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sábado, 4 de agosto de 2018

Heróis com o couro alheio



POR FERNANDO BRITO ·no Blog TIJOLAÇO


Não estamos a 62 dias de uma eleição democrática, estamos a 62 dias de uma imensa crise institucional.

Fossemos viver, dia 7 de outubro, um alegre domingo onde, reunidos num parque, iríamos escolher o melhor entre nós para liderar o país na primavera, bem, estou de acordo que poderíamos estar discutindo personalidades, métodos partidários, renovação política e outras questões que têm seu mérito inegável.

Parece óbvio, porém, que não estamos.

Estamos a um passo de assistir um retrocesso como não se vê há 40 anos neste país e, talvez por este afastamento geracional não seja percebido em toda a sua dramaticidade.

Existem, porém, evidências de que estamos nesta iminência.

Como antes com os militares, um corporação – a judicial – assumiu a tutela do país.

À sua sombra, pretendem transformar a eleição presidencial em mera formalização de uma escolha de governantes que, de outra forma, jamais seriam os escolhidos pelo povo brasileiro. Geraldo Alckmin e Jair Bolsonaro são tão pouco representativos da vontade popular que só podem vencer pela fraude judicial que o processo eleitoral se tornou.

Mesmo nela, a toda hora – como se vê agora, na ameaça de “inovação” nas regras de registro de candidaturas – precisam de chicanas jurídicas para reeditar, quase 70 anos depois, o sr. Carlos Lacerda: “O Sr. Getúlio Vargas, não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar.”

Não, senhores e senhoras, esta não é uma disputa florida e intelectual entre candidatos a presidente, é uma guerra contra o mergulho definitivo na barbárie social e política, no saque colonial e na fragmentação da unidade nacional.

Não se iludam de que haverá um governo conservador na economia, mas algo liberal na política e nas liberdades públicas: o modelo selvagem que desejam para o Brasil é incompatível com a democracia e estamos assistindo a isso, na prática. Com a “legitimação eleitoral” que, ao menos, falta até agora, aí é que veremos os arreganhos.

A liquidação do país é incompatível com a manutenção de um ambiente democrático.

Fiquem os que quiserem com seus purismos algo religiosos. Este humilde escriba, aqui, porém, não quer ser herói ou santo à custa do lombo do povo brasileiro. Não quer chegar ao final das eleições “limpinho e cheiroso” dizendo que “não tem nada com isso” e que “não votou no Aécio”.

A história é impiedosa com quem vacila nos momentos decisivos e temos aí, diante de nós, a figura deplorável de Marina Silva, prestando-se a iludir simplórios com seu ar sofrido, mas vivendo de servir ao que há de mais reacionário em nossa sociedade. Não faz muitos anos, gente de boa-fé pedia que se a poupasse de críticas, pois, afinal, ela estaria no “campo popular”. Bem vimos onde está…

Felizmente, parece que estamos assistindo a uma confluência, ainda que aos trancos e barrancos, das forças democráticas do país.

Lideranças com capacidade transformadora levam décadas para serem construídas, num processo de erros e acertos, de desvios e correções de rumo, só possível quando se tem uma ligação atávica com o povo brasileiro para servir de Norte, de bússola. Quando é só teoria ou suposta ideologia, o dito cujo acaba por ir-se embora servir aos senhores, como foi Fernando Henrique, o cortesão.

Temos uma – e que uma! Quem suportou e suporta o martírio de Curitiba, maior que o exílio de Vargas em São Borja, tem ombros para carregar o renascimento deste país.

Os outros, que ainda não se testaram em combate, são importantíssimos e merecem todo o respeito.

Mas numa guerra como esta em que estamos, desculpem-me, o comando não pode ser exercido em assembléia. Porque a batalha não pode ser perdida, a menos que queiramos lançar o Brasil e os brasileiros numa terra arrasada.

Marta desce do palco da pior forma: sem votos


Josias de Souza

Marta Suplicy anunciou três decisões nesta sexta-feira: 1) Não será candidata a vice na chapa presidencial de Henrique ‘1%’ Meirelles; 2) Não disputará a reeleição para o Senado; 3) Desfiliou-se do MDB. Marta divulgou uma “carta aos paulistas”. Nela, criticou os partidos políticos, condenou o toma lá dá cá que rege a ocupação predatória de cargos no Executivo e atacou o conservadorismo do Congresso na área dos costumes.
Quem lê a carta de Marta, fica com a impressão de que a autora desejou fazer uma pose de navio que abandona os ratos. Mas a verdade é que Marta não abandonou, foi abandonada… pelo eleitor.
Marta exerceu na plenitude a prerrogativa de escolher o seu próprio caminho rumo ao ocaso. Numa entrevista concedida em janeiro de 2015, a então senadora do PT declarou: “Cada vez que abro um jornal, fico mais estarrecida com os desmandos do que no dia anterior. É esse o partido que ajudei a criar e fundar?”.
Dez anos depois do estouro do mensalão, com o petrolão a pino, Marta se dava conta de que aquele PT que ajudara a criar convertera-se numa máquina arrecadadora de dinheiro sujo. Pois bem. O que fez Marta?
Oito meses depois da caída em si, a senadora filiou-se ao (P)MDB —um partido que deseja “livrar o Brasil da corrupção e da mentira”, discursou Marta na cerimônia organizada para recepcioná-la. Prestigiaram o ato, entre outras figuras tóxicas, Eduardo Cunha, Renan Calheiros e Michel Temer.
Cunha, Renan e Temer já não eram bons exemplos. Mas eram ótimos avisos. “A gente quer um Brasil livre da corrupção e das mentiras, livre daqueles que usam a política como meio de obter vantagens pessoais”, Marta insistiu. “Afinal, eu estou no PMDB do doutor Ulysses…”
Marta fingia não notar. Mas o PMDB de Ulysses Guimarães morrera afogado nas águas frias de Angra dos Reis em outubro de 1992. E seus restos mortais jamais foram localizados.
Considerando-se todas as circunstâncias, não é tão difícil de entender por que Marta Suplicy optou por descer do palco congressual. A carta da senadora, com seus oito parágrafos, é apenas um caminho muito longo para dizer algo que poderia ser resumido em duas palavras: ''Faltam-me votos''. E não se pode culpar o eleitor por sinalizar nas pesquisas a intenção de aposentar Marta do Senado.

Ibope: Lula lidera em São Paulo


Levantamento feito pelo Ibope e divulgado nesta noite mostra que o ex-presidente Luiz Inácio ula da Silva lidera a preferência dos eleitores do estado de São Paulo para as eleições de outubro. 

Segundo o Ibope, Lula tem 23% dos votos, seguido por Jair Bolsonaro (PSL), com 18%, Geraldo Alckmin (PSDB), que obteve 15%, Marina Silva (REDE), com 8%, Ciro Gomes (PDT), com 4%, e Alvaro Dias (PODE), com 3%.
Com 1% das intenções de voto aparecem os candidatos Henrique Meirelles (MDB), João Amôedo (NOVO), Levy Fidelix (PRTB), Manuela D'Ávila (PCdoB) e Vera Lúcia (PSTU). Eymael (DC), Guilherme Boulos (PSOL), João Goulart Filho (PPL) e Paulo Rabello de Castro (PSC) não pontuaram. Brancos e nulos somam 18%. Não sabem ou não responderam são 6%.

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Pernambuco, aliança do PT com PSB só serve a Câmara

Geraldo Seabra - Blog Os Divergentes
O acordo firmado na quarta-feira (01) pelos diretórios nacionais do PT e do PSB, pela neutralidade do PSB na eleição presidencial mas ao custo da retirada da candidatura da vereadora recifense Marília Arraes ao Governo de Pernambuco, só tem um vitorioso: o governador Paulo Câmara, que contará com os votos dos eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para viabilizar a sua reeleição.

Mal posicionado nas pesquisas, Paulo Câmara nada acrescenta à candidatura do ex-presidente Lula ou do substituto que ele indicar, caso se confirme o seu impedimento para participar do pleito. Enquanto isso, o pré-candidato do PT tem a preferência de mais de 60% do eleitorado pernambucano, votos mais do que suficientes para eleger a candidata do partido ao governo estadual, o que ocorreria pela primeira vez.
Tão forte é a presença de Lula em Pernambuco, seu estado natal, que o outro adversário de Paulo Câmara ao governo, o senador Armando Monteiro Neto (PTB), ministro da Indústria e Comércio Exterior da presidenta Dilma Rousseff,  que tem na sua aliança dois ex-ministros do presidente Michel Temer (MDB) como candidatos ao Senado, os deputados Mendonça Filho (DEM) e  Bruno Araújo (PSDB), dividirá seu palanque entre as candidaturas de Geraldo Alckmin (PSDB+Centrão) com a do PT.
Pelos votos de Lula em Pernambuco, a candidatura do ex-presidente ou do seu possível “poste” pode ganhar ainda o apoio do senador Fernando Bezerra (MDB), que tem grande poder de fogo no sertão (seu filho Miguel Coelho é prefeito de Petrolina). Bezerra e toda a sua família fazem oposição a Paulo Câmara, que lhe excluiu seu grupo político da composição do governo estadual, além de disputar na justiça o comando do MDB de Pernambuco como deputado Jarbas Vasconcelos e o vice-governador Raul Henry.
Derrotado nas últimas eleições para a Prefeitura do Recife exatamente pelo PSB do governador Paulo Câmara e do prefeito Geraldo Júlio, em 2014 o PT de Pernambuco também não conseguiu eleger nenhum deputado federal. O representante do partido no Congresso é o senador Humberto Costa, que também se beneficia da retirada da candidatura de Marília Arraes para fazer dobradinha com Jarbas para tentar a sua reeleição para o Senado. Na chapa de Marília, o candidato do Senado era o deputado Silvio Costa (Avante), fiel escudeiro de Lula e Dilma.
Já Paulo Câmara, que na eleição de 2014 apoiou no segundo turno a candidatura derrotada do senador Aécio Neves (PSDB), também capitaneou dois anos depois os votos dos PSB na Câmara dos Deputados pelo impeachment da então presidenta Dilma Rousseff. Além disso, tem em sua chapa como candidato a senador o deputado Jarbas Vasconcelos (MDB), adversário histórico do PT e crítico intolerante de Lula. Jarbas, que também é adversário de Temer, alinhou-se à candidatura de Geraldo Alckmin. Assim, como no palanque do PTB, o do PSB de Paulo Câmara também será dividido entre as candidaturas do PSDB e do PT.

Alckmin: não a universidade pública gratuita se eleito

Em sabatina, tucano afirmou que não descarta a possibilidade de cobrar mensalidades de alunos mais ricos
O Globo

O candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, afirmou que não descarta a possibilidade de acabar com a total gratuitade nas universidades públicasEm sabatina promovida pela Globonews nessa quinta-feira, o tucano disse que a questão, em especial a alternativa de cobrar mensalidade de alunos mais ricos, está sendo estudada por sua equipe. Ele ainda defendeu a cobrança nos cursos de pós graduação.
— O primeiro caminho é cobrar a pós-graduação, a não ser para quem precise de bolsa. O Brasil não investe pouco, é 6% do PIB em educação, o que precisa é ter uma melhor gestão. Pode ser discutido o pagamento por alunos mais ricos. Não temos nada fechado sobre isso, há um grupo estudando essa questão, você pode estabelecer uma faixa de alunos mais ricos que paguem mensalidade. Acho que é um tema a ser aprofundado, não descarto não — explicou Alckmin.
Na sabatina, a jornalista Miriam Leitão lembrou que São Paulo, apesar de liderar o IDEB, não alcançou as metas estabelecidas pelo Ministério da Educação.

Troco: PDT ameaça lançar adversários do PSB

Partido de Ciro Gomes discute candidatos a governador em Pernambuco, São Paulo e Paraíba

Gustavo Uribe – Folha de S.Paulo

Em uma retaliação, o PDT de Ciro Gomes ameaça romper acordos regionais e lançar candidaturas próprias ao governo estadual que rivalizem com as do PSB.
O partido considera oficializar candidatos em Pernambuco, São Paulo e Paraíba. Os três estados foram os principais articuladores da decisão do PSB de declarar neutralidade na disputa presidencial deste ano.
"Eu defendo que sejam lançadas candidaturas onde for possível para garantir palanques estaduais para o Ciro Gomes", afirma o líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE).
No domingo (5), em um acordo nacional com o PT, o PSB não apoiará nenhuma candidatura presidencial. A decisão foi tomada após pressão dos governadores Paulo Câmara (Pernambuco) e Ricardo Coutinho (Paraíba).
Os dois queriam ficar livres para apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em São Paulo, o governador Márcio França pretendia abrir o palanque a Geraldo Alckmin, do PSDB.
Em resposta, na Paraíba, o PDT pretende confirmar no domingo (5) a candidatura da vice-governadora da Lígia Feliciano. Em troca do apoio do PSB, a ideia inicial era apoiar João Azevedo, candidato do atual governador.
Em Pernambuco, o PDT avalia o lançamento de Túlio Gadelha, filiado ao partido e conhecido por ser namorado da apresentadora Fátima Bernardes, da Globo.
Já em São Paulo, a sigla que ficaria com a vaga de vice-governador do PSB agora pretende ter candidatura própria. Os nomes considerados são dos ex-prefeitos de Osasco, Jorge Lapas, e de Suzano, Marcelo Candido.
Para evitar o isolamento na disputa presidencial, o PDT deu início a negociações com o Avante e o PMN após ser recusado pelo PSB e pelos partidos do chamado centrão.
Para a vaga de vice-presidente de Ciro, são cotados a senadora Kátia Abreu e Juliana Brizola, ambas do PDT, e o deputado federal Sílvio Costa, caso consigam o apoio do Avante.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Rejeição a Bolsonaro vai a 76% entre eleitores que o conhecem, diz DataPoder360


A taxa de rejeição cai para 55% no grupo de eleitores que afirmam conhecer Bolsonaro apenas “de ouvir falar”. Despenca para 33% entre os que não sabem quem ele é.

Essa combinação de percepções pode ser usada durante o período de propaganda eleitoral na TV e no rádio, quando Bolsonaro será exposto pelos adversários em comerciais ao longo de muitas semanas.

Com Ciro Gomes ocorre fenômeno parecido ao de Bolsonaro. Quanto mais os eleitores dizem conhecer o candidato do PDT a presidente, mais aumenta sua rejeição –no caso, de 63%.

Com os demais candidatos na corrida pelo Planalto, segundo o DataPoder360, dá-se o oposto do que se passa com Bolsonaro e Ciro: quanto mais as pessoas os conhecem, menor tende a ser a rejeição.

O levantamento do DataPoder360, divisão de pesquisas do portal Poder360, realizou 3.000 entrevistas por meio de telefones fixos e celulares de 25 a 28 de julho. Foram atingidas 182 cidades em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O registro do estudo no TSE é BR-09828/2018.

Agora para valer

A sucessão presidencial não recebe, a dois meses das urnas, a atenção dos eleitores

Janio de Freitas – Folha de S.Paulo

Nesta semana começa o processo formal das eleições, mas a sucessão presidencial que enche jornais e tempo de TV não recebe, a dois meses das urnas, a atenção dos eleitores. É raro constatar ou saber que o tema eleitoral motivou uma conversa. Bolsonaro está em evidência, sim: como pessoa, pela mentalidade tacanha, pela ignorância patética, às quais não faltam repúdio nem acompanhantes.
A nova etapa da sucessão começa com as convenções que, ontem, oficializaram a candidatura de Manuela D’Ávila pelo PC do B e seguem até domingo com a esperada aprovação de mais oito candidatos.
A primeira delas hoje mesmo, na convenção do MDB em Brasília, com todos os sinais de ser uma aprovação em que não se deve crer. A insistência de Henrique Meirelles dobrou o partido para aceitá-lo, não para assegurá-lo de apoio junto às bases partidárias. O ex-ministro da Fazenda acredita na força dos recursos financeiros, dezenas de milhões do próprio bolso, e da força de tal arma ninguém deve duvidar. Apesar disso, outros candidatos já contam com a colaboração de emedebistas, clandestina ou nem tanto.
Em menor proporção, o mesmo problema acomete a candidatura de Geraldo Alckmin, a ser consagrada, sábado, na convenção do PSDB em Brasília. Não há dúvida de que, se não começar em breve a prometida melhoria nas pesquisas, Alckmin perderá a fidelidade de bolsões do centrão recém-conquistado. E do MDB que Michel Temer ainda controla, com o improvável Meirelles só para os ingênuos.
Ainda no sábado, Álvaro Dias será oficializado pelo Podemos, uma candidatura que tem condições de aparecer, mesmo com as dificuldades do partido para o jogo maior. A Rede faz o mesmo com sua criadora, Marina Silva, e o Novo, com João Amoêdo. No domingo, o PRTB faz o de sempre com o Levy Fidelix, e o PPL terá João Vicente Goulart.
O caso especial será a convenção do PT, no sábado em São Paulo: apesar de tudo, o lançamento da candidatura de Lula. O que resultará daí não pode passar, por ora, de especulação barata. Certa é a complexidade da situação em que o candidato com farta maioria no eleitorado está sob risco de não ser registrado pela Justiça Eleitoral, no regime de democracia em que, como princípio, a preferência da maioria prevalece.
Às convenções seguem-se os registros. E a complexidade sai das hipóteses para a inquietante vida da realidade.

Marília resiste: diz que não sobe em palanque do PSB

'Não há condições de subir no palanque com PSB", dispara Marília Arraes
Nesta quinta-feira, o Encontro Estadual do PT, no Recife Plaza Hotel, deve definir o rumo do partido nas eleições
Do Diario de Pernambuco

Após a Comissão Executiva Nacional do PT emitir uma nota confirmando o apoio do partido ao PSB, a vereadora e pré-candidata ao governo de Pernambuco, Marília Arraes deu uma entrevista coletiva na noite desta quarta-feira (1), na sede da CUT, no bairro da Boa Vista. A petista afirma que o posicionamento é contrário às estratégias que já haviam sido conversadas internamente e dispara: “não há condições de subir no palanque com o PSB”. 

"Há um ano, o Diretório Estadual definiu que o PT teria candidatura própria. Politicamente, nada mudou. Temos aqui em Pernambuco um governo ruim, um governador extremamente desgastado [...] o que reflete diretamente na gestão”. No que diz respeito à pré-candidatura consolidada, Marília salienta que o projeto ganhou apoio da população e tomou “corpo grande”. “Conseguimos fazer a defesa do presidente Lula, principalmente com a capilaridade que nos apoiou dos sindicatos. [...] Isso assustou nossos adversários que, hoje, estão tentando se manter a todo custo no poder”. 

Questionada sobre a possibilidade de se candidatar a deputada federal, a vereadora frisa que não tem direito de trabalhar com plano b e diz estar muito segura em manter sua candidatura ao governo do estado. 
Aliada a Marília, a deputada estadual Teresa Leitão (PT) ressalta que a Executiva é a instância decisória inferior do PT e que é preciso “agir e resistir”. “Amanhã [nesta quinta-feira] temos o encontro de Pernambuco e não pode ser desconvocado. Se for desconvocado, pode ser caracterizado como golpe.” A deputada ainda revela que está protocolado um recurso no Diretório Nacional para que a questão seja melhor analisada. 
Sobre o argumento utilizado pela Executiva Nacional de priorizar à candidatura de Lula à Presidência da República, Teresa explica que a candidatura de Marília não está isolada e já alcançou 67% de intenções de voto em Pernambuco. “É o PSB neutralizado que vai apoiar Lula em Pernambuco ou Lula que vai dar suporte a uma candidatura deficitária como a de Paulo Câmara?”, dispara Teresa. “A gente não pode se submeter à democracia”. 

Encontro estadual do PT hoje pode mudar diretriz nacional

Nesta quinta-feira (2), o encontro estadual do PT, no Recife Plaza Hotel, pode mudar a diretriz nacional do partido. Aproximadamente 300 delegados vão estar reunidos e, em tese, o que for estabelecido por maioria simples definirá o rumo do PT nas eleições estaduais.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Vice-prefeito de Carpina declara apoio a Marília Arraes


Filiado ao Solidariedade, o vice-prefeito de Carpina, Marcelo Pascoal, declarou apoio a pré-candidatura da vereadora recifense Marília Arraes (PT), ao Palácio do Campos das Princesas.

Os políticos se encontraram, na tarde de hoje, no escritório político da vereadora, em Recife. "Marília é o que realmente representa a mudança para o nosso estado. O povo pernambucano já cansou desse governo que aí está, que dura 12 anos, e estagnou o estado de Pernambuco. Vamos levar ao povo da Mata Norte que Marília é a candidata de Lula, é a candidata do povo", disse Pascoal.

Para o Senado, Dilma em 1º em Minas

Em Minas Gerais, na disputa pelas cadeiras do Senado, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) lidera pesquisa estimulada da CNT/MDA divulgada nesta terça, 31. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) vem em seguida:

Dilma Rousseff (PT): 21,5%
Aécio Neves (PSDB): 15%
Mauro Tramonte (PRB): 10,6%
Josué Gomes (PR): 10,4%
Carlos Viana (PHS): 7,7%
A pesquisa foi realizada entre 26 e 29 de julho, com 2.002 pessoas em 69 municípios mineiros sob o registro no TSE de número MG-04357/2018.

Paulo Câmara é recebido com carinho pelo povo do Cabo

Durante lançamento da pré-candidatura de Fabíola Cabral, governador foi recebido com carinho e reafirmou compromisso com o desenvolvimento do município.
Foto: Douglas Fagner
Na noite desta terça-feira (31), cerca de duas mil pessoas se reuniram no Cabo de Santo Agostinho e reafirmaram o compromisso com o atual projeto político encabeçado pelo governador Paulo Câmara (PSB). Pré-candidato à reeleição, o socialista foi recebido com o carinho da população. Ele falou da importância da unidade do time para a garantia de conquistas no plano estadual e para a retomada do crescimento econômica do Brasil. O evento marcou o lançamento da pré-candidatura a deputada estadual de Fabíola Cabral (PP).

Ao público do Cabo, Paulo Câmara destacou que condena a administração do presidente Michel Temer e criticou o tratamento dado ao Nordeste pela gestão federal. O líder socialista fez questão de lembrar a importância de parcerias, como as feitas pelo ex-presidente Lula durante o seu governo na Presidência da República.
“Tive oportunidade, nos meus 25 anos como servidor público, de ter tido a honra de trabalhar durante oito anos com Eduardo Campos. Ele como governador e eu, secretário. Naquela oportunidade, parcerias importantes com o presidente Lula foram feitas, que trouxeram tantos investimentos para Pernambuco, que mudou a cara do Estado. Muito diferente desse desgoverno comandado por Temer e sua turma, que são sócios do atraso”, afirmou Paulo.
O socialista também destacou todo o esforço para fazer Pernambuco continuar de pé num cenário de tantas dificuldades e reafirmou o compromisso com a população. Ele citou os investimentos na saúde, na educação e na segurança pública, além da atração de novos investimentos.
Prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), lembrou que Paulo Câmara foi indicado para dar continuidade ao trabalho do ex-governador Eduardo Campos porque é o melhor quadro para Pernambuco. “Se Eduardo indicou Paulo Câmara é porque tinha certeza que ele daria continuidade a esse projeto. Numa crise econômica difícil, ele teve a competência de fazer tantas coisas. Se Lula for candidato, fique certo de que vou sair de casa com o maior prazer e vamos arregaçar as mangas. E se não der, vamos do mesmo jeito para garantir que Pernambuco não saia do trilho do desenvolvimento”, discursou Lula Cabral.
Participaram do lançamento da pré-candidatura de Fabíola Cabral o deputado federal Eduardo da Fonte (PP), o deputado estadual Cleiton Collins (PP), os vereadores do Cabo Anderson Bocão (PSB), Gessé Valério (PR), Cianinho (PMN), Neto da Farmácia (PDT), Ronaldo Santos (PTB), Irmã Dudinha (PSC), Amaro do Sindicato (PRP) e Jeferson Marcos (PCdoB), além dos vereadores Leonardo Barbosa (SD), de São Lourenço da Mata, Ray do Quilombo (PSL), de Palmares, e Dr. Tadeu (PSD), os suplentes  Vado Jogador (PR) e Sargento Sampaio (PR), de Jaboatão dos Guararapes.

Bolsonaro no Roda Viva: falas serão anexadas a processo

Defesa de Maria do Rosário vai anexar a processo falas de Bolsonaro no Roda Viva.

Folha de S. Paulo – Coluna Painel

Por Daniela Lima


Os advogados de Maria do Rosário (PT-RS) vão anexar ao processo que ela move contra Bolsonaro no STF as falas do deputado no Roda Viva. A defesa da petista diz que o presidenciável  repetiu no programa o argumento que dá base à queixa-crime, afirmando que Rosário não merecia ser estuprada.
Bolsonaro responde por incitação a estupro na ação movida por RosárioA petista foi a Justiça depois de o deputado dizer, em 2014, que não a estupraria porque “ela não merece”, enquanto rebatia discurso feito por ela no plenário da Câmara. Na ocasião, a parlamentar  fez uma defesa da Comissão da Verdade e das investigações dos crimes da ditadura militar.

terça-feira, 31 de julho de 2018

São Bento do Una: Quadrilha assaltam bancos e aterrorizam cidade

A cidade de São Bento do Una no Agreste de Pernambuco, esta sendo vitima de assaltantes que invadiram a cidade, na ação assaltaram vários bancos, trocaram tiros com a policia.
Fizeram algumas pessoas como reféns, ja são mais de 3 horas de terror na cidade.
Os bandidos tocaram fogo na delegacia de policia.
 A policia conseguiu prender alguns meliantes que se refugiaram com  2 reféns no Cartório da cidade.
Mais noticias a qualquer momento.

No Roda Viva, Bolsonaro se revelou um desqualificado — ou seja, exatamente o que seus eleitores querem

Por Kiko Nogueira no Blog DCM



Thaís Oyama resumiu o Roda Viva de Bolsonaro

Num dos momentos mais constrangedores de um Roda Viva constrangedor, Bernardo Mello Franco questionou Jair Bolsonaro sobre sua medíocre atividade parlamentar.


— Em 28 anos de congresso, o senhor só apresentou 170 e poucos projetos, disse Bernardo.

— Quinheiros e poucos, corrigiu o candidato.

— Não, foram 176 projetos.

— Tudo bem, 170 e poucos, encerrou o cidadão.

JB usa a mentira tanto quanto os políticos tradicionais que critica.

Ele foi o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro em 2014, com 464 mil votos.


Em seu sétimo mandato, Bolsonaro está na Câmara desde 1991. Quando chegou a Brasília, atendia aos interesses dos militares.

Mais recentemente, passou a incluir qualquer coisa em sua agenda, desde que renda assunto nas redes sociais entre seus seguidores de extrema direita.

Também anda se travestindo de “liberal” para ver se engana o “mercado”.

A tragédia da segurança pública no Rio de Janeiro é uma oportunidade excelente para saber: o que Jair fez pela segurança de sua terra? Quais suas propostas nesse sentido? Ao longo de mais de duas décadas, o que ele conseguiu implementar para tornar o cotidiano do carioca menos apavorante?

Resposta: nada.

Jair é um fanfarrão especializado em tagarelar e angariar apoio e eventual adoração de otários fascistoides com soluções incríveis como castração química de estupradores, pena de morte, fim das cotas e distribuição de armas para a população.

Volta e meia põe um nióbio ou um grafeno no meio. Na hora de legislar, de trabalhar, um fiasco.

Desde 1991, Jair apresentou 171 projetos de lei, de lei complementar, de decreto de legislativo e propostas de emenda à Constituição (PECs). O número é auto explicativo.

Apenas dois foram aprovados: o benefício de isenção do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para bens de informática e a autorização para o uso da chamada “pílula do câncer”, a fosfoetanolamina sintética.

A primeira emenda de sua autoria, aprovada em 2015, determina a impressão de votos das urnas eletrônicas.

Ele se defende dizendo que “tão importante quanto apresentar propostas, é rejeitá-las”.

Assim tenta vender o peixe de que acabou com o “kit gay”, material didático contra a homofobia vetado na gestão de Dilma Rousseff, em 2011.

Bolsonaro é um populista desmiolado, limítrofe e despreparado.

Como seu eleitorado é feito de gente como ele, o que o sujeito precisa é apenas repetir a retórica do “bandido bom é bandido morto” e mais algumas patacoadas sobre a ditadura.

Não é necessário que ele trabalhe em Brasília pelo estado e a cidade que o elegeram. Basta vomitar ódio e ignorância por aí.

O Bolsonaro que emergiu do Roda Viva não é de extrema direita, mas de extrema burrice. E o brasileiro não terá um “posto Ipiranga” para recorrer.

Mais de 1,5 mil pessoas se reúnem para agradecer ações da gestão Paulo Câmara em Paulista



Pré-candidato à reeleição, o governador Paulo Câmara (PSB), foi recebido por mais de 1,5 mil pessoas na noite desta segunda-feira (30), no município do Paulista, durante o Prosa Política, encontro organizado pelo PSB para discutir as ações realizadas pelas gestões socialistas. Nem mesmo a chuva impediu a população de ir ao encontro do líder socialista para agradecer as ações desenvolvidas em prol da cidade. Cerca de 1,5 mil pessoas lotaram o Clube Eurídice, dando provas de que Pernambuco segue no caminho certo. Vários líderes políticos também participaram da atividade, como o presidente estadual do Solidariedade, deputado federal Augusto Coutinho, e a presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos.

Paulo Câmara agradeceu o apoio da população e garantiu que Pernambuco vai ser um dos primeiros estados a voltar a crescer com a retomada da economia, destacando ainda que condena a forma como o Brasil vem sendo governado. “Temos muito o que fazer em Pernambuco. Pernambuco não concorda com a forma como o Brasil está sendo administrado por Temer. Vamos ganhar para manter unidade, o povo trabalhando, para fazer que as coisas cheguem para os que mais precisam. Vamos ganhar porque temos um trabalho que não foi iniciado por Paulo, mas por Pelópidas Silveira, por Miguel Arraes, por Eduardo. E agora estamos trabalhando eu, Júnior Matuto, Geraldo Julio e tantos prefeitos pernambucanos. Quero dizer que a partir de agora a unidade é a palavra de força”, afirmou Paulo Câmara.

Após apresentar um balanço das ações do PSB na cidade, o prefeito Junior Matuto agradeceu todo apoio de Paulo Câmara a projetos importantes para Paulista, como a requalificação do Mercado de Paratibe, a duplicação da PE-01 e atração de novos empreendimentos para a cidade, como a instalação da fábrica da InBetta. “Tem muita gente que tem muitos interesses em jogo e que não dá atenção ao povo do Paulista, que está com ódio e ambição no coração, mas Paulo é diferente. É um homem limpo, de mãos limpas, que poderia ter jogado a toalha, mas não fez. Ele calçou as sandálias da humildade”, disse Júnior Matuto, que ainda afirmou que pretende contribuir com os 45 dias de campanha de Paulo Câmara, durante o processo eleitoral.

Também presente no encontro, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, destacou a responsabilidade de Paulo Câmara e frisou que o legado de Arraes e Eduardo não podem ser esquecidos. “No dia 05 de agosto (convenção estadual do PSB), Pernambuco vai dizer a Paulo: ‘a gente quer você de novo’. O serviço de Arraes, Eduardo e Paulo têm que continuar”, ponderou o socialista.

Além de Augusto Coutinho e Luciana Santos, também participaram do encontro os estaduais Laura Gomes (PSB) e Francismar Pontes (PSB), além dos pré-candidatos João Campos, Davi Muniz e Cal Volia. De Paulista, uma ampla frente de vereadores esteve presente. Entre eles, Robertinho (PCdoB), Edinho (PCdoB), Camelo (PV), Irmã Iolanda (PSB), Fábio Barros (PSB), Evanil Belém (PSB), Augusto Costa (PMDB), Eudes Farias (PSDC), Marcio Freire (PV), Fabiano Paz (PSB), Nildo Soldado (PSB), Edimilson do Pagode (PSD), Carlos Francisco (PSDC), Pedro Marinho (PSL), Vinicius Campos (SD).

Planos de saúde: ANS derruba 40% de coparticipação

ANS revoga resolução sobre franquia e coparticipação. Agência deve fazer nova audiência pública sobre o tema.

Nova resolução sobre franquia e coparticipação é revogada pela ANS - Custódio Coimbra / Custódio Coimbra
O Globo

Por Luciana Casemro

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu nesta segunda-feira a resolução que alterava as regras de cobrança de exames e consultas médicas em planos de coparticipação e franquia. A norma havia sido aprovada em junho e previa que operadoras cobrassem dos segurados até 40% do valor referente aos procedimentos. A medida foi criticada por especialistas e órgãos de defesa do consumidor. Agora, com o texto revogado, voltam a valer as regras atuais, que não preveem qualquer limite para cobrança de coparticipação.
A decisão foi tomada por unanimidade durante a reunião da diretoria colegiada da autarquia. A ideia foi proposta pelo diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar. Ele ponderou que o objetivo da nova norma era "ampliar as proteções ao consumidor e promover maior bem-estar na sociedade", mas admitiu que houve uma "desconexão" entre os objetivos do órgão e a recepção da sociedade. As regras que regem a administração pública permitem que órgãos revejam decisões de acordo com "conveniência e oportunidade".
coparticipação.
A decisão foi tomada por unanimidade durante a reunião da diretoria colegiada da autarquia. A ideia foi proposta pelo diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar. Ele ponderou que o objetivo da nova norma era "ampliar as proteções ao consumidor e promover maior bem-estar na sociedade", mas admitiu que houve uma "desconexão" entre os objetivos do órgão e a recepção da sociedade. As regras que regem a administração pública permitem que órgãos revejam decisões de acordo com "conveniência e oportunidade".
— A ANS deve, portanto, ser sensível à apreensão que se instalou na sociedade, revendo-se o ato de aprovação da norma para reabrir o debate sobre o tema e, assim, captar mais adequadamente os anseios e receios dos usuários do sistema, por intermédio de uma maior articulação com as principais entidades públicas e privadas da sociedade civil, bem como buscando formas de interagir diretamente com o consumidor — disse Aguiar, ao ler seu voto, acompanhado por outros dois diretores na reunião.
Há duas semanas, Aguiar disse, em entrevista ao GLOBO, que a ANS não reveria a decisão, a menos em caso de determinação da Justiça. No voto desta segunda, o diretor frisou que a norma foi elaborada com base em estudos técnicos.