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sábado, 13 de outubro de 2018

Sílvio Costa: “Quem conhece Bolsonaro não vota em Bolsonaro”



Há doze anos conheço Jair Bolsonaro. Quem conhece Bolsonaro não vota em Bolsonaro. O homem que, por enquanto, está liderando as pesquisas, na verdade é um grande marqueteiro. Um político que se apropriou de algumas frases de efeito do tipo “bandido bom é bandido morto “, frases que têm ressonância em uma grande parcela da população brasileira, em razão da violência que tem assustado o País.

Em três mandatos de convivência na Câmara Federal, nunca vi Bolsonaro participar de debates sobre a educação, saúde, orçamento público, meio- ambiente, geração de empregos, enfim, nunca ouvi nenhuma fala de Bolsonaro sobre qualquer assunto de interesse da economia brasileira e da gestão pública responsável.

Já presenciei, por diversas vezes, o marqueteiro Bolsonaro agredir as minorias, defender a diminuição da maioridade penal, defender a indústria das armas e, sobretudo, decorar e falar frases de efeito como aquela em que homenageou o coronel Brilhante Ustra, um torturador, no dia do impeachment da presidente Dilma.

Reconheço que Bolsonaro sempre soube onde queria chegar. Ele percebeu claramente que existe uma plateia que aplaude estes arroubos.
Bolsonaro se apresenta como o “senhor solução”, com propostas simplistas e ameaçadoras.

É evidente que respeito o direito de escolha das pessoas, o voto livre e soberano, entretanto tenho o dever, como cidadão e como parlamentar, de alertar que – se eleito presidente -, Bolsonaro será, tenham certeza, o “senhor decepção”.

Bolsonaro sempre foi um parlamentar isolado, dificilmente recebia atenção de algum colega parlamentar. Nunca teve liderança, capacidade de articulação e poder de influência. Esta semana, no plenário, fiquei impressionado com a quantidade de deputados que já apoiam Bolsonaro. Os que não se reelegeram estão atrás de emprego e os que se reelegeram e conhecem Bolsonaro sabem que estão prestando um desserviço ao País, mas já estão preocupados com a velha política do “é dando que se recebe”. São os eternos governistas de plantão.

Não tenho respeito por um parlamentar que conhece Bolsonaro, convivi com Bolsonaro e vota em Bolsonaro.
Ratifico que respeito os eleitores e eleitoras de Bolsonaro, aliás é o meu dever constitucional respeitar o contraditório. Infelizmente, Bolsonaro não tem militantes, tem adeptos. Falando inverdades, lamentavelmente ele conseguiu chegar ao coração de milhões de homens e mulheres do Brasil.

Quando Bolsonaro diz que vai dar uma arma a todo brasileiro e brasileira, ele está mentindo. Bolsonaro sabe que essa decisão não depende do presidente da República e sim do Congresso Nacional. Torço para que o Brasil reflita e não eleja Bolsonaro, não cometa esse erro histórico. Mas, se essa for a jdecisão majoritária do povo brasileiro, temos que desarmar os palanques e cuidar da pacificação do País. Temos que cuidar do nosso bem mais precioso: a democracia.

* Sílvio Costa (Avante) é vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados.

Doria vai a Bolsonaro, mas não é recebido por candidato

Doria disse que deputado estava indisposto; no mesmo momento ele estava em uma live no Facebook
Talita Fernandes - Folha de Paulo
O candidato ao governo de São Paulo, João Doria (PSDB), teve frustrada uma tentativa de encontro com o deputado presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
Ele deixou a agenda de campanha na capital paulista para viajar ao Rio de Janeiro, mas não foi recebido pelo deputado.
A informação do encontro dos dois foi divulgada pela assessoria de Doria. Os dois se encontrariam às 17h30 na casa de Paulo Marinho, aliado e amigo de Bolsonaro, onde os programas do PSL estão sendo gravados.
Doria chegou ao local por volta de 18h, mas não encontrou nem Bolsonaro e nem mesmo Marinho no local.
Meia hora depois, Marinho chegou à sua casa acompanhado de Gustavo Bebianno, presidente em exercício do PSL, e de Julian Lemos, vice-presidente da legenda.
"Não tem nenhum encontro marcado entre os dois não. Existe uma conversa institucional no sentido de o PSL agradecer ao apoio que gentilmente está sendo oferecido pelo candidato João Doria em São Paulo a Jair Bolsonaro", afirmou Bebianno.
O episódio provocou um mal-estar na campanha. Enquanto o PSL negou a existência prévia de um acordo, Doria deixou o local dizendo que os planos mudaram devido ao fato de Bolsonaro ter se sentido indisposto.
Doria evitou falar com a imprensa quando chegou, e foi embora do local duas horas depois, acompanhado do economista Paulo Guedes e da deputada eleita Joice Hasselman (PSL-SP).
Doria demonstrou constrangimento e impaciência com perguntas sobre o motivo de não ter sido recebido por Bolsonaro. Por diversas vezes, indicava que os questionamentos deveriam ser feitos a Joice.
"Eu compreendi perfeitamente isso [a ausência de Bolsonaro]. Se ele tivesse vindo aqui para gravar, feito agenda, sem a nossa presença, poderia haver dúvidas que algo que não pudesse ser simpático", afirmou, negando que tenha se sentido preterido pelo presidenciável.
Ao mesmo tempo em que o ex-prefeito de São Paulo dava a declaração, o deputado fazia uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
Joice, responsável por agendar o encontro, negou que o objetivo seria a gravação de um vídeo. Ela não possui cargos de direção no PSL.
"Ele não foi porque não foi esse o combinado. Falei com ele [Bolsonaro] ao telefone. Nós marcamos de passar aqui onde haveria uma gravação, eu, como candidata do PSL, agora eleita, e também como voz do partido", respondeu a deputada eleita ao ser questionada porque Doria não foi ao encontro de Bolsonaro em sua casa, na Barra da Tijuca.
Doria e Joice deixaram o local aparentando irritação e pressa sob a justificativa de que tinham retorno imediato a São Paulo.
Segundo pessoas do partido, a divulgação da agenda irritou a cúpula do PSL. O encontro foi cancelado após intervenção do presidente do PSL paulista, Major Olímipio, eleito senador pelo partido no domingo (7).
Olímpio apoia o adversário de Doria, Márcio França (PSB), para o governo paulista. A estratégia do PSL é manter a neutralidade nas disputas estaduais, com exceção daqueles em que têm candidatos no segundo turno: Rondônia, Roraima e Santa Catarina.
Pessoas ligadas à campanha relataram à Folha que a postura de Doria gerou desconforto. A visão é de que ele tentou forçar um apoio do candidato para ampliar votos em São Paulo.
O tucano negou que quisesse apoio e disse que veio ao Rio manifestar novamente que fará campanha a Bolsonaro em São Paulo.

Novo governo não terá Reforma da Previdência de bandeja

Aliados de Temer avisam que não vão dar reforma da Previdência ‘de bandeja’ ao novo governo.
Folha de s. Paulo - Coluna Painel
Por Daniela Lima


Aliados de Michel Temer no Congresso já avisaram ao presidente que não vão aceitar eventual acordo que obrigue a atual legislatura a aprovar uma reforma da Previdência no período do governo de transição.
Líderes da base disseram a Temer que o Legislativo não pode “entregar a reforma de bandeja” a um possível governo Bolsonaro, servindo de escudo para uma medida impopular e de quebra ajudando a cacifar o hoje presidenciável junto ao mercado financeiro.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Espertão que votou com o cano do revólver e publicou vídeo é preso no Paraná




Eleitor que postou nas redes sociais vídeo com a mão dele segurando uma arma para digitar o voto no candidato a presidente, Jair Bolsonaro (PSL), disse estar arrependido. A declaração consta do depoimento do autor do vídeo à Polícia Federal em Londrina, no Paraná.

Maykon Santana Aníbal, que é de Cornélio Procópio, no Paraná, disse que tudo não passou de “uma brincadeira”. “Foi uma brincadeira que eu fiz na hora ali, sem pensar, e que acabou resultando nesse problema”, explicou. “Nunca mais [faço de novo]. Errando que se aprende, né?”, disse em seu depoimento à Polícia Fderal.

Maykon foi descoberto pelo serviço de inteligência da Polícia Federal, que, nessa quarta-feira (1), cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do jovem em Cornélio Procópio.

O delegado da diretoria de Inteligência da PF, Guilherme Torres, informou que a corporação mantém monitoramento das redes sociais. “Todas as ações na internet, assim como no mundo real, têm consequências”, alertou o delegado.

Maykon Santana Aníbal poderá ser indiciado por quebra do sigilo do voto, assim que as investigações sobre o caso forem concluídas. O crime é previsto na legislação eleitoral com punição prevista de até dois anos de prisão.

Eleitos já estão de olho em 2020

Blog da Folha

Eleitos, deputados estaduais e federais já vislumbram a possibilidade de disputar as eleições municipais em 2020. Nos corredores da Assembleia Legislativa, avalia-se que, ao menos, seis deputados federais que se elegeram no último domingo e 16 estaduais podem concorrer a prefeituras em 13 municípios, sendo a do Recife a mais disputada. Caruaru, no Agreste, e Petrolina, no Sertão, também são cobiçadas.
Ao todo, sete parlamentares são possíveis candidatos na disputa pela Prefeitura do Recife. Os dois deputados federais mais votados João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT), primos e adversários políticos, o deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB), eleito federal, os federais reeleitos Daniel Coelho (PPS) e Felipe Carreras (PSB) e a estadual reeleita Priscila Krause (DEM). Além do ex-prefeito João Paulo (PCdoB), que retorna à Casa Joaquim Nabuco.
Nos bastidores, comenta-se que a delegada Gleide Ângelo (PSB), a deputada estadual mais votada da história de Pernambuco, com 412.636 votos, deve receber a missão partidária de disputar a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, hoje comandada por Anderson Ferreira (PR). A oposição ao gestor, que é antagonista ao Palácio das Princesas, saiu enfraquecida e a delegada será estratégica.
Caruaru elegeu três estaduais – delegado Erick Lessa (PP), José Queiroz (PDT) e Tony Gel (MDB), estes dois últimos já foram prefeitos. A atual gestora do município é Raquel Lyra (PSDB), que em 2016, após se eleger, deixou a Alepe. O emedebista saiu fortalecido da eleição com mais votos em 2018 (49.133) do que em 2014 (42.152).
Outro que saiu fortalecido foi o estadual Lucas Ramos (PSB), que obteve 62.968 votos, quase 4.453 votos a mais do que em 2014. O socialista deve disputar a legenda com o federal Gonzaga Patriota (PSB). Nos bastidores, avalia-se que eles devem compor chapa para enfrentar o prefeito Miguel Coelho (PSB), que não terá a sigla, e o deputado estadual Odacy Amorim (PT), que não se elegeu federal, mas alçou a esposa, Ducicleide de Amorim (PT), à Alepe.
Entre os estaduais do PSB reeleitos, Diogo Moraes é cotado para disputar a Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, Waldemar Borges a de Gravatá, também no Agreste, e Simone Santana a de Ipojuca. A estadual Teresa Leitão (PT), primeira mulher reeleita pela quinta vez seguida, pode disputar Olinda. Já o neófito Guilherme Uchoa Junior (PSC) pode concorrer em Igarassu.
Já os estaduais do PP reeleitos, Antônio Moraes é cotado para disputar Macapanara, na Mata Norte, e Roberta Arraes, Araripina, no Sertão. Ex-prefeito de São José do Belmonte, deputado estadual reeleito Rogério Leão (PR), deve disputar novamente a gestão municipal, assim como o ex-prefeito de Ribeirão, Clóvis Paiva (PP), que se elegeu deputado estadual.

Compesa executa obra em cinco municípios para implantação da Adutora de Serro Azul

O esforço para executar as obras de enfrentamento à seca continua em Pernambuco. Uma dessas obras está construindo o caminho que vai levar água da Barragem Governador Eduardo Campos (Serro Azul), no município de Palmares, Zona da Mata Sul, até o Agreste, para abastecer 1,5 milhão de pessoas em dez cidades que sofrem com os efeitos da seca na região. Neste mês, os serviços de implantação do Sistema Adutor de Serro Azul alcançaram o maior número de frentes de trabalho desde o início da obra – que começou em junho deste ano. A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) está com nove frentes de trabalhadores distribuídas nos municípios de Palmares, Bonito, Camocim de São Félix, Barra da Guabiraba e Bezerros para executar o assentamento de tubulações e a construção das Estações Elevatórias (bombeamento) do novo sistema. A obra tem previsão de ser finalizada em julho de 2019.
O Sistema Adutor de Serro Azul recebe o investimento de R$ 200 milhões, recursos financiados pelo Governo do Estado junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e prevê a implantação de uma adutora com 58 quilômetros de extensão, a construção de quatro estações elevatórias e de reservatórios com capacidade total de 4.500 metros cúbicos de água, além da instalação de 28 quilômetros de linhas de transmissão elétrica e automação do novo sistema. A adutora vai sair da Barragem Governador Eduardo Campos, em Palmares, até o ponto de interligação com a Adutora do Agreste, entre os municípios de Caruaru e Bezerros. Serão captados na barragem 500 litros de água, por segundo, vazão suficiente para ampliar a oferta de água nas cidades contempladas com a obra: Belo Jardim, Sanharó, Caruaru, Tacaimbó, São Bento do Una, São Caetano, Santa Cruz do Capibaribe, Toritama, Bezerros e Gravatá.
As frentes de serviço para assentamento da adutora estão localizadas nos trechos em Sapucarana (variante da PE-119), em Bezerros; no desvio em Camocim de São Félix; próximo a Colônia Japonesa, em Bonito; e em Palmares (variante da PE-103). Até agora já foram implantados 7,5 quilômetros de tubulações, que corresponde a 13% do total de adutoras. “Estamos trabalhando para concluir a obra dentro do prazo previsto e levar melhorias significativas ao abastecimento dessas cidades. Nossa expectativa é mobilizar a abertura de novas frentes de trabalho ainda neste mês para manter um bom ritmo das obras”, informou o diretor Técnico e de Engenharia da Compesa, Rômulo Aurélio Souza, lembrando que, inicialmente, a Barragem de Serro Azul foi concebida para contenção de cheias na Mata Sul, e por estar localizada em uma região onde há bons índices de pluviometria, o manancial ganhou a função de fonte de hídrica para abastecimento da população.

Haddad: Bolsonaro quer “dar cavalo de pau e dizer que defende os pobres”


Do G1

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, disse, hoje, considerar "contraditório" que seu adversário na disputa ao Planalto, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, diga que vai implementar um 13º salário para os beneficiários do programa Bolsa Família.
Haddad ressaltou que Bolsonaro passou anos criticando beneficiários do programa, uma das principais bandeiras dos governos petistas, e que agora quer "dar um cavalo de pau e dizer que defende os pobres".
Na quarta-feira (10), o presidente nacional do PSL, Gustavo Bebbiano, afirmou que, se eleito, Bolsonaro vai implementar um 13º salário para quem é atendido pelo Bolsa Família. Segundo o dirigente do PSL, a proposta estava prevista no plano de governo de Bolsonaro, mas a ideia foi confirmada definitivamente "agora".
“Se tem alguém que criticou o Bolsa Família e, de certa maneira, humilhou os seus beneficiários ao longo dos últimos dez anos, foi meu adversário. Não é fake news. Basta ver na internet as frases que ele pronuncia sobre nordestinos que recebem o Bolsa Família”, afirmou Haddad em entrevista à imprensa em Brasília.
O petista fez críticas à atuação de Bolsonaro como parlamentar e afirmou que ele “nunca aprovou nada de relevante em 28 anos de mandato” e sempre votou contra o trabalhador.
“Me parece muito contraditório. Há uma contradição muito grande entre o que ele fez na vida. Ele está há 28 anos na Câmara e só vota contra o trabalhador. Tudo o que ele faz é votar contra o trabalhador. Votou contra a pessoa com deficiência, votou contra o trabalhador na reforma trabalhista, votou contra o cidadão no teto de gastos. Sempre vota contra o trabalhador. Nunca aprovou nada de relevante em 28 anos de mandato e agora quer dar um cavalo de pau e dizer que defende os pobres?”, disse Haddad.
Haddad deu as declarações após participar de uma reunião na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com o secretário-geral da entidade, dom Leonardo Steiner.
No encontro, Haddad foi acompanhado do governador reeleito do Piauí, Wellington Dias (PT), e de Gilberto Carvalho, que é um dos coordenadores de sua campanha.

Boletim médico salva Bolsonaro de confronto

Helena Chagas no Blog Os Divergentes
Não cabe à imprensa, nem aos adversários, questionar pareceres médicos. Só soou um pouco estranho a equipe que atende o candidato Jair Bolsonaro ter dito que, até dia 18, ele não pode fazer campanha. De 18 a 28 de outubro restarão apenas dez dias para que o candidato do PSL participe de sabatinas e debates que não controla.
É bastante conveniente, para Bolsonaro, manter a estratégia que o protegeu de debates mais desafiadores e sabatinas mais duras em boa parte do primeiro turno, depois do hediondo ataque que sofreu.
Com isso, não se expôs, não mostrou despreparo, não teve seu programa comparado ao de outros à vista de todo o público. Não encarou o confronto de ideias, olho no olho, quando a campanha esquentou.
Pelo jeito, é o que sua campanha quer continuar fazendo. Diversos debates já estavam marcados para esta primeira semana, inclusive o da Band, no dia 11. Seriam ocasiões para que o eleitorado comparasse Bolsonaro e Haddad, e suas ideias, frente a frente – uma forma de reverter votos e preferências neste segundo turno e inverter a balança que pesa hoje a favor do deputado, que continuará no controle de suas exposições na mídia tradicional e nas redes.
Há, porém, um risco na estratégia bolsonariana de não encarar Haddad de frente. Se tiver habilidade, seu adversário pode explorar essa ausência. Sem duvidar abertamente dos médicos de Bolsonaro, mas aproveitando as ocasiões para falar sozinho e colar no adversário a marca de fujão, que costuma prejudicar candidatos

Vai ser assim, não se iluda: “mete o trator”

POR FERNANDO BRITO ·no TIJOLAÇO

“Eu fui tenente feliz na vida. Quando eu construí estrada, não tinha nem Ministério Público nem o Ibama. A primeira árvore que nós derrubamos (na abertura da BR-163), eu estava ali… derrubei todas as árvores que tinha à frente, sem ninguém encher o saco. Hoje, o cara, para derrubar uma árvore, vem um punhado de gente para encher o saco.”

A declaração do o general Oswaldo Ferreira, um dos “quatro ou cinco” generais favoritos para ocupar ministérios num eventual governo Bolsonaro não é um acaso e não são só as árvores que serão derrubadas por gente “feliz da vida” por não ter “um punhado de gente enchendo o saco”.

As senhoras de boas roupas e cabelos bem tratados não se chocam, porque, afinal, jequitibás, castanheiras, macacos e onças não são “fofos” como um poodle, um bichon frisé ou um gato persa, não é?

No caso dele, indicado Ministro dos Transportes, a fórmula é simples: acabando o Ministério do Meio Ambiente, o licenciamento ambiental passa a ser de um funcionário seu e, portanto, seu subordinado. Adivinhe se não vai sair, sem mais delongas, o sinal verde para “meter o trator”?

Como o método vai se repetir com os órgãos fiscalizadores em todas as áreas, nada mais fácil que o “meter o trator” generalizado. Por exemplo: nos direitos trabalhistas, a tal “carteira de trabalho verde e amarela”, com menos direitos, vai ser, claro, “opcional”. Ou você aceita e pega a vaguinha ou não aceita e fica na sarjeta.

E não alegue que não sabia, porque o próprio candidato disse, várias vezes, que “o trabalhador vai ter que decidir: menos direitos e emprego ou todos os direitos e desemprego”. A única vez em que ele decidirá é no dia 28 deste mês. Depois, é no “ou dá ou desce”.

Ah, mas a opinião pública e a Justiça não vão deixar que as coisas sejam feitas assim, com truculência…

Bem, o ex-capitão já avisou, também:

Não é a imprensa nem o Supremo que vão falar o que é limite pra mim. Vão catar coquinho, não vou arredar em nada, não me arrependo de nada que falei.

Mas, se mesmo assim, aparecer “um punhado de gente para encher o saco”, não tem problema. Talvez não precise nem chamar a polícia. Basta deixar que as milícias de fanáticos saiam distribuindo pauladas ou riscando, a canivete, “símbolos budistas” nas barrigas das moças e rapazes que protestarem.

Seus filhos, talvez.

A imaginária “ditadura bolivariana” de um partido que está fora do poder há dois anos e meio vai ser trocada, sob o patrocínio das ditas “instituições republicanas” pela simples selvageria do capital.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Pesquisa: Bolsonaro tem 54% dos votos válidos; Haddad, 46%


Veja Online

Na primeira pesquisa eleitoral do segundo turno, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) lidera a corrida pelo Palácio do Planalto com 54% das intenções de votos válidos. O petista Fernando Haddad tem 46%. O levantamento foi feito pela consultoria de pesquisa Ideia Big Data em parceria com VEJA.
A pesquisa ouviu presencialmente 2.036 eleitores das cinco regiões do país entre a última segunda e esta quarta-feira. A margem de erro é de 2,67% pontos percentuais para mais ou para menos. O número de registro no TSE é BR-09687/2018.
Bolsonaro chegou ao segundo turno com a preferência de 46,03% do eleitorado (ou 49,2 milhões de votos). Haddad teve 29,28% dos votos válidos (31,3 milhões de votos).
Ao considerar as respostas totais dos entrevistados, Bolsonaro tem 48% das intenções dos eleitores, enquanto Haddad, 41%. Votos brancos e nulos somam 7%, enquanto indecisos ou que não responderam atingiram 4%.
“Esse segundo turno é pautado por duas candidaturas extremamente opostas. Será muito difícil conseguir votos dos adversários. Portanto, a busca será pelos poucos indecisos e a conversão do branco/nulo. O que torna mais difícil o caminho do candidato do PT”, avalia Mauricio Moura, sócio da Ideia Big Data.

Só agora é que Alckmin descobriu que esse João Doria é inconfiável e oportunista

Do blog de  Inaldo Sampaio


O presidente nacional do PSDB e candidato derrotado à Presidência da República, Geraldo Alckmin, bateu boca nesta terça-feira (9) durante reunião da direção do partido com o candidato tucano ao governo de São Paulo, João Doria, eleito prefeito da capital paulista em 2016 com apoio dele.

Dória defendia que o partido apoiasse Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial e Alckmin queria a neutralidade. Os dois bateram boca na reunião e Doria foi chamado de “traidor” por ter feito corpo mole em São Paulo em defesa do seu padrinho político.

Tucanos de alta plumagem como FHC, José Serra, Alberto Goldman e Andrea Matarazzo (hoje fora do partido) não foram a favor da escolha de Doria para disputar a prefeitura porque não confiavam nele.

Achavam-no um espertalhão, oportunista, enganador e não confiável, mas ainda assim Alckmin resolveu investir nele, que se elegeu no primeiro turno com 53% dos votos válidos prometendo cumprir o mandato até o fim.

Resultado: não cumpriu o mandato e ainda tentou passar a perna em Alckmin para ser o candidato do partido a presidente da República. Não conseguiu e se candidatou a governador, e antes mesmo de serem contados os votos do primeiro turno já declarou apoio a Bolsonaro por puro oportunismo político.

Alckmin pagou o preço de sua teimosia política e certamente dará o troco neste segundo turno apoiando o governador Márcio França (PSB), que pelo menos é um homem de caráter.

“Não apoiaremos nem o PT nem o candidato Bolsonaro. O PSDB decidiu liberar seus militantes e seus líderes”, informou Geraldo Alckmin após o término da reunião. Ele disse que essa posição é coerente com o que sempre defendeu ao longo de sua campanha à Presidência da República: que os “extremos” não são a solução para o país.

Durante a reunião, Doria cobrava do partido mais ajuda financeira às campanhas dos candidatos a governos estaduais que passaram para o segundo turno, como é o caso dele. Alckmin o interrompeu com esta frase: “Traidor, eu não sou”.

Doria, ouvido a respeito, minimizou o episódio dizendo que Alckmin está “emocionalmente abalado” por ter obtido menos de 5% dos votos no primeiro turno da eleição.

“Se Geraldo teve algum dissabor pessoal, da minha parte tem o meu perdão. Não foi nada que possa abalar as nossas relações pessoais”, declarou Doria aos jornalistas provando que é tão cara de pau quanto seu conterrâneo Paulo Maluf.

Noblat denucia campanha de perseguição da Record e Bandeirantes contra Haddad

247 - O colunista do Jornal O Globo afirma que "ordens dos mais altos escalões das TVs Record e Bandeirantes foram dadas para que o jornalismo das duas emissoras produzam reportagens contra Fernando Haddad, candidato do PT à presidência da República, e demais políticos de outros partidos que se aliem a ele".

"É de desolução, de revolta e, em alguns casos, até de choro o clima no jornalismo das duas emissoras. Ciro Gomes, ex-candidato do PDT, será um dos primeiros alvos de tais reportagens", escreveu ele no Twitter.

Na última quinta-feira (4), enquanto ocorria o debate entre os presidenciáveis na Rede Globo, Jair Bolsonaro (PSL) concedia entrevista à Record. A emissora fechou a agenda da continuidade do golpe, marcada pela estagnação econômica e por profundos retrocessos sociais.

Ordens dos mais asltos escalões das TVs Record e Bandeirantes foram dadas para que o jornalismo das duas emissoras produzam reportagens contra Fernando Haddad, candidato do PT à presidência da República, e demais políticos de outros partidos que se aliem a ele. (1)— Blog do Noblat (@BlogdoNoblat) 10 de outubro de 2018

É de desolução, de revolta e, em alguns casos, até de choro o clima no jornalismo das duas emissoras. Ciro Gomes, ex-candidato do PDT, será um dos primeiros alvos de tais reportagens. (2)— Blog do Noblat (@BlogdoNoblat) 10 de outubro de 2018

Foi uma vitória e tanto

* Texto de Samuel Salgado


A vitória nas urnas nestas eleições foi resultado de muita luta, determinação, garra e coragem dos que fazem a diferença. 

A vitória de quem faz política com propostas e respeito às famílias angelinenses. 

Bem diferente da política feita por nossos adversários. 

Todos lembram da campanha passada para prefeito. 

Eles xingaram e agrediram Douglas de todas as maneiras. 

Angelim não aceita mais esta velha e ultrapassada forma de fazer política, pregando ranço e perseguição. 

Mais uma vez a resposta foi dada pelo povo, votando nos candidatos apoiados pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Angelim, vereador Oliveira ex vice prefeito Esberaldo, somados aos candidatos apoiados pelo prefeito Douglas, vice Rosa, vereadores Robério, Júnior Caldas, Bruno Lacraia, Beco Veloso e Maurílio. Vale lembrar a valorosa contribuição de grande número de lideranças, citarei os ex vereadores Zé Lira e Zé Lito. 

Dois anos se passaram e o resultado eleitoral do último domingo ratifica que eles ainda não aprenderam a lição das urnas! 

Ainda não entenderam que Douglas e seus aliados representam a diferença! 

Representam um novo momento na política de Angelim 

Angelim nunca teve tanto avanço! 

Constrói aqui, reforma ali, faz acolá! 

Douglas está se constituindo numa máquina de trabalhar! 

Esta realidade incomoda nossos adversários! 

Eles tiveram a chance de fazer o que está se fazendo em nosso município, mas não quiseram ou não souberam fazer. 

Tenho observado que muita gente que nunca me acompanhou na política, hoje está acompanhando Douglas. 

Que ninguém duvide da força do povo! 

Parabéns, Angelim! 

Recife, 10 de outubro de 2018. 

Samuel Salgado

* Samuel Salgado è ex-prefeito de Angelim por 03 mandatos

PSB decide apoiar Haddad no segundo turno


Do G1

A Executiva Nacional do PSB decidiu, hoje, que o partido irá apoiar o candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno das eleições presidenciais.
A cúpula da legenda também resolveu liberar os diretórios regionais de São Paulo e do Distrito Federal, onde os candidatos do PSB, Márcio França e Rodrigo Rollemberg, respectivamente, disputarão o segundo turno ao governo estadual.
"O PSB acaba de aprovar uma resolução em que define o seu apoio no segundo turno da eleição presidencial ao candidato Fernando Haddad, propondo que se forme uma frente democrática contra uma candidatura que representa o extremo oposto da candidatura das forças democráticas", afirmou o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira.
Ele disse ainda ter "confiança absoluta" na decisão que os diretórios em SP e no DF tomarão. "No estado de São Paulo e no Distrito Federal, os diretórios poderão examinar as suas coligações e decidir o que devem fazer, tendo em consideração que temos confiança absoluta no Márcio França e no Rodrigo Rollemberg em que eles precisam ter a liberdade para conduzir as suas campanhas e conquistar uma vitória nessas duas unidades importantíssimas da federação do nosso país", declarou.
Questionado se França e Rollemberg poderão apoiar o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, o presidente da sigla disse que confia "plenamente" nos dois e que eles tomarão "a decisão mais correta, que tenha consonância com a história do partido".
"Nós asseguramos a liberdade e sabemos que eles vão tomar a decisão correta em relação ao seu estado", afirmou o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira.
Durante o primeiro turno, Rollemberg chegou a fazer ato de campanha ao lado de Ciro Gomes, que disputava a Presidência da República pelo PDT.
O PSB também está no segundo turno em Sergipe, com Valadares Filho, e no Amapá, com João Capiberibe. No caso do Amapá, o PSB já está em uma aliança com o PT. O partido já elegeu no primeiro turno Paulo Câmara em Pernambuco, João Azevedo na Paraíba e Renato Casagrande no Espírito Santo.
Siqueira defendeu que Haddad procure "todos os democratas" e "pessoas de bem para que a sua candidatura represente uma frente democrática.
"No momento difícil em que vive o país, com essa polarização, e tendo em vista a necessidade de unidade nacional e das forças democráticas, [propomos] que a candidatura [de Haddad] se transforme em uma candidatura da frente democrática, que agregue personalidades e instituições que defendam a democracia e que o programa não seja apenas de um partido", disse.

Haddad é um político diferenciado


Por Silvio Costa*
Neste momento de profunda radicalização entre os que apoiam Jair Bolsonaro (PSL) e os que apoiam Fernando Haddad (PT) é fundamental para o País começar a pensar no pós-eleição. Voto em Fernando Haddad para presidente da República. Um homem sério e que tem equilíbrio para pacificar o Brasil. 
Haddad é um dos quadros mais preparados da cena política brasileira. É um político moderado. Tenho convicção de que será um grande presidente do Brasil, se essa for a decisão majoritária do povo brasileiro. Haddad não será presidente do PT, será presidente de todos os brasileiros. 
Como gestor, Haddad tem a marca da responsabilidade pública. Quando prefeito de São Paulo fez uma gestão que foi premiada internacionalmente. Inclusive, a cidade de São Paulo recebeu “o grau de investimento”, tendo o seu adversário João Dória  (PSDB) reconhecido a sua capacidade de gestão pública.
Aos  pernambucanos e pernambucanas, tenho a agradecer aos 680.435 que me deram o privilégio de receber o crédito de confiança ao Senado. Voto de cada homem e mulher que me orgulha muito. Voto do coração e da alma. Voto de quem acredita que é possível fazer política com lealdade, ética e coragem.
*Deputado e vice-líder da oposição na Câmara Federal

PSDB termina sem voto e também sem honra

POR FERNANDO BRITO · no TIJOLAÇO


O espetáculo não podia ser mais deprimente.

O PSDB de São Paulo – vale dizer, o PSDB nacional, porque a seção paulista sempre foi a cabeça do partido – viveu uma troca de ofensas, gravada e publicada, com acusações de traição e falsidade a João Doria.

Doria, depois de ter mandado um aliado pedir a renúncia de Alckmin da presidência do partido, fez queixas sobre a distribuição do Fundo Partidário, insinuando que Alckmin gastou demais em sua campanha e deu-lhe poucos recursos.

E fez questão de humilhar o ex-governador ao dizer que lhe dá “o perdão”.

Embora tudo isso seja de conhecimento público, o jogo da hipocrisia vai continuar.

Alckmin fingirá que apoia Doria e perderá com ele, outra vez.

Perderá também se Doria ganhar, porque será expurgado do tucanato pelo seu novo “dono”.

O PSDB, polo da política nacional não existe mais e morreu de morte morrida, não da morte matada que se tentou impor ao PT.

Desmilinguiu-se, derretido por duas mediocridades – o próprio Alckmin e Aécio Neves – e um picareta aventureiro, João Dória que, em dois anos, catalisou o processo.

Doria, agora, vai se ajoelhar diante de Bolsonaro.

O que Fernando Henrique tentou fazer e Mario Covas impediu ao tentar aderir a Fernando Collor, Doria tentará fazer agora.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

PSB de Pernambuco elege as maiores bancadas na Assembleia Legislativa e Câmara Federal

Mais uma vez o Partido Socialista Brasileiro de Pernambuco fez a maior bancada para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal nas eleições estaduais. Além de 11 deputados estaduais e cinco federais, a legenda também obteve os candidatos mais bem votados para representar o legislativo no Estado e no Congresso Nacional: a delegada Gleide Ângelo e João Campos, respectivamente. 

Gleide Ângelo entra para a história de Pernambuco como a deputada estadual mais bem votada da Assembleia Legislativa. Filiada ao Partido Socialista Brasileiro desde abril, a delegada foi eleita com 412.636 votos. Além dela, a bancada do PSB ainda contará com Clodoaldo Magalhães (65.750 votos), Aglaison Victor (64.763), Lucas Ramos (62.986), Adalto Santos (60.084), Simone Santana (56.583), Francismar Pontes (50.577), Diogo Moraes (50.188), Waldemar Borges (39.031), Isaltino Nascimento (35.218) e Aluísio Lessa (23.344) a partir de 2019.

Disputando as eleições pela primeira vez, João Campos, que integra a Executiva nacional do partido como vice-presidente de Relações Federativas, foi eleito com 460.387 votos. A nova bancada socialista na Câmara Federal também é formada pelos deputados Felipe Carreras (114.268), Danilo Cabral (91.635), Gonzaga Patriota (80.498) e Tadeu Alencar (53.567).

Presidente estadual do PSB, Sileno Guedes destacou a importância que o grupo terá na defesa de pautas prioritárias para o desenvolvimento do Estado. “O PSB agradece ao povo pernambucano, que, além de reeleger o governador Paulo Câmara, também nos entregou o deputado federal mais votado da nossa história, que é João Campos, e a deputada Gleide Ângelo, mais votada da Assembleia Legislativa. Temos ainda um conjunto de parlamentares que já têm um histórico de luta em defesa dos pernambucanos. Com a contribuição dos nossos representantes, vamos continuar colocando Pernambuco na frente e trabalhando pelos que mais precisam”, afirmou o dirigente.

Bolsonaro vai amarrar a vaquinha para a banca mamar


POR FERNANDO BRITO  no TIJOLAÇO




Na manchete da Folha, o retrato que só os bobos ainda não viram.

Um governo Bolsonaro – que Deus nos livre! – terá uma divisão de tarefas bem estabelecida.

O capitão e seus gladiadores distraem a platéia transformando o país numa arena romana, com a turba decidindo quem, quantos e como devem ser mortos.

Enquanto isso, os coletores de impostos, os publicanos da Bíblia, tomam conta do dinheiro, o deus que de fato adoram.

Ou por que “valores morais” e “patriotismo esta gente estaria sendo recrutada e a área econômica do governo já se vai loteando?

Diz o jornal, para que os bobos sigam sendo bobos:

Embora ganhem muito mais na iniciativa privada, os executivos estariam dispostos a ir para o governo como forma de colaborar com a agenda liberal comandada por Guedes, segundo colaboradores de Bolsonaro. Um dos argumentos usados para atraí-los é a garantia de que poderão trabalhar sem interferência política.

Pausa para uma sonora e trágica gargalhada.

Tem até um Roberto Campos Neto, descendente do Bob Fields de 1964, que arranjaram no Banco Santander.

Falta só a campanha “Dê ouro pelo bem do Brasil”, uma picaretagem montada em conjunto pelos Diários Associados de Assis Chateaubriand, que trocava as alianças de ouro dos casais de classe média por anéis de latão, em tese para salvar nossas reservas cambiais (na época, o padrão era o ouro, não o dólar). A dinheirama, claro, ninguém sabe e ninguém viu o rumo que tomou.

O capitão e os generais que ele vive trocando os nomes ficam com a tarefa de botar a peia nas patas da vaca Brasil e, “sem interferência política”, a turma da bufunfa ordenha o bichinho.

Tudo bem enquanto a turma “bombada” estiver se satisfazendo com o seu sadismo.

Mas daí a pouco “vão querer também

Os panfletos da ignorância sobre a Lei Rouanet

POR FERNANDO BRITO · No TIJOLAÇO





Um destes trolls que alugam o tempo e a paciência da gente lotando a caixa de comentários para exercerem a sua frustração enchendo o saco alheio diz que “quanto mais vocês “come quieto” da lei Rouanet e outros benefícios concedidos pelos petralhas baterem no mito, mais ele irá crescer até desbancar essa quadrilha”.

Claro que só dou-me ao trabalho de registrar porque ontem, ao votar, três moças negras, de aparência humilde, conversavam na fila sobre a “mesada” que os artistas da Globo estariam recebendo da Globo pela lei, dada pelo governo do PT.

Com algum cuidado para não ser tomado como “assédio” um “coroa” meter o bico na conversa das três jovens, expliquei o que era a lei, que o dinheiro não era dado pelo Governo senão na forma de abatimento fiscal, com projetos, espetáculos ou exibições, etc, etc…

Falei que a lei é de 1991, 12 anos antes da chegada do PT ao governo e, em linhas gerais, como funciona.

Vi, na prática, o que pode a desinformação criminosa levada a cabo pelos grupos de whatsapp e de Facebook pelo bolsonarismo.

É uma coisa de gangue e, pior, uma coisa de gente que usa o pior dos métodos de propaganda: a mentira.

Normalmente não dou importância às bobagens que se espalham por redes sociais, mas isso se tornou, talvez, a maior arma da campanha bolsonarista.

Trabalhar a ignorância, o preconceito, os receios e o sentimento de injustiça que habita o nosso povão para arranjar “culpados” pelo seu empobrecimento que não os que, neste momento exato, se entopem de dinheiro na Bolsa de Valores, felizes com a vitória parcial do candidato de direita.

Neste segundo turno, quando a candidatura da resistência antifascista vai, com certeza, receber o apoio de boa parte dos artista e produtores culturais brasileiros, é importante que cada um ajude a lavar essa mentira.

Espalhe a verdade para seus amigos e contatos, porque essa história, que começou brandida pelos fascistinhas do MBL, ganhou corpo.

Juiz da Lava Jato parabeniza filho de Bolsonaro pela eleição

Flávio Bolsonaro e Arolde de Oliveira para o Senado
Filho de Jair Bolsonaro agradeceu os votos do juiz federal
O Globo
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal e responsável pela Lava-Jato no Rio de Janeiro, usou seu perfil oficial no Twitter para parabenizar a eleição de Flavio Bolsonaro (PSL) e Arolde de Oliveira (PSD) para o Senado Federal. Na postagem, o juiz pediu ainda que "Deus abençoe" os novos representantes do Rio de Janeiro no Congresso Nacional.
"Parabenizo os novos Senadores, ora eleitos pera representar o Estado do Rio de Janeiro a partir de 2019, Flavio Bolsonaro e Arolde de Oliveira. Que Deus os abençoe!", escreveu.
Filho do candidato à Presidência Jair Bolsonaro, Flávio também usou seu perfil na rede social para agradecer a mensagem do juiz federal:
"Obrigado Dr. Bretas e que Deus nos dê muita sabedoria, todos os dias, para fazermos a Sua vontade!".

A mensagem desaforada do filho do eleito Frota

Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo
Alexandre Frota diz que ficou surpreso com a mensagem que o filho Mayã, 18, postou no domingo (7) no Twitter:

“Eu sou filho de um ex-ator pornô, ex-viciado em cocaína que defende a família mas queria me abortar. Como ele virou deputado de SP eu não sei”.
 “Fui viciado por 15 anos, mas tô limpo há 12 anos. Talvez por causa das drogas, eu tenha perdido ele”, diz.
Segundo Frota, ter feito filmes pornôs nunca foi motivo de vergonha. Mayã “comeu, estudou e se vestiu graças a esse dinheiro”.
Diz ainda que ele é, na verdade, filho de um ex-global. “Quando ele foi concebido, eu protagonizava ‘Malhação’”. 
Segundo o ator, ele move um processo para reduzir a pensão alimentícia que paga ao filho, que “está prestes a fazer 19 anos, é maior de idade, trabalha, é modelo, só não estuda”. Ele nega também o pedido de interrupção da gravidez.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Vamos continuar tentando construir um Brasil decente

Por Silvio Costa*
Meu amigo, minha amiga!
Quero agradecer aos 680.435 homens e mulheres de Pernambuco que me deram o privilégio de ter o seu crédito de confiança. Um voto que me orgulha muito. Tenho certeza que foi um voto do coração e da alma. Um voto de quem acredita que é possível fazer política com 

Confira os deputados federais eleitos por Pernambuco

  1. João Campos (PSB) o Mais votado 460.387 votos
  2. Marília Arraes (PT)
  3. André Ferreira (PSC)
  4. Felipe Carreiras (PSB)
  5. Luciano Bivar (PSL)
  6. Pastor Eurico (Patriota)
  7. Sebastião Oliveira (PR)
  8. Eduardo da Fonte (PP)
  9. André de Paula (PSD)
  10. Silvio Costa Filho (PRB)
  11. Daniel Coelho (PPS)
  12. Raul Henry (MDB)
  13. Túlio Gadêlha (PDT)
  14. Danilo Cabral (PSB)
  15. Fernando Monteiro (PP)
  16. Wolney Queiroz (PDT)
  17. Augusto Coutinho (SD)
  18. Ricardo Teobaldo (Podemos)
  19. Fernando Filho (DEM)
  20. Gonzaga Patriota (PSB)
  21. Carlos Veras (PT)
  22. Bispo Ossesio (PRB)
  23. Renildo Calheiros (PCdoB)
  24. Tadeu Alencar (PSB)
  25. Fernando Rodolfo (PHS)

Confira os deputados estaduais eleitos por Pernambuco

  1. Gleide Ângelo (PSB) a mais votada 412.636 votos
  2. Pastor Cleiton Collins (PP)
  3. Clodoaldo Magalhães (PSB)
  4. Guilherme Uchoa Jr (PSC)
  5. Doriel Barros (PT)
  6. Aglailson Victor (PSB)
  7. Manoel Ferreira (PSC)
  8. Rodrigo Novaes (PSD)
  9. Adalto Santos (PSB)
  10. Joaquim Lira (PSD)
  11. Francismar (PSB)
  12. Diogo Moraes (PSB)
  13. Clarissa Tércio (PSC)
  14. Lucas Ramos (PSB)
  15. Priscila Krause (DEM)
  16. Simone Santana (PSB)
  17. Gustavo Gouveia (DEM)
  18. Claudiano Filho (PP)
  19. Alessandra Vieira (PSDB)
  20. Joel da Harpa (PP)
  21. William Brigido (PRB)
  22. Juntas (PSOL)
  23. Waldemar Borges (PSB)
  24. Tony Gel (MDB)
  25. Eriberto Medeiros (PP)
  26. Isaltino (PSB)
  27. Fabíola Cabral (PP)
  28. Alberto Feitosa (SD)
  29. Clovis Paiva (PP)
  30. Antonio Moraes (PP)
  31. Terresa Leitão (PT)
  32. João Paulo (PCdoB)
  33. Romero Sales Filho (PTB)
  34. Romero (PP)
  35. Henrique Queiroz Filho (PR)
  36. Antônio Coelho (DEM)
  37. Zé Queiroz (PDT)
  38. Rogério Leão (PR)
  39. Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB)
  40. Wanderson Florêncio (PSC)
  41. Antonio Fernando (PSC)
  42. Romário Dias (PSD)
  43. Alvaro Porto (PTB)
  44. Roberta Arraes (PP)
  45. João Paulo Costa (Avante)
  46. Fabrizio Ferraz (PHS)
  47. Ducicleide Amorim (PT)
  48. Aluizio Lessa (PSB)
  49. Delegado Lessa (PP)


Derrotados, Sarneys saem de cena no Maranhão


A eleição de 2018 no Maranhão foi um duro golpe à família Sarney. Além da derrota de Roseana (MDB) na disputa para o governo, Sarney Filho (PV), que por nove mandatos tem cadeira em Brasília como deputado federal, não foi eleito senador –os dois são filhos do ex-presidente José Sarney. Pela primeira vez em quase 50 anos o sobrenome Sarney não estará representado no Congresso Nacional.

Flávio Dino (PC do B) foi reeleito governador do Maranhão em primeiro turno, mas levou também à vitória seus dois candidatos ao Senado, os deputados federais Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS). Eles bateram não só Sarney Filho, mas também outro tradicional político do Estado, Edison Lobão (MDB), ex-governador e ex-ministro e que estava no Senado Federal desde 1995. Ele foi apoiado por Roseana Sarney
O patriarca José Sarney, talvez pressentindo problemas, mudou no início do ano seu domicílio eleitoral para o Maranhão para tentar ajudar nas articulações políticas – desde o início dos anos 1990 ele votava e se elegia senador pelo Amapá, mas não se aposentou em 2014. Sarney esteve como deputado federal nos anos 1950 e 1960, mas se consolidou definitivamente ao Congresso em 1971, quando se elegeu Senador pelo Maranhão depois de um mandato como Governador do Maranhão. Desde então, sempre teve alguém com sobrenome Sarney em Brasília, seja no Senado ou na Câmara.
O enfraquecimento do poder dos Sarney no Estado começou a ser detectado em 2006, quando Jackson Lago, do PDT, venceu Roseana Sarney. Ele colocava ali um fim de 40 anos de domínio dos Sarney no Estado, mas durou pouco. Em fevereiro de 2009 o TSE decidiu acatar pedido da coligação de Roseana, sobre irregularidades na campanha de Lago, e o cassou. Roseana assumiu pela terceira vez como governadora, e foi reeleita em 2010. Somente quatro anos depois que, definitivamente, o grupo saiu do poder no Estado quando Lobão Filho, apoiado pelos Sarney, perdeu para Flávio Dino.
A Justiça Eleitoral ainda pode ser o caminho para o retorno dos Sarney, já que o TRE-MA deve julgar nos próximos meses a inelegibilidade decretada em primeira instância de Flávio Dino, por suposto abuso de poder nas eleições municipais de 2016 para ajudar aliado na cidade de Coroatá, no interior.
Como prêmio de consolação o neto de José Sarney, Adriano, deve ganhar mais um mandato como deputado estadual. Ele passa, a partir de agora, a ser a esperança de que o sobrenome possa retomar espaço na política maranhense em breve. (Folha de S.Paulo)