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quinta-feira, 24 de maio de 2018

Senador pede demissão de Pedro Parente


O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) defendeu há pouco  a demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente.

“A atitude do Pedro Parente está provocando o caos que o Brasil vive hoje. Um governo sólido já o teria demitido”, desabafou a jornalistas.
Cássio Cunha Lima defende a mudança na política de reajuste dos combustíveis da Petrobras.

Azeredo, a exceção que confirma a regra da Justiça política


POR FERNANDO BRITO · no TIJOLAÇO




Eduardo Azeredo foi condenado hoje por supostos crimes cometidos em 1998, objeto de denúncia formal, aceita em dezembro de 2007 pelo Supremo Tribunal Federal.

Passaram-se, portanto, quase 11 anos e quatro desde que, em 2014, o processo foi enviado para a Justiça mineira, em razão da renúncia do ex-presidente do PSDB ao mandato e, em consequência, do foro privilegiado.

Azeredo era – e agora, já nem isso – um zumbi político desde então, sem serventia para nada, a não ser a que lhe encontraram agora: a de ser a “prova” da “imparcialidade” do Judiciário.

Foi para o matadouro, como se lançam bois às piranhas no Pantanal.

Alguém, bem parecido com ele, disse em uma gravação que, para certos serviços, tinha que ser alguém “que a gente mata ele antes de fazer delação”.

O baile segue e o Judiciário vai cumprindo seu papel de ser, como sempre, o garantidor do status quo neste país.

Nem que para isso tenha de condenar e prender bandidos de sua predileção.

Meirelles e o "Tem de manter isso, viu?


Henrique Meirelles e Michel Temer
Meirelles é corajoso: será o candidato do "Tem de manter isso viu?"
Bernardo Mello Franco - O Globo
Henrique Meirelles sempre sonhou em se aventurar numa corrida presidencial. Não imaginou que receberia um carro batido, com os pneus furados e na última posição do grid.
O primeiro desafio do ex-ministro é conseguir dar a largada. Seus maiores adversários estão no próprio MDB. Figurões do partido, como Renan Calheiros, prometem fazer de tudo para impedi-lo de entrar na pista.
A sigla não lança candidato ao Planalto há 24 anos. Sua especialidade é outra: eleger parlamentares e vender apoio ao governo, seja quem for o presidente.
Se sobreviver à convenção partidária, em julho, Meirelles passará a enfrentar a sabotagem interna. Em 1989, o ex-PMDB abandonou Ulysses Guimarães à própria sorte. Em 1994, repetiu a dose com Orestes Quércia. Os dois tiveram desempenho de nanicos, com menos de 5% dos votos.
As perspectivas deste ano não parecem muito melhores. Apesar da superexposição na Fazenda, Meirelles não passa de 1% nas pesquisas. Está empatado com rivais não correm o risco de ser reconhecidos na rua, como João Amoêdo e Paulo Rabello de Castro.
O ex-ministro queria chegar a 2018 num cenário bem diferente. Esperava ser reconhecido como o homem que tirou a economia do buraco. Agora a recuperação empacou, e o país volta a enfrentar a disparada do dólar e do preço dos combustíveis.
Meirelles ainda terá que carregar a impopularidade alheia. Segundo o Datafolha, 86% dos brasileiros rejeitam votar em alguém apoiado por Michel Temer. O presidente virou um espantalho de votos. Nem o Papa seria capaz de vencer como o candidato do “Tem que manter isso, viu?”.
O ex-ministro sabe disso, mas ainda não pode abandonar o ex-chefe. Ontem ele declarou que Temer será “um cabo eleitoral positivo”, e que a palavra “coragem” é a melhor definição do governo que está aí. Precisará de mais coragem ainda para repetir isso na campanha.

Brasil já tem a 2ª gasolina mais cara do mundo

247 – Márcio Pochmann, ex-presidente do Ipea, no twitter: “Com a descoberta do pré sal, o Brasil ingressou na lista dos países de grandes reservas petrolíferas, permitindo a prática de preços baixos na bomba de gasolina. Com o neoliberalismo de Temer, o país rapidamente passou a deter o posto de segunda gasolina mais cara do mundo”. Em 2013 o Brasil estava em 39º.

Governo desiste de privatizar Eletrobras


Hoje, os deputados da oposição conseguiram retirar da pauta a Medida Provisória 814. Ela trata das alterações no setor de energia elétrica, bem como a Eletrobras e suas subsidiárias.

O deputado Danilo Cabral (PSB/PE) vem combatendo as medidas do governo de privatizar a Eletrobrás a qualquer custo. O socialista comemora e explica que “o arquivamento da medida 814 é um sintoma que mostra que o governo está entregando os pontos no debate da Privatização do setor energético”.
Apesar da vitória da Medida Provisória 814, o deputado Danilo defende a manutenção da mobilização e as campanhas de esclarecimento sobre os prejuízos da venda. O parlamentar apresentou emendas em defesa da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e pede para que a privatização passe por consulta de referendo popular.
Embora o projeto de lei 9463 continue tramitando na Comissão Especial na Câmara dos Deputados, o sentimento dos parlamentares no plenário é que o governo não vai mais levar adiante “É uma vitória da mobilização dos trabalhadores, das lideranças políticas e, sobretudo, de toda sociedade, que compreendeu que a venda da Eletrobras prejudica a população

PSB descarta aliança com o PT e com o PSDB

Partido se divide entre apoiar Ciro Gomes, pré-candidato a presidente pelo PDT, ou não apoiar ninguém
ÉPOCA – Nonato Viegas

Duas são as possibilidades do PSB para a eleição presidencial deste ano, segundo o presidente da legenda, Carlos Siqueira. Uma é passar o primeiro turno sem oferecer apoio a nenhum candidato e a outra é ficar ao lado de Ciro Gomes, pré-candidato pelo PDT. Siqueira descarta aliança com o PSDB e com o PT.
Enquanto isso, Roseana Sarney lançou na segunda-feira (21) sua pré-candidatura ao governo do Maranhão. Evitou mencionar o nome do pai, o ex-presidente José Sarney, durante evento em São Luís.
Mas Sarney está mais ativo que nunca nos bastidores. Tanto é que antecipou volta dos Estados Unidos, conforme revelou EXPRESSO na semana passada, para monitorar a situação política maranhense.

Há algum risco de o país dar certo?

Calos Brickmann
Onde está o dinheiro - A servidora Mirella Menezes Celestino pediu aposentadoria voluntária do Tribunal de Justiça da Bahia. Com a aposentadoria, a funcionária terá “proventos integrais de R$ 39.936,17”, segundo despacho do presidente do TJ baiano, desembargador Gesivaldo Brito. O salário propriamente dito (o nome oficial é “vencimento básico”) é de R$ 8.276,67. O restante, que põe seu salário acima dos pagos aos ministros do Supremo, são penduricalhos: “vantagem pessoal AFI símbolo”, R$ 17.802,72; “vantagem art. 263”, R$ 7.127,57.

O desembargador determina que, na implantação dos proventos, deverá ser observado “o limite do teto constitucional – R$ 30.471,10”.
Ou seja, com redução e tudo, uma economista de um Tribunal de Justiça estadual tem direito a ganhar quase tanto quanto um ministro do STF; mais de 90% dos vencimentos dos onze magistrados mais importantes do país –e, não esqueçamos, dentro da lei.
Há algum risco de o país dar certo?

Meirelles vai à rua: inicia com evangélicos em Natal

Discurso:  plataforma para o Nordeste e defesa do Bolsa Família 
Agora pré-candidato oficial do MDB à Presidência, Henrique Meirelles vai canalizar esforços para que a convenção do partido aprove seu nome, em junho.

Ele precisa mitigar resistências em alguns diretórios estaduais, como Alagoas, de Renan Calheiros, que promete dar trabalho.
 Meirelles também vai intensificar agendas de rua. Sua estreia como presidenciável será no sábado (26), no centenário da Assembleia de Deus em Natal.
Falará para cerca de 40 mil pessoas. Discurso: plataforma para o Nordeste e defesa do Bolsa Família.
Na campanha Meirelles terá a ajuda de João Henrique Almeida, escudeiro de Temer no partido, do senador Romero Jucá (MDB-RR) e do líder da sigla na Câmara, Baleia Rossi (SP).(Do Blog de Magno Martins)

terça-feira, 22 de maio de 2018

Brasil erra ao fazer jogo dos EUA com Venezuela


Itamaraty deveria buscar papel de mediador da crise
Blog do Kennedy

O Brasil erra ao fazer o jogo político dos Estados Unidos em relação à Venezuela por ocasião da reeleição ontem de Nicolas Maduro para novo mandato presidencial de seis anos _pleito cuja lisura é contestada pela maior parte da comunidade internacional.
O papel de mediador deveria ser a prioridade do Brasil. Maduro faz um governo incompetente do ponto de vista econômico e seguiu caminho político ditatorial. Mas a oposição venezuelana não é flor que se cheire. Foi golpista no passado e não fez política para os mais pobres. O chavismo é resultado do descaso das elites venezuelanas com o seu povo.
Ao decretar sanções econômicas contra Caracas, os EUA estão fazendo o jogo deles. É um movimento que se insere na estratégia de Donald Trump, que deseja voltar a ter um governo fantoche em Caracas composto por uma elite que vive e educa seus filhos em Miami.
O Brasil deveria buscar outro caminho. Como líder regional, deveria tentar promover um diálogo entre governo e oposição. Ao bater no governo, perde interlocução e vai a reboque dos Estados Unidos.
Isso é uma burrice da nossa política externa. A paz e o desenvolvimento da Venezuela, nosso vizinho, com o qual temos fronteiras, são do interesse geopolítico e econômico do Brasil. O Itamaraty deveria construir pontes com a Venezuela e não queimá-las, mas essa foi a decisão da política externa da administração Temer. Talvez o próximo presidente brasileiro aborde a questão venezuelana com mais racionalidade e habilidade política e menos ideologia do que fizeram o PT e fazem agora PSDB e MDB.
Maduro governa sem realismo econômico. Já vimos esse filme aqui com a Dilma Rousseff. É um equívoco a defesa que o PT e setores da esquerda fazem da Venezuela e do crescimento do autoritarismo no país vizinho.
Mas é preciso entender que o chavismo ainda tem força porque foi o primeiro governo a olhar para os mais pobres. O erro de Chávez e Maduro, entretanto, foi matar a galinha dos ovos de ouro.
Houve depreciação da infraestrutura da indústria do petróleo. Não teve reinvestimento na PDVSA (Petróleos de Venezuela) para prospecção, por exemplo. Lá, a Petroquímica engatinha. Chávez e Maduro continuaram deixando a Venezuela ser basicamente exportadora de óleo cru.
O país vizinho sofre com a doença holandesa, que é usar os recursos do petróleo sem se industrializar. Embora tenha olhado para os excluídos, o chavismo não completou o ciclo de desenvolvimento. Não industrializou nem diversificou a sua economia. Não rompeu o ciclo histórico de subdesenvolvimento. As maiores reservas de petróleo do mundo estão lá. São maiores do que as da Árabia Saudita.
Maduro se mantém no poder porque tem o apoio do setor mais forte das Forças Armadas. Há uma coesão dessa ala com o chavismo. Resta saber até quando.

Alerta: pode vir por aí a lista do Paulo Preto


Paulo Preto tem lista de quase 90 candidatos que ajudou em eleições passadas
PSDB é o partido com mais nomes no rol do engenheiro, tido como operador do partido tucano
O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, tem uma lista de quase 90 candidatos, a maioria do PSDB, que ajudou em eleições passadas.

O engenheiro, tido como operador do PSDB, pensou em fazer delação quando ficou preso. Desistiu depois de ganhar a liberdade, no dia 11.
Já o ex-ministro da Justiça de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo (PT-SP) vai defender a Rodrimar no inquérito dos portos. A investigação apura se a empresa foi beneficiada por um decreto assinado pelo presidente Michel Temer em maio de 2017.
Ele foi convidado para integrar a defesa por Fábio Tofic Simantob. “Como especialista em direito administrativo, Cardozo vai nos ajudar a defender a tese de que a medida não foi direcionada à Rodrimar”, diz o advogado.  (Mônica Begamo – Folha de São Paulo.

Paulo Câmara inaugura fábrica de alimentos


Reafirmando a capacidade de diálogo do Governo de Pernambuco e seu compromisso pelo desenvolvimento de Estado por inteiro, o governador Paulo Câmara cumpriu, ontem, uma série de agendas na Zona da Mata Sul. O último município foi Ribeirão, que recebeu obras estruturadoras para o desenvolvimento social e econômico local. 

Na ocasião, Paulo participou da inauguração da fábrica Viva Alimentos, que já está empregando 115 pessoas da região; entregou a nova unidade da Academia Pernambuco; deu por inaugurada a requalificação do Parque Esportivo Vila da Cohab e assinou a ordem de serviço para as obras de adequação de um campo de futebol e construção de uma quadra poliesportiva no município. Também foi autorizada a licitação para substituição da rede de distribuição de água local, e um convênio para desapropriação de imóvel onde será construído um novo hospital municipal. 
"Hoje, realizamos várias atividades aqui, na Mata Sul, e o intuito era justamente esse: ter a oportunidade de estar presente, conversar com as pessoas, dizer o que o Governo está fazendo. E, ao mesmo tempo, fazer obras que dialogam e vão de acordo com o que a gente quer pro futuro. Vim a Ribeirão e vi que a cidade está no caminho certo. Inauguramos uma indústria, sabendo que muitas pessoas daqui estão trabalhando lá e vão ter condições de se desenvolver, se qualificar. Entregamos essa academia, que vai ajudar pessoas a praticar esportes e cuidar da saúde. Vamos iniciar obras de água para que a água chegue em mais casas, e vamos viabilizar a desapropriação do terreno para fazer com o que o hospital daqui seja restaurado e entregue ao município e possa atender as pessoas que aqui moram. Enfim, vamos continuar trabalhando para construir um Pernambuco que queremos, com qualidade, dignidade e cidadania", ratificou o governador.
A nova unidade da Academia Pernambuco, situada dentro do Parque Esportivo Vila da Cohab, conta com 25 equipamentos, instalados em uma área de 250 metros². No local, podem ser realizadas atividades como Musculação, Crossfit, Balance, Aeróbica, Step, Hiit, Ginástica Laboral, Abdominais e Alongamento. A equipe de trabalho é composta por quatro pessoas: três professores e um recepcionista. Já o local onde serão implantados o campo de futebol e a quadra poliesportiva está localizado a menos de 2 km do Centro de Ribeirão. A obra possui um terreno de 13.099,74 m², sendo 10.836,03 m² de área para o Campo de Futebol com arquibancada, vestiário iluminação; e 2.263,71 m² para quadra Poliesportiva com vestiários, alambrado e 28 vagas de estacionamento. Para as obras das duas estruturas, será investido cerca de R$ 1 milhão, com prazo de conclusão de seis meses. 
Para secretária estadual de Turismo, Esporte e Lazer, Manuela Marinho, as entregas significam mais oportunidades e bem estar para a população. "Hoje é um dia de muita alegria, em que estamos entregando mais um equipamento, mais uma Academia Pernambuco, prova de que a população pede e o Governo de Pernambuco atende. É a oitava Academia Pernambuco que entregamos. E isso é mais saúde, lazer e mais emprego para a população. Também assinamos a Ordem de Serviço da qualificação do campo de futebol, onde terá vestiários, arquibancadas e quadra poliesportiva. Daqui a 6 meses, queremos voltar aqui e inaugurá-lo com vocês", declarou. 
O mesmo sentimento foi compartilhado pelo prefeito Marcello Maranhão. "Quando fui ao Recife e vi aquela academia pública na praia de Boa Viagem, comecei a sonhar com uma igual aqui para o nosso povo. Um equipamento que as pessoas mais humildes possam usar e praticar seus exercícios em um ambiente de qualidade. E hoje somos contemplados com uma unidade, que já conta com 400 pessoas inscritas", ressaltou.

Marcha dos prefeitos reúne pré-candidatos em Brasília


A terça-feira será de périplo de gestores municipais à capital federal. A cidade recebe a XXI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. O evento é mais conhecido por Marcha dos Prefeitos e serve de pressão ao governo central por demandas das cidades brasileiras. Uma série de painéis e debates acontecem até quinta-feira.
Em 2017, foram ao evento 4.321 prefeitos, além de participação do presidente Michel Temer (MDB). Na edição deste ano, Temer é esperado ao lado de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, e Eunício Oliveira (MDB-CE), presidente do Senado Federal. O destaque, porém, será a presença de oito dos pré-candidatos à Presidência da República nas eleições de outubro.
Estão confirmadas as presenças de Afif Domingos (PSD), Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL), Manuela D’Ávila (PCdoB) e Marina Silva (Rede). Será lida ainda uma carta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também se apresentando como postulante ao Planalto. Os candidatos se apresentam nos dias 22 e 23.
Conquistar essa enorme gama de prefeitos é fundamental para que campanhas eleitorais decolem. Com menos recursos de campanha e sem coligações definidas, a capilaridade da política tradicional está na capacidade dos prefeitos de mobilizar cabos eleitorais em suas cidades. É um ativo que ninguém pode desconsiderar. Os discursos e as promessas que levarão para casa pode mudar o jogo na corrida presidencial.

PT quer ampliar bancada no Senado

Eduardo Suplicy | Foto: Edilson Dantas
O Globo - Poder em Jogo
Por Amanda Almeida

O PT trabalha para formar uma bancada de 10 senadores no ano que vem - um a mais do que o partido tem hoje. 
Terá dificuldades. Apenas dois dos nove senadores atuais não precisarão renovar o mandato no ano que vem.
No cálculo dos petistas, entre os outros sete, apenas Jorge Viana (AC) e Paulo Paim (RS) têm a reeleição considerada mais fácil.
Para melhorar a situação do partido, esperam a vitória de Eduardo Suplicy em São Paulo e de Jaques Wagner, na Bahia.

Alckmin não pode fingir que cunhado não existe

Josias de Souza
Geraldo Alckmin reage às investigações que o assediam de maneira peculiar. Seja qual for a acusação, manda dizer que “continua disposto a prestar todos os esclarecimentos necessários às autoridades competentes.” Embora seja candidato à presidência da República, parece considerar que não deve nada ao eleitorado, muito menos explicações.

As pesquisas indicam que o presidenciável tucano talvez tenha perdido a hora de compreender que o potencial do seu projeto escoa pelo ladrão. Na sondagem mais recente, do instituto MDA, a taxa de intenção de votos de Alckmin caiu de 8,6% para 5,3%. Em alta, só a sua rejeição, que subiu cinco pontos e já registra 55,9%.
Estavam sobre a mesa as delações dos executivos da Odebrecht. Somaram-se a elas novas acusações de representantes da CCR, concessionárias de rodovias que resultou de uma sociedade da Andrade Gutierrez com a Camargo Corrêa. Em ambos os casos os depoentes mencionaram um nome: Adhemar Ribeiro.
Adhemar é irmão de Lu, a mulher de Alckmin. Não faz nexo atribuir o risco de naufrágio do candidato às nuvens que os delatores colocaram sobre sua embarcação e fingir que não há um cunhado no convés. Os trovões da Odebrecht e da CCR espantam menos do que o fato de Alckmin não ter brindado Adhemar com um raio que o parta.
No caso da Odebrecht, o cunhado foi apontado como intermediário de Alckmin no recebimento de parte dos R$ 10,3 milhões provenientes do departamento de propinas da empreiteira. Na investigação da CCR, Adhemar é mencionado como coletor de algo como R$ 5 milhões

O conto da contabilidade: engenheiros desmontam “salvação da Petrobras”

POR FERNANDO BRITO no Blog TIJOLAÇO


A Associação de Engenheiros da Petrobras (AEPET) publicou texto onde desmonta a história da “salvação” da Petrobras pela gestão Michel Temer-Paulo Parente. Desmonta porque mostra que a Petrobras, apesar de todos os desvios graves que possam ter acontecido, estava não apenas muito longe de quebrar, mas produzia ganhos semelhantes aos que produz hoje, mesmo sem a política suicida de preços que está praticando.

Do ponto de vista prático, os milhões roubados por Paulo Roberto Costa e sua turma são incomensuravelmente menores que aqueles que viraram prejuízo para a empresa, com a venda, num momento de baixa do preço do petróleo, de campos exploratórios, produtivos e de ativos de distribuição, cujo valor se equipara ao valor do produto com que lidam?

Não são milhões, são bilhões. Mas está tudo “legalizado”
Esclarendo o “Petrobras esclarece”

Depois da AEPET ter publicado o Editorial: “Parente e o balanço, autoengano ou encenação”, a administração da empresa encaminhou mensagem, via correio eletrônico, aos petroleiros, segundo eles “com o objetivo de não deixar que informações imprecisas se transformem em fatos que prejudiquem a reputação e a imagem de nossa empresa”.

Em primeiro lugar queremos deixar bem claro que o que pretendemos é discutir quais os melhores planos para a Petrobrás, como empresa estatal que é, para o atendimento das necessidades da população brasileira e o desenvolvimento da Nação. O resultado de uma empresa estatal não se mede apenas pelo lucro ou prejuízo registrado no seu balanço, mas sim pelo desenvolvimento que ela promove para o país e a forma como contribui para distribuir a renda petroleira em favor dos seus verdadeiros donos: os brasileiros.

Infelizmente hoje a discussão se limita a comparar resultados contábeis entre um período e outro, verificar o desempenho das ações na bolsa de valores, informar quais os ativos vão ser entregues para terceiros para antecipar a redução de uma dívida que já foi chamada de “impagável”, redução da força de trabalho e dos benefícios dos empregados e imposição de pesados e injustos encargos aos participantes do plano de aposentadoria, ao mesmo tempo em que são aprovadas regras para antecipar dividendos aos acionistas e pagar indenização bilionária aos especuladores estrangeiros.

O que a AEPET sempre fez, em toda a sua história, foi defender a reputação e a imagem da Petrobrás. Quem criou a imagem de que a empresa estava quebrada? Quem inventou que a dívida era impagável? Quem gasta páginas do relatório anual para falar em Lava Jato, mas não dispende uma linha para falar das riquezas do pré-sal descoberto? Quem disse que endeusaram o pré-sal, em tom de menosprezo?

Todo este “circo” foi montado baseado na mentira de que a Petrobrás passava (e passa) por problemas financeiros. Por isso precisa vender ativos altamente rentáveis e entregar o pré-sal para as petroleiras estrangeiras.

Já falamos muitas vezes sobre isto, mas não custa repetir. O que mostra se uma empresa tem ou não problemas financeiros são os seus registros contábeis.

Muitos consideram que o principal indicador financeiro de uma empresa é a sua Geração Operacional de Caixa. É o caixa disponível depois de cobertos todos os custos e despesas. É o caixa apto para pagamento da dívida, fazer investimentos e pagar dividendos.

No caso da Petrobrás os números são os seguintes:

Geração Operacional de Caixa US$ bilhões

2011       2012    2013  2014    2015      2016    2017
33,03     27,04  26,30   26,60   25,90    26,10    27,11


Vejam que a Geração Operacional de Caixa da Petrobrás é inabalável.

Onde está o efeito da corrupção que muitos disseram que quebrou a Petrobrás?

Onde está o efeito dos subsídios concedidos (2010/2014) que muitos calculavam em bilhões e bilhões?

Onde está o efeito dos “impairments” (2014/2016) que causaram os prejuízos econômicos astronômicos?

Onde está a dependência do preço do petróleo no mercado internacional em relação à sua capacidade de gerar valor?

Onde está a empresa quebrada?

Se compararmos a Geração Operacional de Caixa da Petrobrás com outras grandes petroleiras temos o seguinte:

Geração Operacional de Caixa US$ bilhões
                 2012    2013    2014    2015     2016    2017
Petrobrás 27,04    26,30   26,60   25,90   26,10    27,11
Chevron   38,80    35,01   31,50   19,50   12,90    20,52
Exxon      56,20    44,90   45,10    30,30   22,10   30,12
Shell        45,14    40,44   45,04    29,81   20,62   35,65


Importante lembrar que estas petroleiras (principalmente Exxon e Shell ) tem receitas 3 vezes superior à da Petrobrás.

A tabela mostra claramente o efeito da variação do preço do barril na geração operacional das petroleiras estrangeiras. Efeito que não se vê na Petrobrás.

Mas a atual política de preços não tem o objetivo de seguir a cotação internacional do barril?

Então por que de 2016 para 2017 todas as grandes petroleiras tiveram expressivo aumento de geração operacional enquanto na Petrobrás o número permanece estável?

Venda de ativos rentáveis? Perda de participação no mercado? Ociosidade das refinarias?

Outro importante indicador financeiro é a Liquidez Corrente. Ela indica a capacidade da empresa de cumprir com seus compromissos de curto prazo. É resultado da divisão do Ativo Corrente pelo Passivo Corrente. A tabela a seguir mostra os números:

Liquidez Corrente
                2012   2013   2014   2015   2016   2017
Petrobrás 1,7     1,5      1,6      1,5      1,8      1,9
Chevron   1,6     1,5      1,3      1,3      0,9      1,0
Exxon       1,0     0,8      0,8      0,8      0,9      0,8


Vejam que a liquidez corrente da Petrobrás sem mantem sempre superior a 1,5. Significa dizer que para cada R$ 1 que a empresa precisa pagar ela dispõe de R$ 1,5 ou mais.

Notem que a situação da Petrobrás é muito mais confortável do que a das maiores petroleiras americanas.
Bom lembrar que as petroleiras americanas tem classificação de risco AAA ( nível máximo ) enquanto a Petrobrás fica 12 níveis abaixo B+.

A liquidez corrente mostra que a Petrobrás não tem nem nunca teve problemas financeiros.

Interessante de se verificar também o volume de recursos mantidos em caixa pela empresa. Vejam a tabela a seguir:

Saldo de caixa US$ bilhões
                   2012    2013     2014     2015     2016     2017
Petrobrás    13,52   15,87   16,66     25,06    21,20   22,52
Chevron      20,94   16,25    12,29   11,02     6,99     4,81
Exxon          9,58     4,65      4,62     3,71      3,65      3,20


Reparem que as grandes petroleiras americanas vêm reduzindo sistematicamente o caixa desde 2012 enquanto a Petrobrás mantém caixa elevadíssimo a partir de 2015.

A Exxon que tem uma receita 3 vezes maior que a da Petrobrás, mantem um caixa muito menor.

A única explicação é que o caixa é mantido elevado para permitir a venda de ativos. Se fosse utilizado o caixa não haveria necessidade de venda de ativos. Pasmem…
Isto fica muito claro quando vemos os quadros de Usos e Fontes dos Planos de Negócio e Gestão-PNG feitos pela atual administração.

Usos e Fontes do PNG 2017/2021


Este plano mostra uma geração operacional de caixa de US$ 158 bilhões (já pagos os dividendos, não informado o montante), uma utilização de US$ 2 bilhões do caixa e a venda de US$ 19 bilhões de ativos. Como no final de 2016 havia mais de US$ 20 bilhões em caixa, os ativos estão sendo vendidos para manter o caixa elevado. Além disso a empresa vendeu US$ 13,6 bilhões de ativos em 2016 e só recebeu US$ 2 bilhões. Restavam US$ 11 bilhões a receber. Mais ainda a Petrobrás já tinha um crédito com a Eletrobrás de US$ 6 bilhões.

O grande absurdo vem à tona quando olhamos o Usos e Fontes do PNG 2018/2022.

Usos e Fontes do PNG 2018/2022

Estranhamente a geração operacional cai para US$ 142 bilhões (já pagos os dividendos), uma queda de US$ 16 bilhões em relação ao plano anterior (US$ 158 bilhões).

A geração operacional deveria ter aumentado e não caído. Qual é a causa? Não é dada nenhuma explicação.

A venda de ativos rentáveis fez cair a geração? Ou está previsto pagamento de dividendos muito elevados? Não existe clareza.
Consta a venda de US$ 21 bilhões de ativos, ao mesmo tempo em que o caixa é aumentado em US$ 8,1 bilhões. O que é isto? Estão vendendo ativos para aumentar o caixa? Mas o caixa já tem mais de US$ 20 bilhões. Das vendas de ativos feitas em 2016 ainda resta receber US$ 8 bilhões e o crédito com a Eletrobrás de US$ 6 bilhões continua.

Simplesmente ridículo.

Bem, voltemos ao “Petrobrás esclarece” que afirma: “Para não deixar dúvidas a única vez que registramos resultado em torno de R$ 7 bilhões foi em 2013, quando tivemos um lucro de R$ 7,7 bilhões e o barril do petróleo estava em torno de US$ 100. Agora conseguimos resultado semelhante com a cotação a US$ 67 o barril. Ou seja é o nosso esforço para recuperar a empresa usando todas as ferramentas do plano de negócios que explica o bom desempenho da companhia”

Porque falam em torno de US$ 100 o barril? É só olhar o relatório do 1º trimestre de 2013, o preço médio do barril era de US$ 94. Mas em 2013 o governo subsidiava o consumo no mercado interno, mantendo os preços internos abaixo dos preços internacionais. Portanto este preço de US$ 94 não serve como parâmetro. Esqueceram?

Por outro lado não apenas o preço do barril deve ser avaliado, o câmbio é outro fator tão importante quanto.
No 1º trimestre de 2013 o dólar custava em média R$ 2,00 enquanto que no 1º trimestre de 2018 passou para R$ 3,24. Vão querer continuar enganando?

E continuam mesmo “A Petrobrás tem um programa de parcerias e desinvestimentos desde 2012 muito antes da posse da atual administração. Não se pode, assim, atribuir a este programa qualquer motivação partidária ou ideológica “ Parece que aqui eles vestiram a carapuça. E continua “ Em dois anos entre 2012 e 2014 a empresa se desfez de US$ 10,8 bilhões de ativos no exterior, campos de produção e áreas exploratórias. Esta portanto é uma ferramenta de gestão usada em diversos momentos e por diversas e distintas administrações da empresa para ajudar a reduzir seu endividamento”.

Entre 2012 e 2014 são três anos e não dois o que dá uma média de US$ 3,6 bilhões/ano. É normal na atividade da empresa comprar e vender ativos. Mas nunca se falou em venda de ativos como NTS, Liquigás e BR Distribuidora. Por outro lado a venda de ativos não era feita para reduzir dividas, pois naquele momento é que a empresa mais investiu e se endividou.

Quanto se privatizou entre 2012 e 2014 em comparação com US$ 35 bilhões planejados pela atual administração? Onde estavam e quais ativos foram privatizados nos dois períodos?

Agora tentam esconder a verdade “Neste trimestre a entrada em caixa com parcerias e desinvestimentos teve impacto de R$ 2.2 bilhões no lucro líquido, impacto reduzido quando comparado ao lucro de R$ 7 bilhões”

No relatório aparecem ganhos de R$ 3,2 bilhões com a venda de Lapa, Iara e Carcará. Mas pode ser que exista algum ajuste para chegar no efeito no lucro líquido. De qualquer forma o lucro a ser comparado é de no máximo R$ 4,7 bilhões (6,9-2.2)
No 1º trimestre de 2015 o lucro líquido foi de R$ 5,3 bilhões. Então que história é esta de melhor resultado dos últimos 5 anos?

domingo, 20 de maio de 2018

MP pedirá ao Senado dados sobre emendas de Jarbas


O deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) (Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados) 
Época - Coluna Expresso - Por Murilo Ramos


O Ministério Público Federal pedirá ao Senado informações sobre emendas parlamentares do deputado federal e ex-senador Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) relativas aos anos 2009, 2010 e 2011. A solicitação faz parte de procedimentos de inquérito aberto para apurar se houve irregularidades em repasses da Odebrecht para o parlamentar. 
A investigação decorre de delações premiadas de ex-executivos da empreiteira. Entre os delatores está João Antônio Pacífico Ferreira, que terá de depor no inquérito.  Vasconcelos já negou ter recebido qualquer doação ilegal ou propina. 

Dirceu: firme na intenção de jamais fazer delação

Foto/ Brasil247
Folha de S. Paulo - Mônica Bergamo


O ex-ministro José Dirceu segue firme na intenção de jamais aderir a um acordo de delação, apesar da perspectiva de talvez nunca mais sair da prisão.
VITROLA
Figura central do PT, ele diz que “nem em música” considerou algum dia a hipótese de fazer colaboração premiada. “Nem em samba-canção”, afirma. “No Exército Vermelho [da antiga União Soviética] tinha um ditado: para ser covarde, é preciso ter coragem. Porque os traidores eram sumariamente eliminados pelo comissário político na frente de batalha.”
TORMENTOS
“Eu fui formado numa geração em que a delação é a perda da condição humana. A maioria [das pessoas presas na ditadura] não delatou nem mesmo sob torturas que as destruíam psicologicamente, fisicamente. Muitas ficaram com sequelas e carregam até hoje aqueles tormentos, como é o caso da própria [ex] presidente Dilma, segue ele.
Antes de ser preso, o ex-ministro terminou de escrever uma biografia, que será lançada pela Geração Editorial.
LÁGRIMAS

Apesar das mensagens enviadas na quinta (17) a grupos de WhatsApp em que aparentava firmeza e força, Dirceu chegou a chorar em conversas com alguns amigos antes de ser preso.

ENDEREÇO
O petista pensava, num primeiro momento, em tentar cumprir a pena no Complexo Médico Penalno Paraná, para onde esperava que Lula fosse transferido. A decisão do ex-presidente de permanecer onde está fez com que Dirceu preferisse ficar em Brasília.