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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Paulo alerta presidente Temer para a falta de recursos federais na Adutora do Agreste


Durante este ano de 2018, o Governo Federal não repassou um real para o andamento das obras. Adutora é fundamental para enfrentar a seca no Estado. Governador disse que Pernambuco está sendo injustiçado 

O governador Paulo Câmara enviou ofício hoje (10/08) ao presidente da República, Michel Temer, alertando para a falta, neste ano, de repasse de recursos pelo Governo Federal para as obras da Adutora do Agreste. “Somente no ano de 2017, o Estado de Pernambuco investiu mais de R$ 592 milhões, com vistas a melhorar as condições hídricas, em todos os sentidos. Foram construídas barragens e sistemas adutores que hoje permitem transpor, de forma satisfatória e segura, água para algumas das localidades mais atingidas pela estiagem, pondo fim à indesejada indústria dos caminhões-pipa”, afirmou.

Paulo Câmara apontou que o Estado de Pernambuco está sendo injustiçado. “Nesse sentido, é possível afirmar que nos encontramos numa situação de extrema injustiça, visto que as águas da transposição atravessam o nosso território, mas não trazem qualquer benefício à população pernambucana, porque não chegam às torneiras de seus principais destinatários”.

De acordo com o governador, “apesar de todos os esforços locais, a conclusão da Adutora do Agreste, que depende em grande medida do Governo Federal, é imprescindível para solucionarmos tão delicada questão, definitivamente”. No documento enviado ao Palácio do Planalto (anexo), Paulo Câmara informa que, em 2016, a União repassou R$ 136 milhões para a Compesa, responsável pelas obras. Já em 2017, o repasse caiu para a metade: apenas R$ 68 milhões.

A situação só não foi pior porque o governador Paulo Câmara articulou com a bancada federal no Congresso Nacional a garantia de mais R$ 126 milhões da emenda de bancada ao Orçamento Geral da União. Em 2018, em que pese as promessas feitas pelo Ministério da Integração Nacional, nenhum recurso foi repassado a Pernambuco. “O Estado de Pernambuco tem sido permanentemente afetado pelo fenômeno cruel da seca, que agrava significativamente a já difícil situação da população pobre que vive no Agreste”.

Paulo Câmara informou que se encontra na fase de testes a Adutora do Moxotó, “obra importantíssima que fará a conexão do Eixo Leste da Transposição com a Adutora do Agreste, beneficiando inicialmente 10 municípios e uma população superior a 400 mil habitantes. “Cumpre enfatizar que, embora tenham ocorrido chuvas na região do Agreste em 2018, o volume de precipitações não foi grande o suficiente para equalizar a oferta de água em vários Municípios que precisam ser atendidos pelas almejadas Adutoras do Moxotó e do Agreste”, alertou.

O governador de Pernambuco lembrou que cidades importantes como Arcoverde, Pesqueira, Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó e São Bento do Una se encontram em situação de pré-colapso. Já os municípios de Poção e de Taquaritinga estão colapsados e simulações hidráulicas apontam que, em 60 dias, vários outros municípios do Estado entrarão em colapso total.

Paulo Câmara pediu que o presidente Temer “se digne determinar o repasse imediato dos recursos financeiros ora pleiteados, como única medida capaz de evitar uma nova paralisação dessa obra tão essencial que, caso retroceda, representará um dano irreparável, levando-se em conta todo o trabalho que já foi feito e toda a história de sofrimento do povo nordestino”.

AGENDA do candidato à reeleição Paulo Câmara desta sexta-feira (10)

AGENDA do candidato à reeleição Paulo Câmara desta sexta-feira (10)

18h – Prosa Política em Santa Cruz do Capibaribe


Local: Casa da Criança CECAP – Rua Antônio Burgos, 242, Nova Santa Cruz, Santa Cruz do Capibaribe.

‘Estadão’ não esconde ‘dor de cotovelo’ por mau desempenho de Alckmin



POR FERNANDO BRITO ·do TIJOLAÇO


A manchete do Estadão, hoje, é quase um lamento pela chance que Geraldo Alckmin teve de mudar a impressão geral de nada do que se faça por ele consegue desfazer a sua falta de capacidade de empolgar e convencer as pessoas.

Vai ser difícil esperar um crescimento expressivo nos tucanos que as pesquisas, inexplicavelmente postergadas, pudessem atribuir ao seu desempenho televisivo, uma vez que a aliança com o centrão não vitaminou os índices do ex-governador paulista.

Por isso, mais que por qualquer coisa, justifica-se uma análise do debate de ontem que, ao fim e ao cabo, pouca importância de massa tem além de uma primeira impressão sobre os candidatos que se engalfinham para ter a vitória ungida pela Justiça, que tirou Lula do páreo, e não por sua capacidade.

Millôr Fernandes, numa daquelas suas frases ferinas, disse que “muito mais importante que ser genial é estar cercado de medíocres”.

O debate de ontem na Bandeirantes era a ocasião por excelência para alguém brilhar e meio à mediocridade.

Mas, ao que parece, a mediocridade espalhou-se ali como um vírus destes de epidemia que não poupa ninguém.

Ciro Gomes, que tinha capacidade para destacar-se ali com o apelo nacional, popular e democrático, arranjou uma “ideia-força” de marqueteiro, a de anistiar os brasileiros inscritos no cadastro do SPC para se agarrar durante todo o debate, como se isso fosse a panaceia da economia. Claro que é possível até mesmo fazer algo neste sentido, mas o alívio da situação de inadimplência é, essencialmente, fruto da retomada da atividade econômica. Até porque, sem isso, é como enxugar gelo.

Perdeu a chance de, assumindo ser uma voz pelo direito de Lula participar da eleição, reduzir as arestas que criou à esquerda e os ressentimentos dos simáticos ao ex-presidente.

Boulos, logo na abertura do debate (e depois não mais, até para minha surpresa) fez a menção a “Lula estar preso e Temer estar solto”, mas também não se aprofundou ou insistiu na questão central deste processo eleitoral: a de que ele se dá com a interdição da maior força política do país e com o evidente objetivo de dar formalidade a um projeto de dominação do povo e desmonte do país.

Jair Bolsonaro, ao que parece, não teve problemas com a sua incapacidade de expressar-se de forma articulada. Seu eleitor também não tem capacidade de entender argumentos e, portanto, estão ambos entendidos no reino da estupidez. Ninguém, exceto Boulos no primeiro bloco, quis confrontá-lo.

Henrique Meirelles é patético, incapaz de falar sobre qualquer coisa que não seja uma ridícula autolouvação em que se apresenta como o responsável pelo sucesso dos governos de Lula. Um amigo disse-me que Meirelles parece ser alguém que ” só escreve no Excel, não no Word”.

Álvaro Dias fez exatamente o que se tinha antecipado aqui. Fez da Lava Jato e de Sérgio Moro os sucedâneos de Hugo Henrique, o cão bichon frisé com que sustentou sua candidatura ao Senado em 2014. Bateu no PSDB sem nenhum pudor, num espetáculo de amnésia de ter sido, por anoes e anos e até há pouco, também ele um tucano.

Marina Silva é mais do mesmo: fria, antipática e destino ideal para as perguntas de quem não quer “fazer marola” e que o debate não ‘esquente”. Foi e é o acompanhamento ideal para o “Chuchu” Alckmin.

Este, a meu ver, foi o grande perdedor.

Incapaz de imprimir emoção, deixo que dele fale a tucanérrima Vera Magalhães, do Estadão, que lhe dá o penúltimo parágrafo de sua análise do debate, acima apenas da ausência de Lula:

O tucano procurou se manter propositivo, mas soou professoral e pouco didático. Enfileirou uma série de siglas de difícil compreensão para o eleitorado comum e evitou revidar na mesma moeda as chineladas [muito leves, diz este blog] que recebeu. Soou frio e burocrático a maior parte do tempo”.
Era dele a chance de brilhar, demonstrando-se enérgico, capaz, convincente.

Ah, por fim, o candidato a “meme”, o tal Cabo Daciolo, com direito a criação da inédita “União das Repúblicas Socialistas da América Latina”, a ser combatida “em nome de Jesus”.

Pobre Cristo, não merecia esta cruz…

Pegou mal: ministros querem diminuir seu reajuste

Após repercussão, ministros do STF sugerem que Congresso reduza valor de reajuste
Daniela Lima – Painel – Folha de S.Paulo

Dia de ressaca - A repercussão da decisão dos ministros do Supremo de aprovar um aumento de 16,38% nos próprios salários fez com que integrantes da corte entrassem em contato com a cúpula do Congresso sugerindo alternativas. Além de uma revisão da Lei da Magistratura que extinguisse auxílios hoje pagos a juízes, esses magistrados ressaltaram que a proposta aprovada pelo STF não é “impositiva”, estimulando parlamentares a, no limite, chancelarem um reajuste menor do que o sugerido.
Dirigentes de associações que defenderam o reajustelembram que o ministro Gilmar Mendes, já na reunião administrativa do Supremo, sugeriu que a corte enviasse ao Congresso uma proposta de Lei Orgânica da Magistratura “minimalista”, que tratasse dos benefícios a juízes federais e estaduais.
A ideia tem apoio, por exemplo, da Associação Nacional dos Procuradores da República. “Acreditamos que é uma discussão sadia e correta, que deve ser travada no Legislativo de modo transparente”, diz José Robalinho, presidente da ANPR.
O ministro Dias Toffoli, que vai assumir a presidência do STF no dia 13 de setembro, quer deixar o debate sobre o reajuste para depois da eleição. Ele disse a auxiliares que o tema não deve ser tratado antes do pleito. Acha que a discussão seria contaminada pela corrida eleitoral por ser impopular.

Debate inaugural não produzirá virada de votos


Josias de Souza
Nenhum dos quatro principais presidenciáveis —Bolsonaro, Marina, Ciro e Alckmin— protagonizou nada parecido com um tropeço no primeiro debate presidencial de 2018. Por isso, é improvável que o evento resulte numa virada de votos. Serviu apenas para consolidar posições. O canibalismo esteve no limite do aceitável. Os contendores se deram conta de que, a essa altura, a plateia quer mais soluções do que sangue.
O debate escancarou uma peculiaridade da atual campanha: todos desejam encarnar a mudança. A temática foi ditada pela rua, de baixo para cima. Incluiu uma agenda tão óbvia quanto urgente —do desemprego à roubalheira, passando pela ruína fiscal e a precariedade dos serviços públicos.
A má notícia é que os oito debatedores inundaram o estúdio da TV Bandeirantes com ideias que não deram água para alcançar a canela —em parte por conta do engessamento das regras, em parte pela aridez das propostas. Seja como for, a esperança que os candidatos foram capazes de inspirar nas três horas e doze minutos em que estiveram no ar cabe numa caixa de fósforos.
A noite produziu duas vítimas: Michel Temer e Lula, ambos ausentes. O primeiro apanhou indefeso. O segundo foi ignorado. Temer não contou nem com a solidariedade do seu ex-ministro Henrique Meirelles. O presidenciável cenográfico do PT teve um consolo.
O condenado mais ilustre da Lava Jato assistiu pelo televisor instalado em sua cela especial à saudação do companheiro Boulos, do PSOL: “Boa noite, presidente Lula. Deveria estar aqui. Mas está preso injustamente em Curitiba, enquanto o Temer está solto lá em Brasília”.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Agenda Armando Monteiro - 09/08/2018


11h00 Sabatina na Rádio Jornal do Commercio


12h30 Gravação de programas para as redes sociais


14h30 Reuniões de Trabalho


19h00 Entrevista TV Clube / Portal OP9


20h30 Encontro com lideranças regionais em Paudalho

AGENDA do candidato à reeleição Paulo Câmara desta quinta-feira (09


18h – Reunião com o prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker

Local: Quadra da Escola Menino Jesus - Rua Antônio Torquato Vieira, 101, Tamandaré.

19h – Reunião com a prefeita de Rio Formoso, Isabel Hacker

Local: Ginásio Manoel Felinto - Rua São José, número 08, Centro, Rio Formoso.

20h- Reunião com o prefeito de Sirinhaém, France Hacker

Local: Salão de eventos do Shopping Sirinhaém - Rua Marquês de Olinda, Centro, Sirinhaém.

Comissão de Educação aprova moção contra os cortes na educação

A Comissão de Educação (CE) da Câmara Federal aprovou, nesta quarta-feira (8), Moção de Repúdio aos possíveis vetos à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que atingem o orçamento de 2019 para educação. A matéria é de autoria do presidente do colegiado, deputado Danilo Cabral (PSB-PE), e defende a manutenção do atual texto da LDO, aprovado pelo Congresso Nacional. A Comissão também convidou o ministro Esteves Colnago, do Planejamento, para esclarecer cortes nos recursos da área. A audiência será realizada na próxima terça-feira (14). 

“Na visão do atual governo a manutenção de recursos representa um entrave para nova política fiscal”, argumentou Danilo. O parlamentar destacou que, desde dezembro de 2016, a educação brasileira tem convivido com uma redução drástica de recursos. “Segundo estudo produzido pela Consultoria dessa Casa, somente de 2016 para 2017 as despesas primárias totais do Governo Federal com educação foram reduzidas em R$ 4,2 bilhões. Em áreas como educação profissional e educação básica vimos os recursos reduzidos em níveis preocupantes, em 10,5% e 11,4% respectivamente”, destacou.

De acordo com Danilo, a moção tem como foco central a retirada dos patamares mínimos de investimentos na saúde e na educação, que, na visão do atual governo, representam um entrave para nova política fiscal. Segundo o parlamentar, o governo do presidente Michel Temer já reduziu o orçamento de programas importantes, como de assistência estudantil das universidades, do Fies, do Ciência sem Fronteiras. “Os cortes na área de pesquisa do Brasil representam mais um golpe contra a educação pública brasileira. A emenda do Teto dos Gastos já gerou efeitos devastadores para a educação. A nossa proposta busca construir a defesa da preservação do orçamento do setor”, explica.

Dois dispositivos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2019 podem ser alvo de veto do presidente Temer por sugestão de sua equipe econômica. Um deles estabelece a correção inflacionária do orçamento do setor. Ou seja, defende a manutenção do orçamento da educação em 2019 com correção no IPCA, garantindo R$ 5 bilhões mais para o setor. O outro artigo que pode ser vetado, de autoria de Danilo Cabral, assegura às universidades terem receitas próprias sem a obrigação de devolução ao Tesouro.


Danilo apresentou também requerimento de convocação do Ministro do Planejamento, Esteves Colnago, para comparecer à Comissão de Educação para explicar a sugestão de vetos a matérias de interesse para educação na LDO. O requerimento foi alterado para convite, visto que o ministro se comprometeu em participar da próxima reunião da Comissão, na terça-feira (14). “O papel da nossa comissão é acompanhar todos esses cortes, e é isso que estamos fazendo. Nós queremos sim a presença do Ministro do Planejamento para esclarecer tudo isso e dizer o que, de fato, está acontecendo e o que será feito para preservar o orçamento da educação”, finalizou Danilo Cabral.

Os “chapados” do privilégio

POR FERNANDO BRITO ·Do TIJOLAÇO

Sem demagogia, acredito que, meio de “cara feia”, o povo brasileiro aceitaria que os membros de sua Corte Suprema ganhassem perto de R$ 40 mil por mês.

Afinal, são apenas 11 e deveriam representar a última e mais firme linha de defesa dos direitos dos cidadãos brasileiros.

Mas a decisão de colocar no Orçamento o reajuste geral para o Judiciário Federal e, por cambalhotas que só para os juízes valem, também os estaduais já põe lá no teto uma multidão de quase 20 mil togados.

Só da Justiça Federal, a conta do aumento vai a R$ 717 milhões.

Agora some aí mais outro tanto de promotores de Justiça, procuradores e, de carona, deputados federais e estaduais, senadores, fiscais disso e daquilo e uma legião de dezenas de milhares que só limita seus vencimentos pelo teto.

Ou, como se lê nos noticiários, nem isso, porque contam-se aos milhares os “fura-teto”, e a conta vai para alguns bilhões por ano.

Estes mesmos senhores não se pejam de achar legal e constitucional cortarem-se as verbas da Saúde, da Educação.

Um dos ministros chegou a dizer que as pensionistas de juízes vivem “na penúria”.

Estes senhores acaso tem ideia do que seja penúria?

Pior que isso é que não se tomam as providências para criar uma hierarquia remuneratória, que desse limites razoáveis para os diversos graus de jurisdição e para as carreiras conexas ao judiciário.

Nem mesmo uma reação moral absolutamente necessária ao pagamento de auxílio-moradia a quem tem belas casas e apartamentos próprios no local onde trabalha se faz, quatro anos depois de ser concedida indiscriminadamente.

Neste caso, claro, a imoralidade e a ilegalidade não são “chapadas” como diz o topetudo Luiz Fux.

Dizem que depende do Congresso votar e do Presidente não vetar.

A esta altura, que deputado, senador ou presidente vai encarar a turma do “prende e arrebenta” judicial?

Estes senhores e senhoras togados, que se arvoraram em “moralizadores do Brasil” exibem, despudoradamente, os pés de pavão do seu udenismo.

Ao menos, porém esclarecem o povo brasileiro que se impõe uma reforma num sistema de Justiça que só é generoso para si mesmo.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Lula soberano. É ele mesmo

Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo

O formato do programa eleitoral do PT, que irá ao ar a partir do dia 31, já gera divergências no partido. O grupo que resistia à indicação de Fernando Haddad como vice acha que as primeiras propagandas devem mostrar exclusivamente a imagem de Lula.

Só assim, argumentam os favoráveis à tese, a legenda evitará que a candidatura do ex-presidente seja esvaziada antes da hora —ou seja, antes de setembro, prazo final para a substituição dele na cabeça da chapa.
Mesmo sem a participação de Lula no debate, a TV Bandeirantes deu ao PT sete credenciais para que convidados do partido ocupem lugares na plateia.
E Haddad, que pretendia participar do debate, foi convidado para dar entrevista ao programa “Canal Livre”, da Band, no dia 19. Ele já tinha sido chamado por coordenar o programa do petista.
A confirmação da chapa Haddad-Manuela D’Ávila (PCdoB) gerou preocupação no PSOL. Os dois teriam boa inserção no eleitorado jovem, universitário e de esquerda —justamente o campo em que o presidenciável do partido, Guilherme Boulos, poderia crescer.

Eles não tiram Lula das cabeças

POR FERNANDO BRITO ·no TIJOLAÇO

Geraldo Alckmin quer empurrar Michel Temer para cima de Lula, mesmo tendo quase todo o governo Temer dentro de sua chapa.

Henrique Meirelles vai cantar seus triunfos como presidente do BC no Governo Lula.

Luiz Fux, Cármem Lúcia e Edson Fachin só pensam em como “detonar” Lula.

Ciro Gomes só fala no Lula.

Os articulistas de jornal e de TV discorrem, todos os dias, sobre o absurdo que é Lula se manter candidato.

Até o PSOL, cujo candidato Guilherme Boulos apóia – in pectore – Lula, está preocupado que a dupla Haddad-Manuela encarne Lula para a juventude.

Para quem está retido em uma cela fria na fria Curitiba, Lula anda quente.

Uma batata-quente, problemão para os “gênios” que caçaram o que podiam e o que não podiam para cassá-lo.

Quase o culpam por estar preso, dizendo que esta é uma estratégia para “vitimizar-se”.

Se Lula não é vítima, falta apenas dizer que é o algoz e que foi ele que “mandou se prender”.

Vejam como a força da verdade é quem molda a realidade.

Todos eles sabem que Lula, solto, os derrotaria, mesmo com toda a “Guerra do Iraque” que lhe moveram.

E não têm certeza de que, preso, Lula não os vá vencer.

Por isso, por medo e por culpa, não tiram Lula da cabeça.

Por motivos opostos às dezenas de milhões de brasileiros que não tiram Lula das suas cabeças.

Não como um problema, mas como uma solução.

Há um terror e uma esperança neste país: é Lula na cabeça.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Haddad e a sina do segundo poste


Bernardo Mello Franco – O Globo
“Eu sou o segundo poste do Lula. Tão sabendo disso, né?”. Ao comemorar a eleição para a Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad ironizou quem duvidara do seu potencial. Seis anos e uma derrota depois, ele tentará repetir a proeza na corrida ao Planalto.
Desta vez, a tarefa promete ser mais difícil. Em 2012, Lula estava livre para comandar a campanha do afilhado. Agora só deverá aparecer em imagens de arquivo, gravadas antes de sua prisão. Haddad também perdeu a aura de novidade. Além disso, terá que explicar por que os paulistanos reprovaram seu desempenho. Ele tentou a reeleição, mas foi atropelado por João Doria no primeiro turno.
Quem entende de pesquisas diz que o petista tem boas chances de chegar lá. Apesar de aparecer com apenas 1% das intenções de voto, ele deve herdar grande parte do espólio de Lula. No último Datafolha, 30% dos brasileiros afirmaram que votariam “com certeza” no candidato apoiado pelo ex-presidente. Outros 17% responderam que “talvez” escolham o poste.
O primeiro desafio de Haddad é se tornar conhecido fora de São Paulo. Ele precisará ganhar terreno no Nordeste, onde Lula lidera com 49%. Lá seu adversário direto é Ciro Gomes. Ex-governador do Ceará, o pedetista apostava na região para se tornar competitivo. O acordo dos petistas com PSB e PCdoB tende a esvaziá-lo. Ciro já acusou o golpe, ao reclamar que levou uma “punhalada nas costas”.
Haddad também terá trabalho para seduzir os próprios aliados. Boa parte do PT preferia Jaques Wagner, que é mais identificado com as bases do partido. O professor universitário não tem a mesma capacidade de mobilização. À frente da maior cidade do país, foi acusado de dedicar mais tempo à intelectualidade uspiana do que aos eleitores da periferia.
Para um ex-ministro de Lula, o novo presidenciável terá que mudar o estilo na campanha. “O Haddad é ótimo para defender o nosso projeto, mas tem muita dificuldade na ligação com o povo”, define. Sem driblar essa limitação, ele diz que será quase impossível erguer o segundo poste.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Marisa Letícia: delegados da Lava Jato ouvidos

Divulgação de conversas da ex-primeira-dama

Ação movida por família de Lula pede que a União pague indenização por danos morais

Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo
A União pediu que alguns dos principais delegados da Operação Lava Jato sejam ouvidos em ação movida pela família de Lula pelo fato de conversas pessoais de Marisa Letícia, morta em 2017, terem sido gravadas e divulgadas.
A Justiça concordou com o pedido e determinou a intimação de Igor Romário de Paula, Luciano Flores e Márcio Adriano Anselmo.
A lei das interceptações diz que diálogos que não interessem às investigações devem não apenas ser mantidos em sigilo, mas destruídos. A família pede que a União pague indenização por danos morais.

Maurício Rands disputará o governo do Estado

Candidato ao Palácio do Campo das Princesas pelo PDT, PROS e Avante teve seu nome oficializado, juntamente com o de Isabella de Roldão para vice.

Do Diario de Pernambuco
O nome de Maurício Rands (PROS) foi lançado ontem à noite como candidato a governador por uma coligação liderada por PDT, PROS e Avante. As articulações para a formação do grupo surgiram a partir dos últimos acontecimentos, com a retirada pelo PT da candidatura de Marília Arraes. 

A chapa majoritária terá a ex-vereadora do Recife Isabella de Roldão (PDT) como vice e Silvio Costa (Avante) em uma das duas vagas para o Senado. O segundo nome ainda depende de articulações entre os apoiadores da coligação para ser definido.  O grupo se apresenta como uma “terceira via” - uma alternativa à polarização das eleições no estado, que estará dividida entre o palanque do governador Paulo Câmara (PSB), que tenta a reeleição,  e do senador e candidato pelo PTB, Armando Monteiro Neto.  
“Este esforço que nós estamos fazendo é para promover uma alternativa  a Pernambuco, que estava diante de duas grandes rejeições”, disse Maurício, ao discursar à noite, na convenção do PROS.
Advogado, ex-deputado federal e atualmente exercendo o cargo de secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, que vai deixar para disputar as eleições, Maurício disse que estava saindo de uma “zona de conforto” para incorporar-se a uma luta em busca da reconexão do cidadão com a política. “O desencanto com a política chegou ao fundo do poço, mas agora está renascendo a esperança das pessoas com uma nova forma de fazer política”.