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sábado, 6 de abril de 2019

Bateu, levou entre tucanos em São Paulo


Declaração do governador João Doria (PSDB-SP) ao Valor, nesta sexta (5), irritou profundamente parte considerável do PSDB. Ele disse que a sigla deixará de ser “um depósito de desempregados”. A fala tinha endereço certo: seu desafeto, o ex-governador Alberto Goldman, mas muita gente vestiu a carapuça.

Aliados de Doria entraram em campo para acalmar os ânimos. Pessoas próximas explicaram que a fala foi feita “com o fígado” para rebater acusação que ele havia recebido de Goldman na véspera. O governador se prepara para assumir totalmente o controle do partido neste ano. 
Bateu, levou - Mesmo sem saber que era o único destinatário do ataque, Goldman respondeu: “Comecei minha vida política na década de 1960, lutando para o Brasil ter um regime democrático, enquanto ele só pensa em dinheiro”. (Painel – FSP)

Ciro nos Estados Unidos: vassalagem vergonhosa a Trump

Bolsonaro na iminência de uma ‘grande confusão’
Na sua fala no painel dos ex-presidenciáveis na Brazil Conference, em Boston, Ciro Gomes disse que o Brasil sob Jair Bolsonaro está na iminência de “uma grande confusão”. Ele fez críticas à política fiscal do governo, mas afirmou que Paulo Guedes, “alguém com formação em Chicago”, não pode ser chamado de “Tchuthuca nem Tigrão”, porque é alguém inteligente.

No estilo “metralhadora giratória” que lhe caracteriza, Ciro distribuiu críticas aos colegas de painel, a Bolsonaro, a Dilma Rousseff, ao PT, aos demais ex-candidatos que nem estão no painel, a Fernando Henrique Cardoso, a Donald Trump e muitas outras pessoas.
Criticou, como Alckmin já fizera, o alinhamento incondicional de Bolsonaro a Trump, que chamou de “vassalagem vergonhosa”.
Brasil caudatário de Trump
Já Geraldo Alckmin na mesma coferência,  iniciou sua fala sobre os 100 primeiros dias do governo Jair Bolsonaro criticando aspectos da gestão, como a política externa. “O Brasil é caudatário do Trump, sem a menor necessidade. Compra uma briga com o mundo árabe de graça”, afirmou. Para o tucano, o governo sofre um “desgaste de material” muito rápido, com as avaliações de ruim e péssimo superando o ótimo e bom. “O governo está fazendo discussões sem sentido, como se foi golpe ou não foi golpe”, afirmou.
Alckmin disse que o PSDB não vai entrar na base, nem terá cargos no governo. Ele desdenhou da discussão sobre nova e velha política. “Quem começou a implementar a austeridade fiscal em São Paulo foi Franco Montoro, um homem no fim da vida”, afirmou. (Estadão – BR 18)

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Prefeito Douglas Duarrte participa de reunião em Jupi para discutir Previdência Social

Prefeito Douglas Duarte
O prefeito Douglas Duarte (PSB) de Angelim esteve presente hoje pela manhã na cidade de Jupi juntamente com outros prefeitos da região, como Danilo Godoy, de Bom Conselho; Ednaldo Peixoto, de Jucati; Beta Cadengue, de Brejão e Neide Reino, de Capoeiras, participando de audiência pública sobre a reforma da Previdência. Na ocasião, ao lado do prefeito Marcos Patriota (DEM); do senador Humberto Costa (PT); dos deputados federais João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT) e Fernando Monteiro, além de sindicalistas, representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Pernambuco (Fetape), entre outras lideranças da região.

As discuções foram feitas em cima da proposta que foi enviada ao congresso pelo presidente Jair Bolsonaro e que ataca varias categorias de trabalhadores. “É fundamental que se possa ocupar todos os espaços para debater o que de fato representa essa reforma nefasta, que amplia distorções entre ricos e pobres e obriga a camada mais vulnerável da população a pagar a conta na hora em que mais precisaria de amparo: a velhice. A reforma também é especialmente cruel com as mulheres, os trabalhadores rurais e os professores” assim definiu alguns dos participantes.

Aprovação de Bolsonaro cai para 35%

O presidente Jair Bolsonaro enfrenta uma perda em sua taxa de aprovação, segundo indica pesquisa da XP Investimentos divulgada hoje. Em janeiro e fevereiro ele era aprovado por 40% dos que responderam à pesquisa da XP. Depois, em março, caiu para 37%. Agora, está em 35%.
Sobre a reprovação, o índice aumentou de 17% em fevereiro para 24% em março. Em abril, ela atingiu 26%. O número dos que consideram o governo regular, 32%, se manteve entre março e abril. Em todos os casos, a oscilação foi dentro da margem de erro, que é de 3,2%. Foram ouvidas mil pessoas entre os dias 1 e 3 de abril.

Maior barragem de Belo Jardim volta a acumular água depois de três anos em colapso

Do Blog a voz do Povo
Volume armazenado vai reforçar o abastecimento de cidades do Agreste
A Barragem de Pedro Moura Jr., o maior reservatório para abastecimento humano localizado no município de Belo Jardim, no Agreste, voltou a acumular água, após três anos em colapso. Com as últimas chuvas registradas na região, a barragem, que faz parte do Sistema Adutor do Ipojuca, passou a armazenar 10% da sua capacidade de acumulação, um volume de 3,5 milhões de metros cúbicos de água. Diante da boa notícia, os técnicos da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) já estão estudando a possibilidade de retomar a operação da barragem e assim reforçar o abastecimento de água para 160 mil pessoas nas cidades de Belo Jardim, Sanharó, Tacaimbó e São Bento do Una.

Além do registro da chuva, a Compesa também comemora a finalização da obra de ampliação da Barragem de Pedro Moura Jr., realizada durante o período de seca extrema. Com recursos do Orçamento Geral da União, o Governo do Estado autorizou a companhia investir R$ 5 milhões para ampliar a capacidade de armazenamento do reservatório. Agora, a barragem poderá reter 35 milhões de metros cúbicos de água, um aumento de 11 % da capacidade máxima anterior, que era de 30,7 milhões. “Essa obra demonstra a preocupação do governador Paulo Câmara em investir em obras nos momentos difíceis de seca para colher os frutos durante o inverno e assim atender às necessidades da população”, afirma o presidente da Compesa, Roberto Tavares, lembrando que as cidades de Belo Jardim, Sanharó, Tacaimbó e São Bento do Una também estão sendo atendidas pela Transposição do Rio São Francisco, por meio da interligação das Adutoras do Moxotó e do Agreste, comprovando o trabalho de planejamento do Estado para garantir alternativas sustentáveis de abastecimento para o Agreste.

A obra de ampliação da Barragem Pedro Moura Jr. também é uma das iniciativas do Governo do Estado para garantir a sustentabilidade hídrica de cidades do Agreste Pernambuco, uma região que detém o maior deficit hídrico do país. “Elevamos a altura do vertedouro em 1,50 metro e conseguimos ampliar o nível de armazenamento”, explica o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Gilvandro Tito.

PT se armando para conquistar eleitorado evangélico

O PT tenta refazer pontes com o eleitorado evangélico, que migrou com força para Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.

A sigla realiza, em SP, nesta sexta (6) e sábado (7), o 1º Encontro de Evangélicos.
Gleisi Hoffmann, Benedita da Silva e João Pedro Stédile falam no ato. 

Tigrão Zeca Dirceu: “E ainda me chamam de grosseiro?”

O deputado Zeca Dirceu (PT-PR), que chamou Guedes de “tigrão” e “tchutchuca”, diz que as palavras saíram de sua boca sem planejamento. 

“Eu ouvia a música [“Tchutchuca Vem Aqui Pro Seu Tigrão”] quando era adolescente. Nunca achei ofensiva”, diz.
Apoiado por seguidores mas também criticado nas redes sociais, ele afirma:
“As pessoas elegem um cara como o [presidente Jair] Bolsonaro e agora me chamam de grosseiro?”.  (Mônica Bergamo – FSP)

Governo à ONU: 64 foi da ‘maioria do povo’. Ibope mostra o contrário



POR FERNANDO BRITO · no Tijolaço
O Governo brasileiro mandou a Fabian Salvioli, relator especial da ONU sobre Promoção da Verdade, Justiça, Reparação e Garantias de Não Repetição telegrama dizendo que, em 1964, “não houve um golpe de Estado, mas um movimento político legítimo que contou com o apoio do Congresso e do Judiciário, bem como da maioria da população”.

Não dá nem para discutir o resto da delirante e estúpida manifestação do Itamarati.

Fiquemos na “maioria da população” estar apoiando o golpe ou o tal “movimento político legítimo”.

O Ibope fez duas pesquisas, em fevereiro e no final de março de 1964. Poucos dias antes do 31 de março/1° de abril, portanto.

Faça um esforcinho, porque o material não está com boa qualidade no acervo digital da Folha, onde foi publicado na página F1 da edição de domingo, 9 de março de 2003.

O governo que foi derrubado tinha classificação de ótimo ou bom para 45% dos entrevistados e 16% de ruim e péssimo. Bem mais do que tem Jair Bolsonaro: 34% de aprovação e 24% de rejeição, segundo o mesmo Ibope.

Só 14% achavam que Jango queria dar um golpe de Estado, o que acredito que vá dar mais se perguntarem o mesmo sobre o atual Presidente.

Se Jango pudesse ser candidato – ao que nunca se lançou – metade dos brasileiros (49,8%) estava disposta a dar-lhe o voto.

69%, radical ou moderadamente, apoiavam as reformas de base; 67% defendiam a reforma agrária, as principais bandeiras do trabalhismo e da esquerda.

E, afinal, 90% dos brasileiros queriam a eleição presidencial de 65, que a ditadura cancelou.

Maioria da população querendo golpe? Onde, sr. Bolsonaro?

Esta conversa só existe porque a mídia – esta, sim, querendo o golpe – usou as manifestações da direita para simular uma maioria golpista e repetiu a patranha durante mais de 30 anos. Para ela, aliás, o mundo se resumia e se resume à Zona Sul do Rio e aos Jardins paulistas.

Sugiro à Folha que, em lugar de ficar nestas discussões inócuas sobre “foi ou não foi”, recupere a pesquisa que publicou e, até, a disponibilize para que possa, também, ser enviada para a ONU.

Contra os delírios, o melhor remédio são os fatos.

quinta-feira, 4 de abril de 2019

A lei é para todos. Mas para Lula, depende…



FERNANDO BRITO · no Tijolaço

Foi o Lula.

É evidente que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, adiou o julgamento das ações de inconstitucionalidade que poderiam restringir a prisão antes de transitadas em julgado as sentenças condenatórias porque sabia que não haverá outro resultado possível senão o de se cancelar este casuismo jurídico construído especialmente para a Lava Jato. E que, portanto, Lula, poderia ser colocado em liberdade até o exame de seus recursos.

O STF – para variar, acovardado – tenta escapar da ofensiva difamatória que ele próprio cevou, ao criar a “jurisprudência do clamor” para orientar seus julgamentos.

Vai preferir que o STJ confirme ou atenue o regime prisional que é imposto ao ex-presidente, desviando o alvo e restringindo o alcance do furor encarceratório que a Lava Jato construiu contra ele.

A “sugestão” de Elio Gáspari, ontem, para que Lula fosse colocado em prisão domiciliar, pode ter relação com este projeto de ir “aparando” devagar o que todos já viram ser um expediente político: a reclusão de Lula em uma solitária.

Pagamento do 13º do Bolsa Família vai ser dividido em três grupos


O pagamento do 13º do Bolsa Família pelo governo de Pernambuco será feito em grupos, divididos entre os meses de fevereiro, março e abril de 2020, segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Sileno Guedes. A divisão dos grupos é quadrimestral, de acordo com a data de nascimento dos beneficiários.

O programa é lançado oficialmente pelo governo estadual hoje, em cerimônia no Centro de Convenções, em Olinda. Atualmente, 1.178.450 famílias são atendidas pelo Bolsa Família, o equivalente a 35% da população do estado, segundo o governo.
O 13º do Bolsa Família, pago por Pernambuco, vai de acordo com a parcela que cada família recebe mensalmente, com teto de R$ 150. Ou seja, o grupo que recebe R$ 80, receberá o 13º no mesmo valor. Já os que recebem acima de R$ 150, permanecem recebendo apenas o limite estipulado para o pagamento.
Para o recebimento do 13º do Bolsa Família, o secretário explica que não é preciso qualquer tipo de documentação. "Durante o processo, a Secretaria de Desenvolvimento Social vai divulgar com as prefeituras como as pessoas vão receber o cartão pra receber o beneficio", afirma.
Quem nasceu entre janeiro e abril, deve receber o benefício em fevereiro de 2020. Já os nascidos entre maio e agosto, receberá em março, enquanto os que nasceram nos últimos quatro meses do ano, terá o dinheiro depositado em abril.

Hoje ficou mais caro



 FERNANDO BRITO ·no Tijolaço


Não são só o tomate e a batata-inglesa que estão subindo de preço.

Os votos para aprovar a reforma da Previdência também estão ficando mais caros e Jair Bolsonaro perceberá isso quando for à feira dos partidos do Centrão, hoje à tarde.

A audência de Paulo Guedes ontem, na Câmara dos Deputados, deixou claro que as declarações de que “a reforma é vital para o Brasil” terminam por aí e os deputados não querem dar a cara no combate por ela.

Bruno Boghossian observa, na Folha:

A proposta do governo perambula como um filho feio sem pai. Parlamentares de centro e da oposição fazem críticas pesadas, enquanto poucos governistas se arriscam a apoiar uma medida impopular.

O prmeiro a fazê-lo foi o tal Major Vitor Hugo, até com bons modos, mas um pobre coitado que dava pena até de ouvir falar naquele banzé e, para quem assistiu, o bastante para entender o seu estado de desprestígio no parlamento.

Não vai ser por pouca coisa que as raposas do Centrão vão assumir a linha de frente da reforma. Diante delas, balança a advertência do que ocorreu com Rodrigo Maia, que fez este papel até mesmo “domando” a irritação com o governo Bolsonaro e que teve como paga a execração pública de ministros, dos filhos e do próprio presidente, depois amenizadas com um “deixa-disso” mas que segue, furiosa, nas redes bolsonaristas.

Como as batatas e os tomates, os deputados do Centrão temem, depois dos elogios às suas qualidades, serem descascados e postos na panela.

Eles tiveram 28 anos para aprender algo sobre os apetites de Jair Bolsonaro.

Vélez Rodrigues: filigranas para se manter no cargo

Deputados ligados ao movimento estudantil dizem que Ricardo Vélez (Educação) brinca com fogo ao anunciar uma intervenção no material didático para fazer revisionismo da ditadura.

Ex-membros da equipe dele no MEC classificaram a medida como uma tentativa desesperada de se manter no posto.

Hitler era um esquerdista?

[...]
Trecho de artigo de Ascânio Seleme – O Globo
Outro grupo exótico, recém-descoberto no Brasil, é formado por indivíduos que dizem que o nazismo e o fascismo foram movimentos políticos de esquerda.

Contra todas as evidências e provas históricas, teimam em afirmar que os nazistas eram esquerdistas porque seu partido se chamava Nacional Socialista. Não dá para dizer se esta turma é ingênua ou ignorante.
A diferença entre os brasileiros e os terraplanistas americanos é que estes ainda recolhem fundos para fazer uma jornada até a borda da terra.
Os brasileiros que não acreditam no golpe, na ditadura, na tortura e ainda afirmam que Hitler era um esquerdista psicopata já estão viajando há tempo.
Leia artigo na íntegra clicando ao lado: A Terra é plana - Jornal O Globo

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Com Guedes na CCJ, dólar vira para alta e Bolsa cai


Do Blog de Magno Matins

Com início da audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, com a participação do ministro Paulo Guedes, o dólar virou para alta na tarde de hoje. Por volta das 16h, a moeda americana subia 0,32%, sendo vendida em R$ 3,86. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa, operava em queda de 0,46%, marcando na casa dos 95 mil pontos.

O ministro está na CCJ para defender a PEC da Previdência. Guedes afirmou que não terá coragem de lançar o sistema de capitalização se os parlamentares aprovarem uma reforma da Previdência com potência menor que a necessária, defendendo que esse modelo foi responsável por impulsionar o crescimento econômico no Chile.
“Se os senhores preferem que filhos e gerações futuras sofram esse mesmo problema, se estiverem dispostos a seguir nesse ambiente, podem seguir. Eu não vou lançar sistema de capitalização, não sou irresponsável”, afirmou ele, em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados.

Bolsonaros estão perdidos no espaço

Por Ricardo Kotscho no Blog Balaio do Kotscho

Escrevo bolsonaros no plural porque somos governados pelos quatro _ o pai e os três filhos aloprados que são chamados por números.
O fato de pertencerem à extrema-direita mais boçal do planeta é o de menos.
O grande problema é que os quatro juntos não conhecem o Brasil e não têm a menor ideia do que acontece no mundo de hoje.
Presos à Segunda Guerra Mundial e à Guerra Fria, seguem a cartilha de outro cretino, o guru Olavo de Carvalho, um pateta que faz horóscopos e caça ursos na Virgínia.
Em suas andanças pelo mundo, eles nos fazem passar uma vergonha atrás da outra e causam prejuízos incalculáveis ao Brasil.
Bolsonaro já homenageou ditadores sanguinários e corruptos como Pinochet, no Chile, e Stroessner, no Paraguai, prestou nojenta vassalagem a Donald Trump, na matriz, e se superou agora, na viagem ao Oriente Médio, onde conseguiu fazer strike.
Ao desistir de mudar nossa embaixada para Jerusalém, como havia prometido, em troca de um escritório comercial, desagradou ao mesmo tempo Israel e os fanáticos religiosos que o apoiaram na campanha eleitoral.
De quebra, arrumou uma confusão dos diabos com os palestinos e os países árabes, grandes importadores dos nossos produtos agropastoris.
Nomearam um monte de generais para tomar conta do presidente, mas ele já se mostrou incontrolável.
Aqui e lá fora governa pelo Twitter porque seu vocabulário se limita a 140 caracteres e até agora não descobriu o que está fazendo na Presidência da República.
Bolsonaro entregou pessoalmente a PEC da reforma da Previdência no dia 20 de janeiro, mas só agora, depois de três meses de governo, na volta de Israel, ele vai se reunir com os presidentes dos partidos que o apoiam.
Não deveria ter feito isso antes de enviar o projeto, para garantir os 308 votos de que precisa na Câmara?
Disposto a acabar com a “velha política”, só agora descobriu que não tem outra e vai abrir o balcão de negócios chamado de “articulação política”.
Apesar de seus quase 30 anos de deputado do baixo clero, parece que o capitão ainda não sabe como a coisa funciona, ou se finge de desentendido, para agradar aos seus fanáticos seguidores, que estão sumindo até das redes sociais.
Seus dois superministros, Moro e Guedes, já correm o risco de virar nanicos.
Assim como seu chefe, o ex-juiz Sergio Moro não conhece o Brasil, muito menos Brasília, que não é capital da República de Curitiba, onde ele mandava prender e soltar.
Por falta de opção, pela indigência do articulador Onyx Lorenzoni, o especulador Paulo Guedes agora negociará diretamente com os deputados, o que vai ser engraçado.
É o dono do cofre, que quer economizar 1 trilhão com a reforma da Previdência, tentando convencer os parlamentares do baixo clero a votar no seu projeto só por amor à pátria.
Moro arrumou uma gambiarra para votar seu projeto anticrime no Senado antes da Câmara, onde foi congelado por Rodrigo Maia.
São dois amadores negociando com profissionais e não é muito difícil prever quem vai ganhar esta peleja.
Convencido de que é um grande estrategista, Bolsonaro quer se impor dando trombadas nos aliados e guerreando com seus inimigos imaginários.
Seria tudo apenas uma grande patuscada, não estivessem em jogo o futuro do país e da nossa democracia.
Depois de salvar a Venezuela do “comunismo”, talvez o capitão descubra que aqui temos mais de 13 milhões de desempregados, sem nenhuma perspectiva, porque a economia parou de girar outra vez.
Pela cara dele em Israel e a forma como trata os jornalistas que lhe fazem perguntas, não boto muita fé.
Não há general de pijama que dê jeito neste capitão reformado.

Jessé Souza: “A Lava Jato é o câncer da democracia brasileira. Desde 2014 vem cometendo arbitrariedades”

Jessé Souza. Foto: Reprodução/Twitter

Do Twitter do sociólogo Jessé Souza:

A Lava Jato é o câncer da democracia brasileira. Desde 2014 vem cometendo arbitrariedades, manipulando o moralismo postiço do público, chantageando a política e entregando o Brasil para ocupar o poder em benefício próprio. Canalhas!

A Lava Jato é o câncer da democracia brasileira. Desde 2014 vem cometendo arbitrariedades, manipulando o moralismo postiço do público, chantageando a política e entregando o Brasil para ocupar o poder em benefício próprio. Canalhas!
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Pimenta: Acordo do MPF com Odebrecht que prevê fundo bilionário é um escândalo

247 - O deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, comentou a informação de que a operação Lava Jato firmou acordo de leniência com a Odebrecht, com a criação de uma conta judicial, sob responsabilidade da 13ª Vara Federal de Curitiba, para que o dinheiro fique à disposição do MPF, para que lhe dê a destinação que quiser.

"Isso é um escândalo. Ninguém de sã consciência acredita que um procurador de primeira instância entenda que é de competência dele firmar um acordo internacional em nome do Brasil", disse Pimenta.

A saia justa de Paulo Guedes e a velha política


O ministro Paulo Guedes (Economia) passou por uma saia justa em meio à maratona de encontros que tem feito com bancadas da Câmara para esclarecer trechos da reforma da Previdência. Ao comentar as dificuldades da articulação política, foi interrompido pelo deputado Expedito Neto (PSD-RO).

Bolsonaro não sabe, mas o filho dele sabe direitinho como é que faz [velha política]”, disse o parlamentar, segundo o relato de colegas, sem citar nomes. O gabinete de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia do Rio é suspeito de ter se apoderado de parte dos salários de servidores.
Quem viu a cena diz que Guedes saiu pela tangente: “Quem errou tem que pagar”, respondeu. Procurado, Expedito Neto não retornou.  (Daniela Lima - FSP)

De ladeira abaixo


 A desidratação da reforma da Previdência é dada como certa.

Nem o PSL confirma 100% de apoio a temas mais sensíveis, como BPC e aposentadoria rural, quando o texto chegar à comissão especial.
Já o vice-líder do PSDB, Beto Pereira (MS) apresentou projeto que obriga juízes e membros do Ministério Público que queiram ser candidatos a deixarem seus cargos cinco antes da eleição.  (Folha)

Em jantar: empresários e a expectativa desanimada com Bolsonaro

Coluna do Estadão – Alberto Bombig
A apreensão com o governo Jair Bolsonaro foi tópico de um jantar que reuniu um número grande de empresários importantes anteontem em São Paulo. Se no início do ano, em convescote similar, as esperanças dos participantes eram muito altas, o clima agora é de “expectativa desanimada”, segundo a definição de um dos anfitriões

Na visão do empresariado, a ausência de pulso firme na articulação da Previdência e as viagens do presidente aos EUA e a Israel demonstram que ele ainda não compreendeu qual é a agenda prioritária para o País.  A atuação de alguns ministros foi escrutinada no jantar.
O grupo louvou a atuação de Paulo Guedes (Economia), que, “para sorte do Brasil”, estaria extrapolando suas funções. Onyx Lorenzoni (Casa Civil) foi destaque negativo das rodas de conversa. Não coordena o governo nem articula a relação dele com o Congresso.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Não batam palmas para maluco dançar…



FERNANDO BRITO · no Tijolaço

Sério mesmo que vocês vão perder tempo com esta história de Jair Bolsonaro dizer que o Hitler e o nazismo eram “de esquerda”?

Está certo que ele já não contém sua idiotia nos limites da história do Brasil, chamando 1964 de revolução, não de golpe e agora quer reescrever a história mundial.

Daqui a pouco vai dizer que os jacobinos da Revolução Francesa eram seguidores de um tal Jacó ou que o tenentismo foi uma revolta de militares que não eram promovidos a capitão e que Leônidas foi às Termópilas para “dar uma relaxada”, talquei?

Ou que Jesus não falou no Monte das Oliveiras, mas no das Goiabeiras que o Diabo é vermelho porque é comunista…

Nem original é, porque o Sérgio Porto fez, há mais de 50 anos, o Samba do Crioulo Doido, narrando que Tiradentes se elegeu Pedro II, aliou-se a José de Anchieta e proclamou a escravidão…

Para o senador Humberto Costa: Governo é imagem e semelhança de Bolsonaro


Prestes a completar cem dias na presidência, Jair Bolsonaro segue perdido e desarticulado. A avaliação é do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). Para ele, o presidente até agora não mostrou a que veio e tem se destacado apenas pelas inúmeras polêmicas que diariamente protagoniza e pelas desavenças dentro e fora do governo. O resultado, segundo o senador, pode ser comprovado pelo número de proposições apresentadas pelo Executivo ao Congresso Nacional. Até agora, o governo encaminhou apenas 16 projetos ou medidas provisórias. Nenhuma das propostas foi aprovada. Todas seguem tramitando em ritmo lento. 

"Tudo isso mostra que o quão despreparado é o presidente e o quão incompetente é o seu governo. Jair Bolsonaro não tem estatura para o cargo que ocupa e nem uma proposta clara para o país. Ele parece mais um palhaço preocupado em fazer graça para o seu circo do que um presidente preocupado com o bem-estar da população. Nesses quase 100 dias de governo, ele somou mais desafetos do que apresentou projetos. Não à toa, sua rejeição aumenta consideravelmente", disse o senador. 
Entre as proposições apresentadas, se destaca a Reforma da Previdência, que vem sendo defendida arduamente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A proposta, no entanto, vem recebendo sérias críticas de partidos do governo e da oposição. "É um projeto cruel, que acaba com a Previdência Social como conhecemos hoje e amplia as distorções. Do jeito que está, jamais passará. É um disparate querer que os trabalhadores, especialmente os mais pobres, paguem a conta. A cada dia, as pessoas têm tomado conhecimento do projeto e a rejeição a medida é crescente na sociedade e no próprio Congresso", afirmou Humberto. 
O senador também lembrou que, além de não ter aprovado um projeto sequer no parlamento, o governo vem acumulando derrotas no Congresso. "A lua de mel durou muito pouco. E a aprovação do Orçamento Impositivo na Câmara dos Deputados foi a prova disso. O governo segue sendo a imagem e semelhança do seu mandatário: despreparado e desagregador. Nem mesmo os próprios integrantes da gestão se entendem. O mandato que mal começou e já parece estar com os dias contados", avaliou o senador.

Você amanhã

Quando deputado de oposição a Lula, o hoje ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) propôs enquadrar como crime de responsabilidade “utilizar emendas parlamentares como instrumento de barganha” no Congresso.

Nunca diga nunca - O projeto, apresentado em 2008, também classifica como crime “deixar de pagar ou empenhar as despesas a elas [emendas] correspondentes no exercício financeiro a que se referem”.
(Daniela Lima – FSP)

A Ernesto: pede para sair!

Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura militar, enviou uma manifestação ao chanceler Ernesto Araújo pedindo que renuncie “imediatamente ao cargo” de ministro das Relações Exteriores do Brasil.

 “A família do meu pai veio para o Brasil fugindo dos nazistas. Os que lá ficaram foram brutalmente assassinados. O meu pai foi brutalmente assassinado por aqueles que te deram o emprego que o senhor tem. Meu pai sempre foi de esquerda. O senhor entendeu ou precisa desenhar?”
A carta, que lembra ainda que os nazistas foram derrotados pela comunista URSS, foi uma reação à afirmação de Araújo de que o nazismo foi um fenômeno de esquerda.   (Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo)

A Politica externa de bolsonaro

Foto: Gospel Prime
Por Michel Zaidan Filho*

Foi John Foster Dulles que definiu melhor o espírito da política externa norte-americana, ao dizer que um país não tem amigos, tem interesses. Interesses econômicos e estratégicos. Desde a formulação do chamado “pan-americanismo”, ou a doutrina que afirma ser a América para os americanos, que os governos estadunidenses entendem que a América Latina é o quintal deles. Até a Primeira Guerra Mundial, o imperialismo inglês mandava no mundo. Depois da primeira grande guerra, os americanos tomaram a hegemonia política e econômica dos ingleses. Neste intuito, a política externa ianque varia do mero expansionismo anexionista ao unilateralismo, fazendo acordos bilaterais, com governos fracos, para afastá-los dos processos de integração regional e submetê-los à sua influência, ou pelo “soft power” ou o “hard power”.

As relações externas do Brasil com os EE.UUs. mudaram muito no curso dos últimos 100 anos. Desde a cópia serviu da Constituição norte-americana feita por Rui Barbosa, a mando do governo provisório em 1981, até a origem do primeiro processo de integração regional sulamericana, sob a hegemonia brasileira, houve muitos vai-e-vens nestas relações, que variam da total submissão aos interesses americanos até a afirmação internacional dos interesses nacionais do Brasil.


Não é segredo para ninguém que o governo de Inácio (LULA) da Silva foi a gestão que mais avançou na direção de uma política externa independente, multicultural, pacifista e sul-sul. Os logros e as conquistas dessa política foram muitos, entre eles: o protagonismo mundial do país, na frente diplomática, e o Mercosul. O Brasil conseguiu uma liderança continental que incomodou alguns de seus vizinhos. Mais importante foi a diversificação do comércio internacional brasileiro, para a venda das “commodities” agrícolas e minerais: a China, o Irã, a União Europeia, os países árabes. Nosso país avançou muito no pragmatismo comercial, firmando parcerias e acordos estratégicos para os interesses do povo brasileiro.

É absolutamente injustificável que o atual governo da República jogue por terra, em nome de um anticomunismo grosseiro e do alinhamento incondicional com o país americano do norte, todo esse acervo de realizações e avanços da política externa do Brasil. Mais ainda à luz dos interesses econômicos e comerciais que ele diz representar: o agronegócio, a bancada ruralista, a indústria brasileira, a exportação das “commodities” agrícolas ou minerais, tão importante para o equilíbrio da balança comercial brasileira.

Nem os militares, durante a ditadura de 1964, foram tão obtusos a ponto de restringirem a política comercial à uma ideologia anticomunista e xenófoba: negociaram com os soviéticos e chineses. Não que tenhamos que concordar com as palavras de Foster Dulles. Mas não se pode conduzir a política externa de um país como o nosso, com o olho na Bíblia ou na Lei de segurança Nacional. Há objetivos estratégicos, econômicos, geopolíticos que devem guiar essa política. E aí cabe um formidável espaço para o pragmatismo nas relações internacionais. O nosso país não é o Haiti, Porto Rico ou Panamá. É uma nação continental que tem um enorme peso na política internacional. Mas precisa ter consciência desse papel, para não se tornar mais um satélite comercial ou militar dos americanos.

Outro ponto sério dessa política isolacionista e americanofila é a aproximação política e diplomática com o Estado de Israel. Está aí outra grande ameaça aos interesses do povo brasileiro. Sempre tivemos uma grande simpatia pelos povos árabes. Hipotecamos mais de uma vez o nosso apoio à causa justa e humanitária do povo palestino (que vive sob a ocupação militar israelita, por terra, mar e ar). Privilegiar o Estado judeu, nas relações diplomáticas com o Oriente Médio, em razão do apoio dos evangélicos e para agradar a Donald Trump, é um equívoco de graves consequências para nós. O país judeu muito pouco tem a oferecer ao Brasil, a não ser a tecnologia de espionagem ilegal nas terras alheias. A técnica agrícola de irrigação em terras áridas, nós já temos. A experiência dos “Kibutzim” já foi totalmente desvirtuada. Temos uma das medicinas mais modernas do mundo. Mas em compensação, os movimentos de libertação da Palestina (tanto quanto o Estado Islâmico) podem mirar o Brasil como próximo alvo, em razão do nosso alinhamento com os americanos e judeus. E perderemos o mercado das nações árabes para nossas exportações comerciais.

O Brasil tem tudo a perder e nada a ganhar com essa política comercial estreita, sectária, filoamericana e judia. E os maiores prejudicados serão os brasileiros, no final das contas. Somos um povo pacifista, miscigenado, aberto aos intercâmbios e parcerias do mundo inteiro. Não vamos nos curvar a uma seita de adoradores do satanás, nem daqui nem de fora.
Michel Zaidan Filho é cientista político e professor na Universidade Federal de Pernambuco.

Reforma da Previdência do Governo Federal, uma tragédia para estados e municípios

ZÉ NETO

Que existem problemas com a Previdência em nosso país, especialmente no setor público, muito particularmente nos Estados, é fato. E que precisamos encontrar soluções para equilibrar as contas com as receitas, melhorando nossa Previdência, também. Mas o que estamos vendo, com a proposta de reforma encaminhada ao Congresso Nacional (PEC 06/2019) pelo governo é uma brusca redução do seu caráter de assistência pública aos mais pobres.

Querem cobrir um rombo financeiro da Previdência, ampliando a cratera de desassistências social e econômica já existentes no país. É um atentado à rede de atenção social brasileira para economizar pouco mais de R$ 1 trilhão, retirando mais de R$ 800 bilhões do Regime Geral da Previdência, responsável pelos benefícios previdenciários do setor privado (muito especialmente rurais, idosos e clientes do BPC - Benefício de Prestação Continuada).

Em verdade, a proposta de reforma pode causar o maior desastre econômico e social de nossa história, pois não ataca, como deveria, os grandes devedores da Previdência e nem os privilégios dos que recebem altíssimos salários. Põe-se o peso maior dos cortes financeiros nas costas de quem mais precisa de atenção do Estado.

Giro da economia - Significa retirar R$ 800 bilhões da mão de agentes de consumo que alimentam as já fragilizadas economias de cerca de 70% dos municípios brasileiros. Algo em torno de sete a cada dez municípios brasileiros têm receitas de Previdência superiores às receitas de FPM (Fundo de Participação dos Municípios), responsável maior pelas contas municipais do Brasil afora, de Norte a Sul.

Imagine-se o estrago dessa perda de receitas previdenciárias no varejo, nos serviços, no movimento econômico, nas feiras livres pelo interior do país. E o impacto na arrecadação de ICMS dos estados? Aliás, bom lembrar, 80% da receita do orçamento geral da Bahia, por exemplo, vem do ICMS, que depende, e muito, das receitas da Previdência girando a economia. Um panorama que não é diferente nos outros estados da Federação.

A reforma apresentada é uma política de governo totalmente equivocada, que, inclusive, se abstém de mexer na injusta política fiscal e tributária vigente no país, na qual os mais ricos pagam pouco imposto e o imposto indireto é responsável por mais de 70% da arrecadação do Estado brasileiro - botando os mais pobres, idosos, mulheres e rurais para pagar um preço econômico e social excludente e perverso.

Mercado financeiro – Na realidade, o governo federal e seus aliados do mercado financeiro não querem mexer em privilégios de uma parte suculenta das corporações que vegetam ao redor do poder, entranhados nos porões e bastidores da política, sugando e travando a arrecadação financeira e comprometendo investimentos públicos em prol de seus interesses concentradores de riquezas.

Infelizmente, a proposta de "nova Previdência" que tramita no Congresso é pouco generosa com o povo brasileiro, especialmente com os mais carentes, nesse momento tão decisivo de nossa história, pois desconhece o tamanho da função social de nosso sistema previdenciário e seu real papel como política de Estado.

O mais doloroso é a nítida demonstração de que para eles pouco importa a falta de presença e responsabilidade do Estado com seus cidadãos e cidadãs mais necessitados. Economizam recursos e os mandam para Brasília, fazendo aumentar a desassistência para desespero dos municípios e estados que terão os custos de atenção social e de saúde ampliados.

Propaganda oficial - E essa conta, certamente não será paga por "Brasília", que inclusive vive sob o comando da PEC 241, a Emenda Constitucional 95/2016, que congela gastos públicos por 20 anos.

A Previdência é responsável pela maior política de distribuição de renda no Brasil e não podemos deixar que confundam, como querem na intenção e na propaganda oficial, gastos e perdas indevidas no sistema previdenciário com investimentos e proteção sociais, que são a razão de ser do nosso regime previdenciário.

Na conta, pela receita, essa reforma, inclusive, pode enfraquecer o sistema público com a proposição de criação de uma espécie de nova previdência privada, capitalizada e alternativa. É baseada em modelo que não deu certo no Chile. A capitalização amplia, ainda mais, as perdas de receitas, as reservas e a saúde financeira do regime geral hoje existente.

Ou tem alguém achando que todos os empresários, sendo aprovada essa proposição, vão continuar optando pela Previdência pública na hora de contratar seus funcionários?

Apertar o cerco contra os que sangram nossa Previdência não é tirar dos mais carentes essa receita primordial para suas vidas, sob pena de aumentar, e muito, os gastos governamentais com atenção social e saúde. Os desafios estão aí. Que não nos faltem força e discernimento para enfrentá-los.

Advogado, deputado federal (PT-BA) e vice-líder do PT na Câmara

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Danilo Cabral critica cortes na educação


Além da má gestão no Ministério da Educação, o governo federal anuncia cortes para a área. A pasta foi a mais atingida pelo contingenciamento publicado em edição extra do Diário Oficial da última sexta-feira. Dos R$ 35,9 bilhões cortados, R$ 5,8 bilhões são do MEC. “O governo, com esse corte, sinaliza que a educação não é prioridade. Essa é uma área que deveria ser estratégica para o desenvolvimento do país, não deveria ser atingida”, critica o deputado federal Danilo Cabral (PSB).

O total em despesas discricionárias para a área previsto na LOA deste ano era de R$ 23,6 bilhões e passou, agora, para R$ 17,7 bilhões. Segundo o decreto, o governo aplicará o mínimo garantido na Constituição. “Isso não suficiente. A educação brasileira avançou nos últimos anos e o mínimo não dá conta dos investimentos necessários para assegurar o desafio que nós temos hoje”, afirma. O deputado cita a situação precária das universidades, que estão quase fechando as portas, e os cortes nas bolsas de pesquisa.
“Não há como reduzir essa desigualdade sem promover investimentos, é um desafio urgente. Não podemos admitir que o gasto com a educação se restrinja à obrigação constitucional, precisamos avançar”, diz o deputado. Ele ressalta que, nos últimos anos, os investimentos em educação vêm sendo alvo de “ataques”. “Mudaram as regras do pré-sal, implantaram o teto dos gastos e, agora, há um movimento declarado do governo de desvincular o orçamento, afetando diretamente a educação”, ressalta.
A prova de que os recursos investidos na educação são insuficientes é a comparação com os recursos aplicadas na área pelos países da OCDE (Organização para o Desenvolvimento Econômico), que o Brasil que fazer parte. Hoje, gasto público anual por aluno da educação básica a superior no Brasil é de US$ 3,4 mil. O gasto médio da OCDE é de US$ 9,3 mil 0 dólares (5.900 a mais que o Brasil).
“Em três meses de governo, houve mais troca de cargos no Ministério da Educação do que anúncios de políticas públicas. Dessa forma, o Brasil só aumentará seu passivo histórico e não trataremos do que é fundamental para a área, como o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE)”, afirma Danilo Cabral.

Triste de um país

Por Arthur Cunha – especial para o blog de Magno Martins

Triste de um país onde o governo central exalta golpistas, torturadores e assassinos; tratando-os como heróis da pátria. Triste de um país onde o governo central, com um argumento pífio, utiliza os canais oficiais para espalhar ideologia de gênero – seja ela de Direita ou Esquerda –, tentando minimizar atrocidades. Triste de um país onde o governo central não reconhece o seu débito com o passado e o transforma em uma ponte para um futuro melhor. Triste de um país. Triste do Brasil!
Ontem, quando o início da sanguinária ditadura que assassinou milhares de brasileiros e subjugou um país inteiro completou 55 anos, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República liberou um vídeo institucional (pago com dinheiro público, portanto) defendendo o Golpe de 1964; retratado, na ótica deles, como uma resposta das Forças Armadas aos “comunistas”. Eu custei a acreditar no que estava vendo.
Na peça publicitária, um senhor aparece em primeiro plano, com um fundo em preto e branco, contando como aqueles anos haviam perdido o brilho em uma época de “medos e ameaças daquilo que os comunistas faziam, matando seus compatriotas”. “Foi aí que, conclamado por jornais, rádios, tevês e pelo povo na rua, o Brasil lembrou que existia um exército nacional e apelou a ele. Foi só aí que a escuridão foi passando, passando e fez-se a luz”, diz o texto, quando a tela clareia e uma bandeira do Brasil aparece tremulando ao. E segue dizendo que, vejam bem, o “exército nos salvou em um 31 de março”.
O encerramento, com o hino brasileiro tocando, diz que esse mesmo exército não quer “palmas nem homenagens”, e que apenas fez o seu dever. Juro que a peça me lembrou a eficiente propaganda Nazista enaltecendo os feitos de Hitler em uma Alemanha afundada no caos. Porque é justamente nesses períodos que essa turma aparece com uma fala bonita; quando estamos em crise revendo nossos conceitos. O que os militares fizeram foi dar um golpe na democracia. Houve ditadura sim, seu Bolsonaro. E o Brasil não vai permitir nem que você nem que ninguém traga esse tempo de volta!