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sábado, 30 de março de 2019

Militares tomam conta da cúpula do Ministério da Educação


A presença de militares na cúpula do Ministério da Educação não vai se limitar à nomeação do secretário-executivo da pasta, o brigadeiro Ricardo Machado Vieira. Um coronel da PM do DF que é juiz militar será indicado à chefia de gabinete do ministro Ricardo Vélez.

O brigadeiro Vieira é contemporâneo do general Santos Cruz e do vice-presidente Hamilton Mourão e é muito próximo de ambos. Sua missão é tirar a pasta da inação e blindar o ministro da influência de discípulos de Olavo de Carvalho.
ingresso dos militares no MEC integra movimento para tentar tutelar Vélez e reorganizar as bases da pasta. Mas o objetivo final é mesmo emplacar um novo titular.  (Folha – Painel)

Paulo Coelho conta como foi torturado durante a ditadura militar


Estadão Conteúdo

Em artigo escrito para o The Washington Post e publicado nesta sexta, 29, o escritor brasileiro Paulo Coelho descreveu a tortura que sofreu durante a ditadura militar. Autor de O Alquimista, entre outras obras que se tornaram best-sellers internacionais, Paulo Coelho era, à época, compositor.
Paulo Coelho escreve que sua casa foi invadida no dia 28 de maio de 1974 e ele foi levado ao DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), fichado e fotografado. Liberado pouco depois, pega um táxi, que é fechado por outros dois carros, e ele é tirado de lá por homens armados. Apanha no caminho, depois na sala de tortura. Quando permitem que ele tire o capuz, se dá conta de que está numa sala a prova de som com marcas de tiro nas paredes. A tortura segue, ele conta.
“Depois de não sei quanto tempo e quantas sessões (o tempo no inferno não se conta em horas), batem na porta e pedem para que coloque o capuz. (…) Sou levado para uma sala pequena, toda pintada de negro, com um ar-condicionado fortíssimo. Apagam a luz. Só escuridão, frio, e uma sirene que toca sem parar. Começo a enlouquecer, a ter visões de cavalos. Bato na porta da ‘geladeira’ (descobri mais tarde que esse era o nome), mas ninguém abre. Desmaio. Acordo e desmaio várias vezes, e em uma delas penso: melhor apanhar do que ficar aqui dentro.”
Paulo Coelho dá todos os detalhes sobre o que sofreu e conta ainda que anos mais tarde, quando os arquivos da ditadura foram abertos, ele teve a chance de saber quem o denunciou, mas não quis. “Não vai mudar o passado”, escreve.
O escritor teve a iniciativa de publicar essa história quando o presidente Jair Bolsonaro sugeriu que os quartéis celebrassem o dia 31 de março, data que marca o golpe militar de 1964, e também porque Bolsonaro disse, no Congresso, que Carlos Alberto Brilhante, “um dos piores torturadores”, nas palavras de Paulo Coelho, era seu ídolo.

sexta-feira, 29 de março de 2019

Douglas adquire micro ônibus para transporte de pacientes fora de domicilio

O prefeito de Angelim Douglas Duarte (PSB) adquiriu e entregou hoje a população do município um Micro ônibus da marca Mercedes Benz modelo Sprinter, com capacidade para 21 passageiros.
O veiculo será utilizado por pacientes em viagens para  tratamento fora de domicilio (TFD).
Hoje por ocasião da Conferência Municipal de Saúde o prefeito aproveitou o momento oportuno para apresentar a novidade para os seus munícipes.
O prefeito falou que continuará a realizar ações que tragam sempre melhoria na qualidade de vida da população que acreditou em sua proposta de governo.

Um país prostrado



FERNANDO BRITO · no Tijolaço

Os números do desemprego no trimestre encerrado em fevereiro, divulgados hoje pelo IBGE são a triste confirmação que a economia real, aquela que dá trabalho, renda e condições de subsistência às pessoas é outro unverso, bem diferente das euforias das bolsas de valores e do mundo azul dos “investidores”.

Aliás, a gente lê que “os mercados” lá foram oscilam com as notícias sobre emprego/desemprego, enquanto aqui isso, como diz a garotada, “nem tchum”.

Depois de uma ligeira (muito ligeira, mesmo) queda no segundo semestre de 2018, voltamos à marca dos 13 milhões de desempregados e – mais alarmante – chegamos a quase 5 milhões de pessoas, em idade laboral, que são classificadas como “desalentadas”, isto é, desistiram de procurar emprego.

É o maior número da série de pesquisas iniciada em 2012 pelo IBGE e o triplo dos que estavam nesta condição no início da crise, em 2014.

Junte-se os que estão “vivendo de bicos”, trabalhando muito menos do que podem e desejam e temos outro recorde: o de 28 milhões de pessoas subocupadas, vidas desperdiçadas por uma economia que não as integra ao trabalho.

São, como você vê no gráfico, um quarto dos brasileiros em condições de trabalhar.

As pessoas que “não vêm ao caso” para os que promovem, há três anos, a destruição deste país.

PSB Mulher cobra de Damares postura ética em relação a Dilma

A Secretaria Nacional de Mulheres do PSB foi para cima da ministra Damares Alves, dos Direitos Humanos. As socialistas rechaçaram o tom com que a ministra citou a ex-presidente Dilma Rousseff durante ato de posse dos novos integrantes da Comissão de Anistia. “As declarações de Damares são absolutamente incompatíveis com o cargo que ocupa. A SNM exige da ministra postura ética e republicana no tratamento à ex-presidenta”, cobrou o grupo.

IBGE: Desemprego sobe para 12,4% em fevereiro

A taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,4% no trimestre encerrado em fevereiro, de acordo com dados divulgados pelo IBGE hoje. O número de desocupados no País atingiu 13,1 milhões de pessoas. Segundo o instituto, a alta representa aumento de 892 mil trabalhadores sem emprego.
No trimestre encerrado em janeiro, a taxa de desemprego verificada pelo IBGE foi de 12%, atingindo 12,7 milhões de brasileiros. (Do Blog de Magno martins)

Bolsonaro vira “cabo eleitoral” de Netanyahu



FERNANDO BRITO · no Tijolaço

Guga Chacra, em O Globo e Mathias Spektor, na Folha, chamam a atenção para o fato de que a visita de Jair Bolsonaro a Israel, uma semana antes das eleições, no dia 9 de abril, que definirão o novo governo do país ser um estratagema para usar o Brasil como “cabo eleitoral” de Benjamin Netanyahu que disputa, “cabeça com cabeça”, o lugar de primeiro-ministro com o general reformado Benny Gantz. (na ilustração, a pesquisa de ontem – Likud é o partido de “Bibi”.

Netanyahu usa Donald Trump descaradamente como seu promotor, com imensos outdoors espalhados por toda parte. Agora, quer usar o autodenominado Trump dos Trópicos.

Brasil e Israel sempre tiveram boas relações, que vêm do papel do chanceler Osvaldo Aranha na criação do estado judeu e prossegiu na defesa de entendimento entre judeus e palestinos sobre a difícil equação entre convívio e soberania em seus territórios.

Há, entre diplomatas e militares, apreensão com o risco de, no furor para agradar Netanyahu, Bolsonaro anuncie alguma posição brasileira sobe a transferência da embaixada para Jerusalem ou a favor da anexação das colinas de Golã, tomadas aos sírios há meio século e rejeitada pela comunidade internacional, inclusive o Brasil, ao menos até a semana passada.

O que causa estranheza, porém, é o relato feito por Spektor, sobre as relações entre Bolsonaro e o embaixador israelense no Brasil, Yossi Shelley, que transcrevo:

Abrasivo, Shelley entra nos gabinetes de Brasília com o pé na porta. 
Fala como quem dá ordens. 
A dureza que ele usa no trato com o próprio presidente da República só tem paralelo naquela usada por embaixadores americanos depois do golpe de 1964.

O que será que dá a ele esta empáfia?

Bolsonaro fica calado sobre saída de Vélez Rodriguez

Presidente  é questionado duas vezes sobre permanência do ministro da Educação e fica calado
Ministro Ricardo Vélez Rodríguez é alvo de críticas por polêmicas e 'guerra interna' na pasta.
Por Gustavo Garcia, G1

O presidente Jair Bolsonaropermaneceu calado ao ser questionado na noite desta quinta-feira (28) sobre a permanência do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez.
Ele foi abordado por jornalistas duas vezes antes de sair de um jantar de comemoração do aniversário do deputado Hélio Lopes (PSL-RJ) em uma churrascaria em Brasília.
Na primeira vez, ele não respondeu a perguntas – entre as quais, questionamentos sobre Vélez.
Na segunda, respondeu sobre a reforma da Previdência, mas, ao ser indagado sobre o ministro, começou a deixar o local e entrou no carro para ir embora.
Presente ao jantar, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) também foi alvo de perguntas sobre Vélez Rodríguez ao deixar a churrascaria. O filho de Jair Bolsonaro respondeu: "O presidente é quem fala".
Na manhã desta sexta (29), a agenda de Bolsonaro, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social, prevê uma audiência com o ministro Vélez Rodríguez, às 10h30, no Palácio do Planalto.

Guedes, tirar 43,5% de um aposentado de R$ 2 mil é cortar “privilégio”?

POR FERNANDO BRITO ·no Tijolaço

Ontem, ao falar na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o Ministro da Economia sofismou à vontade dizendo que a reforma da Previdência era para proteger os mais pobres, usando como argumento o aumento escalonado das alíquotas para os vencimentos mais altos do serviço público.

Demagogia barata, porque isso representa apenas 2,5% do dinheiro que visam com as mudanças.

Guedes só se intimidou diante da intervenção do senador Paulo Paim que, educadamente, o desafiou a provar, nos casos concretos, onde estava a tal “proteção aos pobres”.

Hoje o UOL publica um exemplo, formulado pelo Instituto de Estudos Previdenciários que, espero eu, seja repetido diante de Guedes, se este não faltar outra vez, à Comissão de Constituição e Justiça.

Um trabalhador de 65 anos de idade, com 20 anos de contribuição e com média salarial de R$ 2.240,90 receberia hoje 90% da média, e sua aposentadoria seria de R$ 2.016,81. Com a reforma, a média salarial desse mesmo trabalhador cairia para R$ 1.899,41. Ele receberia 60% da média, e a aposentadoria seria de R$ 1.139,65, uma diferença de R$ 877,16.

É isso mesmo, uma perda de 43,5% nos seus proventos.

As perdas só deixam de existir existir – e não totalmente, porque a média de cálculo abrangerá todas as contribuições, não só as 80% maiores desde 1994 – quando o cidadão completar 40 anos de trabalho, com 65 de idade.

Mas tem de mostrar assim, com dinheiro, não com índices, fatores e percentagens, para que o povão entenda.

Trégua é vista com ceticismo

Líderes preveem governo ‘de soluços’ e reforma magra
Daniela Lima – Painel – Folha de S.Paulo
As primeiras 24 horas de trégua entre o Planalto e o comandante da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foram vistas com ceticismo por líderes e dirigentes de partidos. A aposta é a de que a gestão Jair Bolsonaro vai funcionar “aos soluços”, intercalando episódios de desconforto agudo com pequenas pausas para respirar.
Esta foi a avaliação repassada por deputados e governadores a investidores e empresários. Ninguém acredita em uma mudança brusca e permanente de atitude do presidente.
Em reuniões privadas, parlamentares começam a trazer o mercado financeiro para o plano terreno. Avisam que, hoje, a maior probabilidade é a de o Congresso aprovar uma reforma da Previdênciamagra e retalhada.

Explosão: quebrando o sono do govenrador


A explosão de caixa eletrônico em um hotel de Brasília que fica a menos de 1 km do Palácio da Alvorada –e que abriga alguns ministros– acionou um alarme na cabeça do governador Ibaneis Rocha.

Ele, que já questionava a migração de líderes do PCC para presídio do DF, ficou profundamente incomodado com a aparição desse tipo de crime, comum em SP, na capital federal.  (Painel na FSP)

Bolsonaro censura Globo, Uol, Folha, Valor e Estado



Por Luciana Oliveira, em seu blog- Deu no Bom Dia Brasil, edição desta quinta-feira, 28 (veja aqui). A jornalista Giuliana Morrone anunciou que a entrevista exibida do presidente Jair Bolsonaro foi cedida pela NBR, emissora do governo, porque oito veículos de comunicação teriam sido impedidos de participar de uma coletiva.

O conteúdo é sobre mais um capítulo da novela 'Troca De Farpas' entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia e o presidente da república.

O bate-boca entre os dois foi repercutido amplamente na imprensa e choca a tentativa do planalto de controlar versões, crítica e amplitude da informação.

Como na ditadura que o Brasil viveu por 21 anos e o presidente tanto elogia, revela flagrante cerceamento da liberdade de imprensa para impor a versão oficial dos fatos.

E isso era feito de várias formas pelos militares, inclusive com censores que se instalavam em redações de jornais e revistas para dizer o que podia e como podia ser divulgado.

Nos anos de repressão o boicote de verbas do governo a determinados veículos de comunicação, tal como Bolsonaro ameaçou – citando a Folha De São Paulo – em sua primeira entrevista como presidente, era medida eficaz de controle da crítica.

Em entrevista a José Luiz Datena, na TV Bandeirantes nesta quarta-feira, 27, o presidente voltou a atacar a Folha dizendo que o veículo "é a fonte de todo mal da imprensa'.

quinta-feira, 28 de março de 2019

Ibama demite servidor que multou Bolsonaro por pesca irregular


247 - O governo começa a efetivar a perseguição contra servidores que, no passado, causaram algum tipo de incômodo a Jair Bolosnaro. O Ibama, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, exonerou nesta quinta-feira (28) o servidor que multou o presidente Jair Bolsonaro em R$ 10 mil por pescar em área protegida, em 2012.

José Olímpio Augusto Morelli é funcionário concursado e ocupava o cargo de chefe do Centro de Operações Aéreas do Ibama, subordinado à Diretoria de Proteção Ambiental. Ele foi o único dos nove funcionários do mesmo nível hierárquico dessa diretoria a ser exonerado, reforçando a tese de perseguição.


A demissão, que é um recado a todos os servidores, já estava na programação do governo desde a posse. Ele foi chamado para ser informado de sua demissão em 25 de janeiro, dia do desastre em Brumadinho (MG). O presidente do Ibama, Eduardo Bim, acabou convencido a adiar a exoneração da função, responsável pela operação das seis aeronaves do Ibama.

Segundo apuração da Folha, o servidor estava no cargo desde 2017. Assumiu a coordenação das operações aéreas após um acidente com um avião fretado pelo Exército que matou três servidores do órgão. Sua missão incluía aprimorar os protocolos de segurança de operações aéreas. Morelli ainda não tem uma nova função no órgão.

Funcionário concursado, ele é o fiscal que assina o auto de infração e o relatório do flagrante de Bolsonaro quando pescava dentro da Esec (Estação Ecológica) de Tamoios, categoria de área protegida que não permite a presença humana, em Angra dos Reis (RJ).

"Esse cidadão aqui, repito o nome dele, José Augusto Morelli, falou: 'Sai! Aqui, ninguém pode pescar, seja deputado ou não seja porque o decreto que vocês votam tem de ser respeitado", contou o próprio Bolsonaro, em 2012, sobre o episódio.


Há alguns anos, o Ibama é um dos alvos de críticas de Bolsonaro que acusa o órgão de aplicar uma "indústria da multa". Em dezembro, a superintendência do órgão no Rio de Janeiro anulou a multa, e o processo voltou à estaca zero. A decisão está sendo investigada pelo Ministério Público Federal.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, saiu em defesa do presidente dizendo que o fato de ele estar com uma vara na mão em área protegida não era evidência suficiente para a autuação. Ele atribuiu a multa à "questão ideológica".

"Ele não foi multado por pescar. Ele foi multado porque estava com uma vara de pesca. O fiscal presumiu que ele estava pescando. Então, veja bem, o exemplo que você deu já mostra como a questão ideológica permeia a atuação estatal nesses casos", afirmou.

No entanto, na época, Bolsonaro disse: "Eu vou pescar no Carnaval lá. E não venham com ignorância porque o bicho vai pegar". Bolsonaro, porém, não voltou a pescar ali.

Maia falta a evento com Bolsonaro

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não compareceu a um evento, hoje, em Brasília, com a presença do presidente Jair Bolsonaro e outras autoridades, como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
Bolsonaro, Hamilton Mourão, Moro, Raquel Dodge e comandantes das Forças receberam a comenda militar.
A Cerimônia de entrega da honraria celebra os 211 anos da Justiça Militar da União. Ordem do Mérito Judiciário Militar reconhece pessoas com trabalhos prestados à Justiça Militar.
A Ordem do Mérito Judiciário Militar foi instituída pelo Superior Tribunal Militar (STM) em 1957, para reconhecer pessoas e instituições que prestaram serviços considerados relevantes à Justiça Militar da União.
Segundo o STM, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também estava entre os homenageados com a comenda. Ele não compareceu ao evento.
A assessoria do tribunal informou que Maia foi convidado pela terceira vez para a cerimônia, porém não confirmou presença.
Procurado pelo blog da Andréia Sadi, Maia justificou: “meu cerimonial não colocou na agenda”.

quarta-feira, 27 de março de 2019

Danilo pede que ministro da Educação entregue cargo


Em audiência pública com a participação do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, realizada hoje, o deputado federal Danilo Cabral (PSB) pediu que ele entregue o cargo. “O próprio governo tem atacado diariamente sua dignidade como ministro. Avalie, em nome de sua dignidade pessoal e dos interesses do Brasil, se não está na hora de Vossa Excelência entregar o cargo”, afirmou.

Durante a audiência o ministro fez referências aos resultados positivos de Pernambuco na educação, citando as escolas técnicas e a redução da evasão escolar. E disse que o modelo de Pernambuco poderia ser levado para todo país. Danilo Cabral, em sua participação, destacou que, para estar entre os estados com melhor Ideb no Brasil, o estado tornou a educação uma política pública central na primeira gestão do ex-governador Eduardo Campos, em 2007 e isso não foi descontinuado nas gestões seguintes.
“E é exatamente isso que falta ao governo atual. Esse governo não coloca a educação como uma política estratégica para o país e o senhor não pode ficar omisso”, criticou Danilo Cabral, que é ex-secretário de Educação de Pernambuco e foi presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados na última Legislatura. O deputado acrescentou que “quando avançamos em Pernambuco, fizemos com base em planejamento com metas, prazos, responsáveis e indicadores”.
Danilo Cabral frisou que o ministro “sequer fez referência ao Ideb, que é o principal indicador de avaliação de resultado. Também criticou o fato de não haver informações sobre as posições do ministro em relação ao Fundeb (expirará em 2020), ao teto dos gastos, que tem reduzido os investimentos na área, e nem mesmo à Reforma da Previdência no que tange os professores. “Além de a proposta promover o aumento no tempo de contribuição para a carreira do magistério, iguala homens e mulheres em relação à idade mínima. É uma contradição, tendo em vista que a regra geral estabelece essa diferenciação. E não leva em consideração que é uma profissão muito desgastante e o estresse faz parte da realidade”, comentou.
A audiência pública foi realizada na Comissão de Educação, com o objetivo de que Ricardo Vélez Rodríguez falasse sobre o andamento dos trabalhos no MEC.

Parentes de vítimas da ditadura pedem que STF proíba comemoração sobre golpe de 64

Parentes de vítimas da ditadura militar e o instituto Vladimir Herzog pediram, hoje, que o Supremo Tribunal Federal (STF) conceda liminar (decisão provisória) para impedir comemorações autorizadas pelo presidente Jair Bolsonaro sobre o golpe militar de 1964.
Segundo o portal G1, o caso está sob análise do ministro Gilmar Mendes e foi apresentado ao Supremo diante da declaração do porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros. Barros disse que Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa que faça as "comemorações devidas" pelos 55 anos do golpe que deu início a uma ditadura militar no país.
A ação é assinada por seis parentes de torturados e mortos durante o regime militar, além do instituto, e menciona que outros processos já correm nas instâncias inferiores sobre o tema. A Justiça Federal em Brasília recebeu duas ações e, em uma delas - apresentada por um cidadão comum - deu prazo de cinco dias para que Bolsonaro se manifeste.
O pedido menciona nota pública na qual a Procuradoria Federal dos Direitos dos Cidadãos repudiou quaisquer comemorações e destaca que a Defensoria Pública já pediu providências à Justiça Federal. Mas, na avaliação dos autores da ação, a palavra sobre o tema deve ser do STF em razão de ser um ato do presidente da República.
Conforme a ação, a autorização do presidente para comemorações representa imoralidade administrativa, em razão dos crimes cometidos durante a ditadura.
"Tal dever de reconhecer as violações perpetradas em períodos de exceção - que legal e constitucionalmente incluem o período da Ditadura Militar, obviamente - está presente não só no ordenamento jurídico pátrio como no direito internacional dos direitos humanos", dizem os autores do pedido.

Eduardo da Fonte defende exclusão de professores da reforma

Deputado federal Eduardo da FonteFoto: Brizza Cavalcante/Sefot-Secom

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) encaminhou à Comissão Especial da Câmara Federal uma proposta de emenda que exclui professores do novo regime previdenciário a ser discutido no Congresso Nacional.O colegiado foi formado para analisar o texto da reforma da Previdência.

A emenda do parlamentar ao projeto propõe que o professor que comprovar no mínimo 5 anos de serviço – até a data da promulgação da reforma – poderá optar a não seguir os requisitos de idade e tempo de contribuição garantidos pela regra anterior. Podem fazer parte da proposta professores de educação infantil e dos ensinos fundamental, médio e superior.

“O professor, que em nosso País é tão pouco valorizado, desempenha uma função essencial para o desenvolvimento educacional. Nada mais justo que deixá-lo fora da reforma”, destacou Eduardo da Fonte.

Falange olavista, sexômana, agora ataca Maia e militares

POR FERNANDO BRITO · no Tijolaço

Não tem trégua, não tem juízo.

O “guru” de Jair Bolsonaro e de seus filhos, Olavo de Carvalho, voltou à carga com sua grosseria sexômana no Facebook.

Disse que “Nhonhô” – apelido pelo qual chamam o Presidente da Câmara – quer “articular cu com piroca. A piroca dele e o cu nosso”, por conta dos impasses criados no andamento (ou não-andamento) da reforma da Previdência.

Sobraram também gracejos para o general Carlos Alberto do Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, que havia dito que o astrólogo agia como um “desequilibrado”, sobretudo pelas agressões que fazia ao vice-presidente, General Hamílton Mourão, com ” linguajar chulo, com palavrões”.

Olavo disse que o general Cruz ” fica todo arrepiadinho de horror” quando ouve a conversa de soldados no quartel, que exemplificou com um vídeo onde PMs formados canta “vai dar merda” em coro.

O obsessão sexual de Carvalho, entre uma baforada e outra de seu cachimbo, seria apenas a de um “véio lôco”, como ele se define em sua página de Facebook, se ele não tivesse sido alçado à condição de “sábio da República” por Bolsonaro não emprestasse às suas palavras o poder de negar o que ele visivelmente é, um maníaco extremista.

“Ce n’est pas un philosophe”, se me permitem René Magritte e o querido Aroeira, que ilustra o post.

Os gritos de Paulo Guedes

Desarticulação política e exposição na CCJ irritam Paulo Guedes
Daniela Lima - Folha de S.Paulo
A queda de braço entre o Planalto e o Congresso levou o ministro Paulo Guedes (Economia) a se queixar diante de parlamentares e aliados do desarranjo político.
Os relatos variam de tom, mas todos dão conta de que ele expressou claramente sua insatisfação com “a desarticulação do PSL”, partido de Jair Bolsonaro.
Deputados dizem que, inconformado, Guedes reclamou aos gritos do ambiente na CCJ. Integrantes da pasta, por sua vez, confirmam a chateação, mas afirmam que ele não se exaltou.

O pente fino de Temer na sua sentença: “Só fantasia”


Já em casa, o ex-presidente Michel Temer leu toda a acusação do Ministério Público e a decisão em que o juiz Marcelo Bretas decretou sua prisão preventiva.

A aliados, fez questão de sublinhar ponto a ponto os trechos que considerou contestáveis e os que descreveu como “fantasiosos”.
O ex-presidente, que é advogado constitucionalista, tomou nota dos nomes de todos os juristas que criticaram a decisão de Bretas nos jornais. (Daniela Lima – FSP)

terça-feira, 26 de março de 2019

Procura-se um presidente


O presidente Jair Bolsonaro não parece satisfeito em criar problemas em série no país que governa e passou a causar constrangimentos também nos vizinhos
O Estado de S.Paulo - Editorial
O presidente da República, Jair Bolsonaro, não parece satisfeito em criar problemas em série no país que governa e passou a causar constrangimentos também em países vizinhos. Em recente visita ao Chile, Bolsonaro minimizou a ditadura do general Augusto Pinochet, ao dizer que “tem muita gente que gosta, outros que não gostam”, deixando ao presidente chileno, Sebastián Piñera, a tarefa de lidar com a péssima repercussão interna dessa e de outras declarações desastradas da comitiva brasileira. Dias antes, ao lado do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, Bolsonaro elogiou o “nosso general Alfredo Stroessner”, ditador que não foi nosso – foi deles, entre 1954 e 1989. Segundo o presidente brasileiro, Stroessner foi um “homem de visão, um estadista”.

Todos sabem, há muito tempo, quais são as opiniões do sr. Jair Bolsonaro a respeito das ditaduras militares latino-americanas. Quando deputado federal, Bolsonaro sempre foi notório defensor desses regimes, inclusive do recurso destes à tortura. Na condição de presidente da República, no entanto, Bolsonaro deveria saber que suas palavras adquirem enorme peso institucional, pois ele representa o Brasil no exterior, razão pela qual deveria guardar para si suas opiniões sobre ditadores e ditaduras em nações vizinhas, tema que naturalmente causa desconforto nesses países – ainda mais quando trazido à tona por autoridades brasileiras.
Esses episódios de incontinência verbal do sr. Jair Bolsonaro reiteram a impressão, cada dia mais próxima da certeza, de que o ex-deputado federal ainda não assumiu de fato a Presidência da República. Se tivesse assumido, Bolsonaro falaria como chefe de Estado – que engloba o conjunto dos brasileiros e da administração pública – e não como mero representante de seus eleitores. A cada dia que passa, Bolsonaro, sob as vestes extravagantes da “nova política” – como os chinelos e a camisa falsificada de time de futebol que o presidente usou numa reunião ministerial –, continua a agir como deputado do baixo clero.
Assim, sem entender qual é natureza da função para a qual foi escolhido pela maioria dos eleitores no ano passado, o sr. Bolsonaro drena as energias do País ao concentrar-se em temas de pouca relevância, mas com potencial de causar tumulto. O Estado noticiou, por exemplo, que o presidente está estimulando os militares a comemorar o aniversário do golpe militar de 31 de março de 1964. Tal iniciativa certamente trará grande satisfação para o eleitorado mais radical de Bolsonaro, mas pode criar desnecessário e inoportuno embaraço no momento em que o País precisa de união para aprovar duras reformas.
Ocupado com questiúnculas que fazem a alegria de sua militância, o sr. Jair Bolsonaro parece ter abdicado de governar para todos. Os problemas avolumam-se de forma preocupante – já se fala até de uma nova paralisação de caminhoneiros – e o presidente mostra-se alheio a eles, movendo-se ao sabor das redes sociais como se disso derivasse sua força e não sua fraqueza, como de fato acontece. 
Segundo sua concepção de “nova política”, Bolsonaro não demonstra nenhum interesse em construir uma base parlamentar sólida o bastante para aprovar nem mesmo projetos simples, que dirá reformas complexas, como a da Previdência. Parece acreditar que, simbolizando a redenção do Brasil depois do flagelo lulopetista, todas as suas vontades serão convertidas em lei pelo Congresso, sem necessidade de negociação. Incorre, assim, numa arrogância sem limites, como quando foi cobrado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a buscar votos para aprovar a reforma da Previdência, e respondeu que “a bola está com ele (Rodrigo Maia), eu já fiz minha parte, entreguei (o projeto da reforma)”. Das duas, uma: ou Bolsonaro acredita ser um mero despachante de projetos de lei, e não um líder político, ou, o que é mais provável, ele crê que deputados e senadores devem aprovar seus projetos porque, se não o fizerem, estarão atuando contra o Brasil, que está “acima de tudo”, e contra Deus, que está “acima de todos”. E ele, afinal, está onde?
Seja como for, a deliberada desorganização política do governo, causada por um presidente cada vez mais desinteressado de suas tarefas políticas e institucionais, tem o potencial de agravar a crise, levando-a a patamares muito perigosos – e talvez seja isso mesmo o que muita gente quer.

Para arder as orelhas do capitão


Menu estrelado - Fábio Coelho (presidente do Google no Brasil), André Gerdau, Vitório Demarchi (Ambev), Pedro Parente (BRF), Marcelo Melchior (Nestlé) e Flávio Rocha (Riachuelo).

Eis um pequeno trecho da lista de empresários que jantam com o vice-presidente Hamilton Mourão, nesta terça (26), na casa do presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
 Já o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), trabalha por um cessar-fogo no seu partido –que é também o do presidente. Ele propôs a Bolsonaro iniciar nova rodada de conversas na Câmara, mas começando por legendas pequenas, com menos de 15 deputados. (FSP - Painel)

Contra Bolsonaro Centrão desenterrará e quer votar proposta de Temer


Folha de S.Paulo
Irritados com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), líderes do centrão começam a discutir a possibilidade de desenterrar a reforma da Previdência do governo Michel Temer (MDB) e votá-la como afronta ao Planalto. Desde a semana passada, integrantes de partidos que apoiam mudanças nas regras das aposentadorias mas que estão descontentes com o tratamento de Bolsonaro ao Congresso começaram a considerar ignorar a proposta do ministro Paulo Guedes (Economia).

 Deputados e presidentes de partidos ouvidos pela Folha disseram que a ideia surgiu em conversas informais. Inicialmente, fizeram a avaliação de que o texto de Temer era menos duro, mais palatável e com projeções de economia mais factíveis e transparentes. Guedes quer economizar R$ 1 trilhão em dez anos.
Com o aumento da temperatura na relação entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os parlamentares viram na manobra uma forma de dar ao governo um recado de sua insatisfação política.

Governo tenta consertar estrago na previdência, mas cenário é adverso



(Estadão – BR 18 - Por Marcelo de Moraes)
O governo acionou seus bombeiros para serenar os ânimos no Congresso e tentar consertar o estrago político provocado na discussão da reforma da Previdência. O problema é que a insatisfação continua sendo muito grande entre os parlamentares, que se queixam do péssimo tratamento recebido da parte do Planalto. Além disso, alguns políticos próximos do presidente Jair Bolsonaro ainda seguem dando declarações polêmicas que impedem que o ambiente pesado distensione.

Um dos responsáveis pela missão de salvamento da reforma, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, almoçou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para procurar um entendimento. Um dos mais irritados com o Planalto, Maia avisou que segue sendo um defensor da reforma e continuará dando seu apoio à proposta. Mas voltou a cobrar que Bolsonaro e seus líderes assumam a tarefa de conseguir os votos necessários para a sua aprovação.
É nesse ponto que o governo continua metendo os pés pelas mãos. O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), disse que seu partido – o mesmo de Bolsonaro – não tem convicção sobre a aprovação da reforma. Já Carlos Bolsonaro, filho do presidente, criou nova polêmica ao defender a presença ativa do pai nas redes sociais e dizendo que quem quer vê-lo longe disso “o querem fraco e se apoio popular, pois assim conseguiriam chantageá-lo”.
Nesse clima, existe grande chance de o circo pegar fogo novamente hoje na sessão da Comissão de Constituição e Justiça, quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, irá falar sobre a proposta da reforma. Guedes, outro dos bombeiros da reforma, sabe que terá de enfrentar a oposição dos partidos adversários nessa discussão. O problema é que precisará também passar pela pancadaria de deputados que, se a articulação política do governo fosse consistente, estariam lhe aplaudindo.  

segunda-feira, 25 de março de 2019

Governo de Pernambuco anuncia data de pagamento do mês de março

A Secretaria de Administração (SAD) divulga o calendário de pagamento de todos os servidores estaduais referente ao mês de março de 2019. Os aposentados e pensionistas vão receber o salário no dia 04 de abril. Já o pagamento dos servidores ativos e comissionados será realizado no dia 05.

Moro não vai intervir para impedir a saída de Temer como vez com Lula? Ironizou Zé de Abreu


247 - Autoproclamado presidente do Brasil, o ator José de Abreu comentou a decisão do desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que determinou a soltura de Michel Temer, com um ironia.

"Será que o Moro vai ligar para a PF como fez para não soltarem Lula?", escreveu o ator em sua página no Twwiter, lembrando da conduta do então juiz Sérgio Moro, que interrompeu as suas férias para atuar pessoalmente contra a soltura de Lula, determinada pelo desembargador Rogério Favreto.

Temer deixou a sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde estava preso desde a última quinta-feira (21).




Jose de Abreu
✔@zehdeabreu


Será que o Moro vai ligar para a PF como fez para não soltarem Lula?

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Temer é solto após decisão de desembargador e embarca para SP

O ex-presidente Michel Temer deixou, na noite de hoje, a superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, local onde estava preso desde a última quinta-feira. A saída se deu às 18h40 e, às 20h07, o avião com Temer decolou do Aeroporto Santos Dumont rumo a São Paulo, onde mora.

A decisão de libertar o ex-presidente e outros sete presos pela força-tarefa da Lava Jato foi assinada pelo desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
Temer permaneceu preso por quatro noites em uma sala da corregedoria, no terceiro andar do prédio da PF. O local, com cerca de 20 m², é uma das poucas salas no edifício com banheiro privativo. O espaço tinha também frigobar e ar-condicionado, além da previsão da instalação de uma TV.
Após fazer exame de corpo de delito, Temer saiu da superintendência sob protesto de alguns manifestantes.

PSDB não é uma pizzaria pra fazer rodízio, dizem tucanos


A ideia de criar um conselho de notáveis que se revezariam a cada seis meses no comando nacional do PSDB, como mostrou a Coluna, encontra forte resistência entre a ala mais jovem do partido. Alguns tucanos criticaram duramente o formato. Um líder chegou a dizer que a intenção será logo sepultada porque “o PSDB não é uma pizzaria pra fazer rodízio”.

Bem que doeu

A frase de Jair Bolsonaro ao comentar a prisão de Michel Temer (“a política em nome da governabilidade feita no passado não estava correta”) doeu em Rodrigo Maia (DEM), um dos principais articuladores do ex-presidente.

A articulação para derrubar o decreto de Bolsonaro que libera turistas de EUA, Canadá e Japão da necessidade de visto tem como objetivo impor derrota com repercussão internacional ao presidente.
BOMBOU NAS REDES
“Partidos são fracos, Congresso é forte. Presidente que não entende isso não governa e pode cair; maltratar quem preside a Câmara é caminho para o desastre.” – Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente.  (Estadão)

domingo, 24 de março de 2019

Olavo e Malafaia “titãs” bolsonaristas em guerra


Olavo de Carvalho e Silas Malafaia, dois dos principais líderes do bolsonarismo e com grande influência nas redes, estão em guerra. Entre os motivos estão o combate ao petismo e o apoio a Bolsonaro.
Estadão Conteúdo

Tudo começou quando o evangélico criticou, no dia 18, uma declaração do deputado Eduardo Bolsonaro sobre Olavo ter sido responsável pela vitória do pai na eleição. Para Silas, foram os evangélicos os responsáveis pela eleição de Bolsonaro. "Deixe de bajular guru", escreveu Malafaia ao deputado.
Anteontem (22), Olavo publicou uma mensagem no Facebook direcionada ao "bispo" dizendo que as igrejas evangélicas demoraram para começar a atuar na luta contra o petismo. "Pelo menos até 2009 ainda se davam muito bem com o partido governante", escreveu sobre os evangélicos.
Malafaia reagiu ontem (23), chamando Olavo de "astrólogo". Disse que votou em Fernando Henrique Cardoso em 1994 e 1998, reconheceu apoio a Lula em 2002 "pela crença de que ele poderia resgatar o Brasil da miséria", mas afirmou que não se posicionou a favor de petistas desde então. "Olavo estava em um rancho nos EUA, eu e Bolsonaro tomando pancada do ativismo gay. Ficar dando peruada escondido nos EUA, é mole". Ele ainda disse que "a influência de Olavo na eleição de Bolsonaro é quase zero".
Medidor
Olavo tem contestado apoiadores de Bolsonaro. Ontem, antes dos comentários de Malafaia, sugeriu a criação de um "medidor de bolsonarismo" para identificar quem realmente está comprometido com o governo. "O presidente disse que o grande objetivo da sua vida e do seu governo é eliminar e ideologia esquerdista. Quantos dos seus pretensos aliados têm a mesma prioridade? Não está na hora de fazermos um medidor de bolsonarismo para separar as ovelhas dos bodes?", escreveu Olavo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Outra de Bolsonaro no Chile: presidente Piñera critica o que disse o brasileiro


'Frases de Bolsonaro sobre ditadura são infelizes', afirma Piñera
Após protestos, presidente do Chile se distancia das posições do brasileiro no dia seguinte à visita
Sylvia Colombo – Folha de S.Paulo

Neste domingo (24), dia seguinte da visita oficial do presidenteJair Bolsonaro ao Chile, Sebastián Piñera marcou distância de frases ditas sobre o brasileiro sobre as ditaduras latino-americanas "com as quais não concorda", disse a jornalistas, apesar de elogiar outras de suas qualidades.
Ao ser perguntado sobre quais seriam essas frases, Piñera citou: "Quem procura osso é cachorro", uma das que estampavam os cartazes de protesto de grupos de direitos humanos que pediam que Bolsonaro deixasse o Chile.
Nos dois dias oficiais da visita, houve protestos contra o brasileiro, do lado de fora do palácio de La Moneda e em outros pontos da cidade, por parte de estudantes, organizações de direitos humanos e feministas. A isso, Bolsonaro respondeu, ao chegar, que "protestos assim existem onde quer que eu vá, mas o importante é que, no meu país, fui eleito por milhares de brasileiros".
Piñera disse que frases como a que citou "são tremendamente infelizes". "Não compartilho muito do que Bolsonaro diz sobre o tema."
Na mesma ocasião, Piñera voltou a defender o Prosulbloco criado em Santiago na sexta-feira (22) e reafirmou não ser um bloco "de países de direita". Disse que respeita a decisão de Uruguai e Bolívia de não assinar a declaração conjunta neste momento, mas reforçou que ambos seguem sendo convidados a fazê-lo mais adiante. E que apenas a Venezuela ainda não está convidada, "por não cumprir com o requisito de ser um país democrático e com respeito aos direitos humanos", mas espera que essa fase logo passe, após o fim da ditadura de Nicolás Maduro.