na briga dos bivaristas contra os filhotes pelo controle dos muitos “vinte continhos” do Fundo Partidário.

Marinha: mais de 1 mil toneladas de óleo foi retirada

Foto: Adema/Governo de Sergipe - Reitirado do site da Agência Brasil
Agência Brasil - Por Douglas Corrêa
Edição: Fábio Massalli


A Marinha informou que, até ontem (22), foram recolhidas mais de 1 mil toneladas de resíduos recolhidos das praias do Nordeste. De acordo com a instituição, desse número quase a metade teve a destinação final realizada. Esse trabalho tem sido feito por meio de uma interlocução direta com os estados afetados, articulações com o Sindicato Nacional das Indústrias de Cimento (SNIC) e com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). 
No encontro, foram identificados possíveis recebedores para esses resíduos coletados, para realizar a destinação final ambientalmente adequada. O objetivo é absorver grande parte do material recolhido para ser reaproveitado em coprocessamento.
Origem do despejo
Pesquisadores do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe/UFRJ acreditam que o ponto de origem do despejo de óleo que polui a costa do Nordeste esteja em uma área entre 600 km e 700 km da costa brasileira, numa faixa de latitude com centro na fronteira entre Sergipe e Alagoas. O trabalho foi realizado por meio de imagem de satélite, computação de alto desempenho e modelo matemático.  
A investigação foi feita pelos professores da Coppe, Luiz Landau, coordenador do laboratório, e o professor colaborador Luiz Assad, a pedido da Marinha. A área apontada fica em águas internacionais. Segundo o professor Landau, essa parte da análise já foi entregue às Forças Armadas. Na próxima semana, os pesquisadores da Coppe começam a trabalhar para antecipar a maneira como ocorrerá a dispersão de óleo de agora em diante.
“Há muita incerteza com relação à trajetória de óleo, porque ele correu abaixo da superfície. Não sabemos quanto tempo esse óleo demorou para intemperizar, ou seja, sofrer processos de mudanças das características físico-químicas para entrar abaixo na coluna d’água”, disse o professor Luiz Assad.

Bolsonaro na China: "Estou em um país capitalista"

"Estou em um país capitalista", diz Bolsonaro ao chegar na China. Presidente se negou a comentar política chinesa e guerra comercial com os EUA. "Queremos nos inserir sem viés ideológico nas economias do mundo", disse.
José Cruz/Agência Brasil
Da Redação da Veja


Pouco após desembarcar em Pequim, nesta quinta-feira 24, Jair Bolsonaro disse a jornalistas que estava em um “país capitalista”. O presidente havia sido indagado sobre como seu eleitorado reagiria à sua presença em um país que há poucas semanas comemorou 70 anos da revolução comunista que formou seu atual regime. Bolsonaro reagiu afirmando que não foi a Pequim “para falar de questão política sobre a China” e se recusou a se aprofundar na questão.

O presidente disse “ser normal” o presidente chinês, Xi Jinping, ser membro do Partido Comunista Chinês. Ele se reúne com Jinping na sexta-feira, em encontro no qual fará “o que for possível para o desenvolvimento do Brasil”, disse Bolsonaro.
Questionado sobre a guerra comercial entre China e Estados Unidos, Bolsonaro adotou tom de distanciamento. “Não é uma briga nossa. Nós queremos nos inserir sem qualquer viés ideológico nas economias do mundo”, declarou.
Nesta quinta, a agenda de Bolsonaro prevê um visita à Muralha da China e a participação em uma audiência e um jantar promovidos pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, com a presença de comitiva de CEOs de empresas chinesas.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Governo do Estado já recolheu 489 toneladas de óleo no litoral pernambucano

Por meio de diversas Secretarias e órgãos estaduais, o Governo já fez a distribuição de 2.926 pares de botas, 
9.843 pares de luvas e 16.173 mil máscaras para os voluntários e equipes

No esforço contínuo para reduzir os impactos ambientais e econômicos causados a partir da chegada das manchas de óleo ao litoral pernambucano, o Governo do Estado mantém o efetivo de 400 pessoas trabalhando nas praias dos municípios atingidos. Até o momento, já foram recolhidas 489 toneladas de resíduos de petróleo. A maior concentração das manchas está sendo registrada, atualmente, na praia de Itapuama (Cabo de Santo Agostinho), com vestígios recolhidos pelas equipes na praia do Xaréu, além da Ilha da Cocaia, próximo ao Porto de Suape.

Não foi observada a chegada de novas manchas de óleo nos estuários dos rios nesta terça-feira (22). Mesmo assim, técnicos da CPRH continuaram monitorando a foz dos rios Persinunga (São José da Coroa Grande), Una (Barreiros), Formoso (Tamandaré), Massangana (Cabo de Santo Agostinho), Maracaípe (Ipojuca), Sirinhaém (Sirinhaém) e Jaboatão (Jaboatão dos Guararapes).

Ocorrências de manchas de óleo foram registradas nas praias dos municípios de São José da Coroa Grande, Barreiros, Tamandaré, Rio Formoso, Sirinhaém, Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho. Todo o material recolhido pelas equipes está sendo acondicionado em caixas estacionárias, distribuídas nas cidades atingidas. Duas empresas de gerenciamento de resíduos perigosos estão em operação de coleta e transporte, encaminhando os produtos para o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) Pernambuco, localizado em Igarassu.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Defesa Civil, Compesa, Suape e Corpo de Bombeiros e CPRH, fez a distribuição de 2.926 pares de botas, 9.843 pares de luvas, 16.173 mil máscaras, 3.528 sacos plásticos resistentes e 5.500 sacos de ráfia, 7.565 bags e mil rolos de manta absorvente para os voluntários e equipes do Governo, além de 1.333 tambores e bombonas plásticas.

Nessa operação são utilizados três helicópteros, 10 embarcações e 30 viaturas trabalhando na instalação de bóias de contenção nos estuários, remoção do óleo coletado para aterro sanitário, recolhimento de manchas ainda em alto mar e nas praias, distribuição de EPIs e sobrevoos diários para localização de óleo no mar. Também são empregados 17 caminhões, 14 caixas estacionárias distribuídas nos municípios litorâneos para acondicionamento temporário do óleo e cinco tratores.

Técnicos do Porto do Recife estão executando o monitoramento em alto mar. Mais de nove mil metros de mantas absorventes, cerca de três mil metros de barreiras e quatro barcos foram disponibilizados pela empresa. A força-tarefa para o trabalho de coleta do petróleo tem atuado em expedientes de 10 a 12 horas seguidas.


Fotos: Hélia Scheppa/SEI

Segurança do trabalho em debate na UPAE Garanhuns

Semana de Prevenção contará com diversas atividades na Unidade de Saúde


A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) da Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE) de Garanhuns realiza no período de 22 a 25 de outubro a III SIPAT - Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho, iniciativa que contará com palestras de nutricionistas, farmacêuticos e médicos, e finalizará na sexta-feira com Ginástica Laboral, ministrada pela equipe de fisioterapia da Unidade de Saúde.

Segundo Edvaldo Xavier, funcionário da UPAE Garanhuns e presidente da CIPA, a SIPAT faz parte do calendário anual da comissão, e conta com a colaboração da técnica de segurança do trabalho, Nathália Monteiro, e o apoio da coordenação da unidade, através do gestor Gustavo Amorim.

Conforme a legislação, a Cipa conta com 14 integrantes, sendo 7 eleitos pelos funcionários e 7 indicados pela coordenação da UPAE Garanhuns. Já a SIPAT busca alertar os trabalhadores aos cuidados para evitar acidentes, além de trazer novas informações que possam melhorar suas atividades profissionais e pessoais, sempre voltadas à saúde e segurança do trabalho.

Danilo Cabral é um dos coordenadores da Frente do Serviço Público

“A estabilidade do servidor e o ingresso via concurso foram fundamentais para a superação do patrimonialismo e a profissionalização da gestão do estado brasileiro, que não mais ficou submetido aos desmandos de governos de ocasião”, afirmou o parlamentar. Ele ressaltou que existe a preocupação de que “caia sob as costas dos servidores a pecha da ineficiência do Estado brasileiro”.

Em seu discurso, o parlamentar ressaltou o descaso do governo com a sinalização de uma reforma administrativa. Em sua visão, é um ataque à administração pública e aos direitos dos servidores. “Foi essa lógica absurda que permitiu que se congelassem os investimentos em saúde e educação por vinte anos, enquanto o país gasta 50,7% do orçamento público com serviços da dívida. Não é à toa que os bancos tiveram o maior lucro da história em 2018, mais de R$ 100 bilhões, enquanto a economia brasileira cresce 0,9%”, criticou.

Criada pelo então deputado Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) em 2007, a Frente tem o objetivo de barrar projetos que aniquilam o arcabouço de leis de proteção ao servidor público. “Essa Frente não existe para defender meros interesses corporativos, ela é um instrumento fundamental para defender o legado de nossa Constituição Cidadã”, disse Danilo Cabral. 

A nova coordenação será colegiada entre a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), o senador Paulo Paim (PT-RS), o deputado Danilo Cabral (PSB-PE) e a senadora Zenaide Maia (Pros-RN).

Bom mesmo era o Chile…



Do jornalista e historiador Juremir Machado da Silva, hoje, no Correio do Povo de Porto Alegre:

O neoliberalismo é uma ilusão simplória e nefasta. Já quebrou a Argentina duas vezes. Mauricio Macri chegou ao poder para liquidar o populismo gastador dos Kirchner. Liquidou o país. O Chile é a menina dos olhos dos neoliberais, que perdoam as atrocidades da ditadura do horrendo Augusto Pinochet por seus supostos avanços econômicos. A pátria de Pablo Neruda está novamente sob patrulha do exército para conter a fúria das massas. Motivo: ninguém suporta mais as desigualdades sociais alimentadas por décadas. Um país não é uma casa de família na qual só se deve gastar o que se arrecada. Tampouco deve ser cada um por si num Estado mínimo. O Chile em chamas tem toque de recolher e 15 mortos.

O ministro Paulo Guedes quer importar o modelo chileno para o Brasil. O jornal Folha de S. Paulo resumiu o caos instalado no Chile desta maneira direta e clara: “O descontentamento da sociedade com o sistema previdenciário chileno, administrado por empresas privadas, o custo da saúde, o deficiente sistema público de educação e os baixos salários em relação ao custo de vida acabou emergindo junto com os protestos sobre o preço do metrô”. O sistema de aposentadoria por capitalização resultou em idosos ganhando menos do que o salário mínimo e em altas taxas de suicídio entre os mais velhos. Tudo para que o setor financeiro faturasse muito.

O ciclo neoliberal parece esgotado. Deixa um rastro de miséria atrás de si. A desigualdade, como sempre, assombra a América Latina. O Equador explodiu. O presidente equatoriano teve de recuar no aumento dos combustíveis decretado para agradar ao FMI. O chileno deu para trás no aumento das passagens de metrô. Quando as massas rugem os neoliberais mandam as forças armadas às ruas e depois recuam para salvar os móveis dos palácios. Se a ditadura concentrada de Maduro na Venezuela desandou, as “ditaduras” difusas do rentismo nos países neoliberais, com o Chile na vanguarda, afundam também. A utopia chilena só tinha três problemas: educação, saúde e aposentadorias. As três juntas são chamadas de exclusão, mas aceitam o apelido de espoliação desenfreada e cínica.

O jornal francês Le Monde mostrou que o “oásis da região” era, na verdade, nas palavras do próprio presidente Sebastian Piñera, uma “bomba-relógio”, uma “panela de pressão” prestes a explodir. Era o oásis do sistema financeiro. Santiago, a bela capital chilena, foi tomada por barricadas. O desespero não pode ser medido pelo PIB. O “paraíso” neoliberal chileno foi construído sobre cadáveres, torturados e desaparecidos do regime de Pinochet, um dos mais bárbaros num continente acostumado à barbárie. Outro jornal francês, Libération, descreveu Santiago do Chile como uma “cidade muito poluída e engarrafada”. O cartão-postal era cheio de imperfeições. Por trás do cenário cantado em prosa e verso, a morte.

Portugal, governado pela esquerda, para onde parte da direita brasileira foge, desafiou o neoliberalismo da União Europeia e está de vento em popa. A Bolívia, do reeleito Evo Morales, é o país que mais cresce na América Latina. Gás e petróleo foram nacionalizados. Segundo a BBC, “as multinacionais tiveram que renegociar os contratos com a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos para continuarem operando no país e passaram a pagar mais para explorar jazidas”.

Que atraso! Bom era o Chile.

Garanhuns realiza a 4ª Bienal do Livro entre os dias 23 a 27/10/2019


Do Blog Capoeiras

Lançamentos de livros, palestras, debates e shows para celebrar a literatura brasileira, com destaque para a produção pernambucana. Todas estas atividades estão programadas para a IV Bienal Internacional do Livro do Município de Garanhuns, realizada pela Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros – Andelivros, com patrocínio da Editora Construir, e apoio da Prefeitura Municipal de Garanhuns.


O evento, que ocupará a Praça Mestre Dominguinhos desta quarta-feira à noite até o domingo (23 a 27/10), oferece dezenas de atividades gratuitas. O feira conta ainda com apoio das Secretarias de Educação, Desenvolvimento Econômico e de Turismo de Garanhuns, além da Prefeitura de Paranatama, Prefeitura de Saloá, Sesc Garanhuns e da Editora Vozes.


São dois os homenageados da Bienal: o jornalista e professor José Cláudio Gonçalves de Lima, e o também jornalista Humberto Alves de Moraes (in memorian). “Temos a satisfação de homenagear duas pessoas muito importantes para Garanhuns, que são o professor Cláudio, que é da rede municipal e autor de vários livros, entre eles a obra A Hecatombe, e Humberto Alves de Moraes, que foi um grande expoente das letras da cidade”, comenta a secretária municipal de Educação, Eliane Vilar.


Entre as atrações confirmadas para a IV Bienal Internacional do Livro do Município de Garanhuns, estão o escritor Raimundo Carrero e a jornalista esportiva Carol Barcelos (25/10), o poeta popular Jessier Quirino (26/10) e o educador Celso Antunes (24/10), autor de uma centena de livros sobre a educação nas várias fases da vida. Todas as atividades da Bienal são gratuitas.

Doriel Barros é eleito presidente do PT com 70% dos votos dos delegados em Pernambuco.

Do Blog Agreste Mix
O 7º Congresso Estadual do PT aprovou, neste domingo, 20, por ampla maioria (70% dos votos), o nome do deputado estadual e ex-presidente da Fetape, Doriel Barros, para a presidência do partido em Pernambuco. O evento também aprovou um conjunto de orientações para a caminhada do PT nos próximos quatro anos, na perspectiva de fortalecimento do partido.


O nome de Doriel contou com o apoio de importantes lideranças, como o senador Humberto Costa, o deputado federal Carlos Veras, a deputada estadual Dulcicleide Amorim, o secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, Dilson Peixoto, o secretário de Saneamento da Prefeitura do Recife, Oscar Barreto, o vereador do Recife João da Costa, e o ex-vereador Osmar Ricardo. Além do presidente, foi escolhido o Diretório Estadual, que é composto por 60 integrantes. 


Ao todo, 309 delegados e delegadas de todas as regiões do Estado participaram da votação. O Congresso teve uma das mais expressivas participações dos últimos tempos. Resultado semelhante ao do Processo de Eleições Diretas (PED), ocorrido em setembro, que envolveu 130 municípios pernambucanos e contou com 19.703 votantes. Doriel afirmou que assumirá o partido, em 2020, consciente dos desafios apresentados pela conjuntura, mas também das oportunidades existentes.


“Temos que trabalhar a partir de grandes questões, como a liberdade do ex-presidente Lula, a firme oposição à política excludente do Governo Bolsonaro, a necessidade de aproximar ainda mais o partido da base e a valorização de suas lideranças”, exemplificou, complementando:


“Nesse sentido, 2020 será um momento fundamental para o fortalecimento do nosso partido em todo o Estado. Faremos um grande debate, ouvindo as diferentes instâncias do PT, sobre candidaturas nos municípios que respondam aos anseios da sociedade. Dialogaremos tambem, conforme foi aprovado em nosso Congresso, com partidos aliados do nosso campo de luta”. 


O presidente eleito destacou, ainda, a importância do Congresso Estadual e do Congresso Nacional, que acontecerá de 22 a 24 de novembro, para o fortalecimento da democracia interna do partido. “Um partido grande como o PT sempre terá que administrar divergências.


No entanto, essas precisam contribuir para que o ele cumpra a sua missão, que é promover mudanças na vida de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade. E os nossos congressos fazem justamente o aprofundamento desse debate.


O nosso povo quer voltar a ter esperança, quer viver com dignidade e, isso, as gestões do PT sabem fazer muito bem”. A posse da nova Diretoria do Partido ocorrerá em janeiro de 2020.

Primeira-dama chilena fala em ‘diminuir prilégios’

Do Blog da Cidadania

Ailton de Freitas / Agência O Globo

Como se não bastasse estar enfrentando a mais grave revolta social que vive o Chile desde sua redemocratização, em 1990, nas últimas horas o presidente Sebastian Piñera teve de lidar, também, com o escândalo provocado pelo vazamento de um áudio de WhatsApp de sua mulher, Cecilia Morel . Nele a primeira-dama se refere aos manifestantes que estão nas ruas protestando como “ alienígenas ” e diz que seu país está sendo cenário de algo que é “ como uma invasão estrangeira ”.

O áudio dura 51 segundos e, segundo confirmou o jornal “La Tercera”, é verdadeiro. A primeira-dama diz a uma amiga que “estamos sobrepassados” e encerra a mensagem assegurando que “vamos ter que diminuir nossos privilégios e compartilhar mais”. Morel recomenda racionalizar comida e “tentar manter a cabeça fria”.

As declarações vazadas da primeira dama levaram o subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla, a desmentir que o governo Piñera e as forças de segurança estejam sobrepassadas.


— As Forças Armadas não estão sobrepassadas — frisou o funcionário, evidenciando a tensão que existe dentro do Palácio de la Moneda e o mal estar que causaram as palavras usadas pela primeira dama.

O comentário sobre diminuir privilégios também gerou reações negativas , sobretudo nas redes sociais. A família Piñera é uma das mais ricas do Chile e uma das principais demandas dos manifestantes em todo o país é reduzir a desigualdade social no país.

“É incrível ouvir isso em pleno século XXI, parece um dialogo nos jardins de Versailles”, escreveu o internauta Cristian Leportati na rede social Twitter. “A pergunta seria, quem foi mais insensata: Cecilia Morel e seu áudio vazado ou Maria Antonieta”, comentou a internauta Yasmin Yacoman, também no Twitter.

Nesta terça, Piñera receberá as principais lideranças parlamentares aliadas e de oposição no Palácio de la Moneda para tentar encontrar uma saída de consenso para a crise social que colocou em xeque seu governo.

Chefe da Marinha diz que Venezuela não é responsável por óleo



FERNANDO BRITO  Tijolaço




Depois de uma reunião com o presidente em exercício, o comandante da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior, colocou um ponto final na história de que a Venezuela é a responsável pelo vazamento de petróleo que chegou à costa nordestina:

“O que se sabe pelos cientistas é que o petróleo é de origem venezuelana, não quer dizer que houve em algum momento, e não houve isso, envolvimento de qualquer setor responsável tanto no público quanto no privado na Venezuela”.

Fim do papo-furado que até agora vem sendo utilizado pelo Governo, o de disfarçar sua falta de resposta operacional com acusações “ideológicas”.

É obvio que o petróleo veio de uma embarcação e faria o mesmo – ou maior – estrago se fosse árabe, texano, mexicano ou colombiano. Maior, digo, porque se não fosse um petróleo pesado, mas leve, e emulsionado pelo tempo que ficou no mar, não estaria nesta consistência pastosa que permite que seja retirado em placas.

Mas o almirante também nos mostrou que não há, até agora, foco nas investigações sobre qual foi a nave que lançou aquela imundície ao mar. Diz ele que estão sendo investigados 30 navios que passaram “próximo à costa brasileira” e admitiu que há 970 outros que poderiam ser a origem do vazamento, fora os “dark ships”, navios sem identificação.

Portanto, mais de mil navios, o que é a mesma coisa que nenhum, em matéria da apuração de responsabilidades.

Tanto que o almirante disse que os responsáveis serão encontrados, nem que leve 200 anos: “se demorar 200 anos, vamos ficar 200 anos nisso até achar”.

Há fatos objetivos que não estão esclarecidos, como a origem dos barris da Shell encontrados nas praias e claramente identificados, com número de lote e data do envasamento. Até agora não se tem o nome do comprador e, menos ainda, a informação sobre se e para quem foram transferidos para eventual reutilização.

Também não há definição oficial sobre o perímetro da origem do óleo, claramente identificado nos estudos sobre correntes marítimas e cujas coordenadas não essenciais para a apuração do tráfego de navios nesta região, combinado com o tempo de permanência do óleo no mar, o que também pode ser determinado por testes de laboratório.

Temos gente e instalações absolutamente capazes de dar conta destas missões. Há softwares desenvolvidos aqui – podem ir ver lá na UFRJ, por exemplo – e modelos matemáticos da melhor qualidade para determinar trajetórias e velocidades marinhas.

Como teríamos condições de estabelecer uma vigilância costeira que antecipasse o recolhimento do óleo que está dando à praia. Mesmo que sua densidade faça ele flutuar a meia água, um pouco abaixo da superfície, perto da costa ele se torna mais visível e pode ser coletado com mais facilidade e menos danos, se as praias forem vigiadas.

Marinha, Exército e Aeronáutica têm, somadas, mais de 100 helicópteros leves , padrão Esquilo, e um quatro deles dariam conta de patrulhar toda a costa atingida detectando a aproximação de manchas.

Impedir que se grudem a afloramentos rochosos nas praias, adiram a manguezais ou que entrem pela foz dos rios e canais de lagoas é extremamente importante para mitigar os efeitos.

Tudo isso deveria ser obra de uma coordenação federal, com responsáveis claramente identificados e que, em cada trecho da costa, fosse capaz de ter comando, organizar pessoas e meios e de deslocar pessoal e equipamentos de retenção.

Mas no país que encheu de militares o governo civil, por incrível que pareça, falta comando e arrojo.

João diz que já tem número para CPI

Do Blog de Magno Martins
Em contato, há pouco, com o blog em Brasília, o deputado João Campos (PSB) informou que já conseguiu recolher as 171 assinaturas exigidas pelo regimento da Câmara para abrir a CPI do vazamento de óleo, destinada a investigar o desastre ambiental nas praias do litoral nordestino.

"Amanhã, já protocolo o pedido da CPI", disse Campos. Segundo ele, o Governo está revelando incapacidade na apuração do derramamento de óleo cru na costa do litoral do Nordeste. "Com a CPI, o Congresso oferece ao País um instrumento eficaz na investigação do vazamento", acrescentou.
A instalação da CPI só vai depender agora, segundo ele, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. "Rodrigo tem atuado com uma postura aberta e democrática e sabe da importância da CPI", assinalou.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Reforma da Previdência na reta final

O Plenário do Senado votará, hoje, em segundo turno, a reforma da Previdência. Entre outros pontos, a proposta que altera a Constituição estabelece idade mínima de aposentadoria para homens (65 anos) e mulheres (62 anos).
A aprovação exige os votos de pelo menos 49 dos 81 senadores. No primeiro turno, o placar foi de 56 a 19 a favor da reforma.
A votação no plenário está marcada para a tarde. Antes, a proposta será discutida na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Lá, o relator Tasso Jereissati (PSDB-CE) vai apresentar sua posição sobre 11 sugestões de mudanças no texto apresentadas por outros senadores.
Nesta fase de votação, os parlamentares só podem retirar trechos da reforma, não acrescentar.
Se for aprovada em 2º turno, a proposta será promulgada pelo Congresso. Não há data prevista

Marinha diz que 900 toneladas de óleo foram retiradas de praias no NE

Marinha diz que 900 toneladas de óleo foram retiradas de praias no NESegundo o Ibama, 72 municípios de nove estados tiveram suas praias afetadas pelo material.
Mancha de óleo em praia em Sergipe (Márcio Garcez/Agência O Globo)
Por Redação da Veja


A Marinha informou que, até esta segunda-feira 21, foram recolhidas 900 toneladas de resíduos de óleo cru nas praias do Nordeste. O óleo começou a apareceu primeiro no litoral da Paraíba e se espalhou para Pernambuco, Alagoas, Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e, mais recentemente, na Bahia. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 72 municípios de nove estados tiveram suas praias afetadas pelo material.
O órgão informou que o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) avistou e o Navio Patrulha Guaíba recolheu manchas no mar, ao norte do Porto de Suape, em Pernambuco. O navio Aggressor e o navio CBO Niterói, especializados em óleo no mar, da Petrobras, assim como as embarcações da Marinha estão na região para apoiar a identificação e realizar a limpeza da área. Além disso, uma aeronave do Ibama foi deslocada para o estado com a intenção de permanecer monitorando o local.
Equipes da Marinha também estão fazendo o monitoramento da Ilha de Itaparica (BA), no interior da Baía de Todos os Santos, e do litoral norte de Salvador, das praias do Rio Vermelho até as proximidades de Jauá. Ao todo, 20 militares estão realizando a limpeza de vestígios de óleo na praia de Amaralina, também em Salvador.
A Petrobras também tem cooperado na limpeza das manchas. A estatal mobilizou 120 pessoas para atuarem na limpeza das praias em Sergipe. Em Pernambuco, nas últimas 24 horas, foram limpas as praias de Suape, Muro Alto, Cupe, Porto de Galinhas, Pontal do Maracaípe; Praia do Guaiamum, a localidade de Ave-o-mar, em Sirinhaém, Foz do Rio Una, Mamucambinhas e Foz do Rio Formoso. As praias do Paiva, em Pernambuco, e do Atalaia, em Sergipe, permanecem com a limpeza em andamento, feita por militares da Marinha do Brasil.
A Advocacia-Geral da União (AGU) demonstrou na Justiça Federal de Sergipe que a União adotou as providências cabíveis para enfrentar o vazamento de óleo nas praias do Nordeste. A decisão da Justiça reconheceu que a União havia acionado e colocado em andamento o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas, conforme é necessário neste tipo de acidente ecológico.
A atuação ocorreu no âmbito de uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) de Sergipe para questionar as medidas adotadas pelo governo federal para enfrentar o vazamento. Nela, o MPF pedia que a União implementasse o plano em 24 horas.
No entanto, a AGU demonstrou que o Plano Nacional de Contingência já está em andamento e que mesmo antes do acionamento do plano, durante os primeiros sinais do acidente ambiental, os órgãos e entidades públicas federais estavam adotando uma série de providências. Entre elas, o monitoramento diário das manchas de óleo, a coordenação dos trabalhos de limpeza, o recolhimento de amostras de óleo e resíduos das praias atingidas, análise do óleo e análises do tráfego marítimo.
A Justiça intimou o MPF a especificar, no prazo de 15 dias, quais outras medidas poderiam ser tomadas para enfrentamento do vazamento de óleo, além das que já foram especificadas e implementadas pela União.
(Com Agência Brasil)

Senado vota hoje PEC da reforma da Previdência

Previdência: votação será em segundo turno.
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Do G1

Em reta final da tramitação, o Senado votará hoje em segundo turno a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. Antes do plenário, relatório sobre emendas será votado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Para ser aprovada, a PEC precisa dos votos favoráveis de pelo menos 49 senadores. No primeiro turno, a proposta foi aprovada por 56 votos a 19.
Entre outros pontos, o texto estabelece idade mínima de aposentadoria para homens (65 anos) e mulheres (62 anos).

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Glenn: Lava Jato foi facção, liderada por Moro, que exerceu poder por 5 anos sem ser questionada

(Foto: Reuters)

247 - Em um debate sobre vazamento de dados no Festival 3i, que debtate colaboração, tecnologia e jornalismo no Rio de Janeiro, o editor do The Intercept, Glenn Greenwald, chamou a Operação Lava Jato de "facção criminosa", liderada pelo ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro.

“Tem uma facção dentro desse país muito poderosa e essa facção conseguiu exercer esse poder durante cinco anos sem ser questionada, investigada. Estou falando da Lava Jato, facção liderada pelo ex-juiz Sergio Moro", declarou Glenn.

"Não tem nada mais perigoso pra uma democracia do que deixar uma facção como a Lava Jato exercer poder sem ser investigada. E só uma imprensa livre faz isso", prosseguiu o jornalista.

Neste sábado 19, o Intercept publicou um novo capítulo da Vaza Jato, no qual revela que Moro chegou a ordenar ações de busca e apreensão sem ser solicitado pelo Ministério Público, o que é ilegal. Ao responder, Moro ignorou a autoria do Intercept e acusou o portal UOL de fazer "mau jornalismo".