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sábado, 18 de março de 2017
Carne fraca prova que o Brasil emburreceu
Por Luis Nassif, no jornal GGN
A Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, traz uma comprovação básica: o nível de emburrecimento nacional é invencível. O senso comum definitivamente se impôs nas discussões públicas. E não se trata apenas da atoarda que vem do Twitter e das redes sociais. O assustador é que órgãos centrais da República – como o Ministério Público, a Polícia Federal, o Judiciário – tornaram-se reféns do primarismo analítico.Como é possível que concursos disputadíssimos tenham resultado em corporações tão obtusamente desinformadas, a ponto de não ter a menor sensibilidade para o chamado interesse nacional. Não estou julgando individualmente delegados ou procuradores. Conheço alguns de alto nível. Me refiro ao comportamento dessas forças enquanto corporação.
Tome-se o caso da Operação Carne Fraca.
A denúncia chegou há dois anos na ABIN (Agência Brasileira de Inteligência). O delator informou que a Secretaria de Vigilância Sanitária no Paraná tinha sido loteada para o PMDB. Levantaram-se provas de ilícitos em alguns frigoríficos.
Por outro lado, há uma guerra fitossanitária em nível global, em torno das exportações de alimentos. Se os delegados da Carne Seca não fossem tão obtusos, avaliariam as consequências desse bate-bumbo e tratariam de atuar reservadamente, desmantelando a quadrilha, prendendo os culpados.
Mas, não. O bate-bumbo criou uma enorme vulnerabilidade para toda a carne exportada pelo país. Os anos de esforços gerais para livrar o país da aftosa, conquistar novos mercados, abrir espaço para as exportações ficaram comprometidos pelo exibicionismo irresponsável desse pessoal.
Ou seja, havia duas formas de se atingir os mesmos resultados:
1. Uma investigação rápida, discreta e sigilosa.
2. O bate-bumbo de criar a maior operação da história, afim de satisfazer os jogos de poder interno da PF.
As duas levariam ao mesmo resultado e a primeira impediria o país de ter prejuízos gigantescos, que pudessem afetar a vida de milhares de fornecedores, o emprego de milhares de trabalhadores, a receita fiscal dos impostos que deixarão de ser pagos pela redução das vendas – e que garantem o salário do Brasil improdutivo, de procuradores e delegados.
Qual das duas estratégias seria mais benéfica para o país? A primeira, evidentemente.
No entanto, o pensamento monofásico que acomete o país, não apenas entre palpiteiros de rede social, mas entre delegados de polícia, procuradores da República, jornalistas imbecilizados é resumido na frase-padrão de Twitter: se você está criticando a Carne Fraca, então você é a favor de vender carne podre.
Podre se tornou a inteligência nacional quando perdeu o controle de duas corporações de Estado – MPF e PF – permitindo que fossem subjugadas pelo senso comum mais comezinho. E criou uma geração pusilânime de donos de veículos de mídia, incapazes de trazer um mínimo de racionalidade a essa barafunda, permitindo o desmonte do país pela incapacidade de afrontar o senso comum de seus leitores.
Veja bem, não se está falando de capacidade analítica de entender os jogos internacionais de poder, a geopolítica, o interesse nacional, as sutilezas dos sistemas de apoio às empresas nacionais. A questão em jogo é muito mais simples: é saber discernir entre uma operação discreta e outra que afeta a imagem do Brasil no comércio mundial.
No entanto, essa imbecilidade, de que a destruição das empresas brasileiras contaminadas pela corrupção, permitirá que viceje uma economia mais saudável, é recorrente nesse reino dos imbecis. E se descobre que a estultice da massa é compartilhada até por altos funcionários públicos, regiamente remunerados, que se vangloriam de cursos e mais cursos aqui e no exterior. O sujeito diz asneiras desse naipe com ar de sábio, reflexivo. E é saudado por um zurrar unânime da mídia.
Discuti muito com uma antiga amiga, quando mostrava os impactos dessas ações nos chamados interesses nacionais e via mão externa, e ela rebatia com conhecimento de causa: não são conspiradores, são primários.
Imbecil é o país que se desarma completamente, Judiciário, mídia, organizações que se jactam de ter Escolas de Magistratura, de Ministério Público, de Polícia Federal e o escambau, permitindo mergulhar na mais completa ignorância institucional.
Punir corruptos é uma coisa. Arruinar a economia e quebrar empresas, outra
ROBSON SÁVIO REIS SOUZA
Doutor em Ciências Sociais, professor universitário e membro da Comissão da Verdade de MG
Pensando bem... podemos suspeitar que agentes a serviço dos Estados Unidos na PF e no Ministério Público Federal primeiro trataram de quebrar a indústria do petróleo (e gás) e toda a sua cadeia produtiva e de alta empregabilidade, com a desculpa esfarrapada que estavam apurando corrupção na Petrobrás.
Depois, com a falácia que apuravam desvios ilícitos nos financiamentos de campanha eleitoral, quebraram as indústrias da construção pesada e naval.
Agora, resolveram quebrar a indústria da carne, uma das indústrias mais competitivas do país.
É importante esclarecer que a formação bruta de capital (indústria pesada) juntamente com o aumento do consumo das famílias (programas sociais, distribuição de renda) são as bases da expansão da economia capitalista.
Recentemente, técnicos do Banco Mundial, referindo-se ao que ocorre ultimamente no Brasil, disseram que nunca viram a desmontagem de políticas públicas que melhoravam a economia e a vida das pessoas pelo governo atual.
Como se não bastasse, simultaneamente, setores da juristocracia (no MP e na PF) tratam de desmontar as empresas.
Nos EEUU há inúmeros processos de desvios e corrupção na indústria bélica, sem destruição dessas empresas que são a base da economia norte-americana.
Noutra frente, a juristocracia (com a participação de juízes e tribunais superiores) destroem a política.
E a mídia oligopolizada trata de fazer o serviço sujo de manipular e selecionar o que deve ser divulgado e desmobilizar as reações populares.
Há mais um elemento a corroborar a suspeita de sabotagem à indústria nacional: segundo o ministério da agricultura, as denúncias envolvendo o setor de produção de carne já têm mais de sete anos. Por que, então, somente agora e neste contexto político marcado pelo desmonte de vários segmentos nacionais foi deflagrada a megaoperação policial?
É verdade que corrupção, o desvio de recursos públicos, as barbaridades que levam risco ao consumidor precisam ser apurados e extirpados das práticas criminosas desse capitalismo que mata.
Mas, uma coisa é apurar a participação de pessoas físicas em esquemas fraudulentos e puni-las nos limites da lei. Outra coisa, é transformar operações policiais em panfletagem midiática direcionada a acabar com o nome e a reputação das empresas, o que pode destruí-las. E, assim, destruir também uma das bases da economia.
Os empresários americanos, da UE e os chineses agradecem a camarilha golpista e seus sócios na juristocracia.
Operação da Policia arruina imagem do Brasil e pões em risco US$ 15 Bilhões
247 – Deu no New York Times: as maiores empresas brasileiras de alimentos pagam propinas a fiscais agropecuários para servir carne podre nas merendas escolares e também para exportar carne com salmonella para a Europa (leia aqui).
Deu na BBC: a carne que o Brasil exporta para a Europa e outros países é podre (leia aqui).
Deu no Agriland, um dos principais sites agrícolas do mundo: autoridades brasileiras estão desesperadas para marcar reuniões com embaixadores internacionais, de modo a evitar sanções a exportações brasileiras (leia aqui).
Deu no Global Meat News, outro site especializado: eram procedentes as suspeitas de que o Brasil vendia carne contaminada para a Europa (leia aqui).
As consequências dessas manchetes sensacionalistas são óbvias. Os países ricos erguerão barreiras sanitárias contra as exportações brasileiras e o País perderá vendas internacionais de US$ 15 bilhões ao ano. Registre-se que as carnes são o terceiro item da pauta brasileira de exportações, atrás apenas da soja e do minério de ferro.
Com o fechamento das exportações, a primeira consequência interna será a demissão de centenas de milhares de trabalhadores, num país que já tem 13 milhões de desempregados e vive a maior depressão econômica de sua história.
Para os fazendeiros, o impacto será também devastador. Sem o mercado internacional, a carne brasileira será despejada no mercado interno, reduzindo o valor da arroba do boi e a rentabilidade da pecuária. Os preços das terras cairão ainda mais, assim como a arrecadação de impostos.
Tudo porque uma operação da Polícia Federal, batizada de Carne Fraca, foi conduzida com a tradicional pirotecnia e focou sua divulgação em aspectos sanitários.
A mensagem da PF foi clara: os brasileiros comem papelão e produtos cancerígenos nas merendas escolares e nos churrascos do fim de semana.
Com isso, os frigoríficos serão a terceira cadeia produtiva destruída por operações policiais. As construtoras brasileiras, que disputavam mercados no mundo inteiro, já foram para o saco. Os fornecedores do setor de óleo e gás quebraram. E agora é a vez das empresas de alimentos (leia aqui).
Enquanto o Brasil é destruído sob o aplauso dos ignorantes, os concorrentes internacionais comemoram.
Não faz tanto tempo…
POR FERNANDO BRITO, editor do Tijolaço
Cinco, seis anos?
A vida no Brasil não era assim.
É bom falar, porque a memória, nestes tempos de angústia, foge ao desânimo de cada manhã.
Fomos, sim, um país sem crise.
Havia – e não há agora? – corrupção, como havia fila nos hospitais, déficit na habitação, carência na educação, pilantragens públicas e privadas, deputados, senadores e ministros sem-vergonhas.
Mas também havia sonhos, havia progressos, havia planos, havia a casinha, o carro usado que levava a família a passear, a reforma da cozinha, finalmente; havia o emprego e o salário subia.
Discutíamos quanto mais do dinheiro público deveria ir para a educação, para a saúde…
As obras, algumas com seus superfaturamentos – como disse o pai do Odebrecht de hoje, desde o tempo do seu avô – e quase todas com atraso, andavam e a cara do país mudava…
Havia o pré-sal, a esperança de uma emancipação do país que jazia e jaz sob o mar.
Não se apressem os tolos a ver aqui defesa da corrupção de quem nunca a fez e tem nojo e raiva de quem rouba seu povo.
Mas aí veio o “Padrão Fifa” – aliás, corruptíssimo – que os tolos acharam ser “a esquerda”, porque tinha adolescentes e bobocas mascarados.
Uma dúzia de estádios de futebol – pouco se falava em roubalheira neles, aliás – eram os culpados de nossas carências e precariedades. O “Não vai ter Copa” era a brincadeirinha destes grupos, como se nos 501 anos em que não a houve (afora 1950, com direito ao Obdúlio Varela, o “2 a 1 pré 7 a 1”) tivesse existido sempre um tempo de progresso e felicidade neste país.
A classe média (a velha e a nova, incensada e endeusada) principiava a mostrar seus dentes, começava-se a soltar nas ruas a multidão de zumbis da moralidade.
Em maio de 2013, na retomada deste blog, 8.700 posts atrás, isso já nos alertava:
“Se não entendermos que teremos, nas eleições do ano que vem, de enfrentar corações e mentes desta classe média ascendente com o máximo de solidez possível na base de apoio ao Governo progressista, estaremos correndo sérios riscos.
Isso, de maneira alguma, significa deixarmos de pensar o que pensamos e combater desvios – políticos e pessoais – do poder.
Mas, também, e jamais, esquecermos que a luta que se trava é maior e mais, muito mais, importante e vital.
É pelos direitos do povo brasileiro – mesmo os de sua classe média – de viver melhor, num país livre, que não mais será escravo de ninguém.”
Quis o trocadilho do destino que chamasse Moro o personagem da onda de moralidade que sempre foi a arma da direita no Brasil.
E então chegamos a este 2017, onde a classe média emudeceu, sabe-se lá porque tenhamos atingido o “Padrão Fifa”, com um traste como Michel Temer no Governo e seu ministério onde muitos são os ladrões e todos uns canalhas, cúmplices da destruição do Brasil.
Não há mais casinha, não há mais o carrinho sonhado, o emprego se foi, o salário minguou, discute-se não como dar mais verbas à saúde e à educação, mas onde e como cortá-las, as obras pararam ou sumiram, a histeria e a agressão passaram a ser a forma de nos relacionarmos. De projeto nacional, hoje, só um ocorre: prender, prender e prender mais.
A mídia. o lixo da política e a nossa gorda elite judicial nos lançaram num país agora triste, bruto, sem esperanças , o país que é seu próprio retrato.
É por isso, e não entendem, que Lula vencerá as eleições.
Ou que, se o impedirem de disputar, teremos outro governo ilegítimo e de pântano adiante de nós.
Festa de São José em Angelim já é um sucesso
Na foto do blog Sr Cariri o prefeito Douglas Duarte, Deputado Sebastião Oliveira e Vereadores |
Ontem o prefeito Douglas Duarte(PSB) abriu oficialmente os festejos do nosso padroeiro São José.
A festa que teve seu incio desde o dia 10 do corrente com festejos religiosos e profanos, tendo o palco da cultura popular como destaque, por lá passaram artistas locais e regionais.
Porém a partir de ontem se iniciou o tríduo principal dos festejos profanos que contou com a abertura da festa feita pelo Prefeito, Vereadores e com a presença do Deputado Federal Sebastião Oliveira.
Hoje será o dia principal e no palco principal se apresentarão A dupla Moreno e Moreninho, o grande cantor pernambucano Almir Ruch e se encerrará com a banda Cavaleiros do Forró.
A festa deste ano que teve todo o apoio do governo municipal está tendo uma grande organização e conta com seguranças, baterias de banheiros químicos e estacionamento.
Para hoje é esperado um público de cerca de 5 mil pessoas da cidade e municípios vizinhos para prestigiarem os festejos do querido padroeiro São José, e que contará na parte religiosa com uma grande procissão motorizada vindo do município de São João.
Invasão em Monteiro para inauguração popular da transposição
As informações que chegam de Monteiro (PB) dão conta de que a cidade sofrerá uma verdadeira invasão amanhã durante a passagem de Lula. Hotéis e pousadas estão lotadas e tem até muita gente alugando casas particulares. O evento começa por volta das 14 horas e deve se estender até o final da tarde. Só de jornalistas há um batalhão. E olha que a pré-campanha presidencial está apenas dando o seu start.
Quanto ao suposto banho que o ex-presidente tomaria no canal da Transposição, o senador Humberto Costa, líder da oposição no Senado, disse, ontem, que foi apenas um comentário em tom de brincadeira. “Lula está tão entusiasmado com as águas do Velho Chico chegando pelos canais da Transposição que brincou, em determinado momento, dizendo que estava com vontade de mergulhar no canal. Mas isso ficou descartado para não ser explorado negativamente pela mídia”, disse o líder da oposição no Senado.
Conforme programação liberada, ontem, pelo Instituto Lula, o ex-presidente desembarcará em Campina Grande, a 171 km. De lá, a comitiva seguirá de carro até Monteiro levando em média duas horas de viagem. Na chegada a Monteiro, ao lado da ex-presidente Dilma e de três governadores – PB, CE e PI – Lula irá direto para o canal da Transposição para um ato rápido e simbólico que o PT denominou de “Inauguração popular da Transposição: a celebração das águas”. Antes de um comício em palanque armado no centro da cidade, haverá uma carreata (Do blog de Magno Martins)
Aécio é campeão de investigação na lista de Janot
Tucano é o político de destaque mais presente na peça enviada ao Supremo
ÉPOCA - DIEGO ESCOSTEGUY - Coluna Expresso
A lista de Janot é generosa com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves: ele é o político de destaque com maior número de pedidos de investigação. O depoimento de Henrique Valladares, ex-executivo da Odebrecht, é devastador para o tucano. Valladares revelou que Aécio recebeu propina numa conta secreta em Cingapura em nome de um amigo.
O mesmo Valladares diz que Aécio tinha esquema com Dimas Toledo, ex-dirigente de Furnas. O pagamento em Cingapura foi vinculado a benefícios obtidos pela Odebrecht em Furnas, diretamente a investimentos no Rio Madeira.
Nas delações, Aécio também é acusado de receber propina pelas obras da Cidade Administrativa, sede do governo mineiro.
Uma das parcelas da propina foi entregue numa concessionária em Belo Horizonte, pertencente a Oswaldo Borges, uma espécie de tesoureiro informal do tucano. Quem relatou o acerto do pagamento da propina foi Sérgio Neves, ex-executivo da Odebrecht.
Posicionamento do senador Aécio Neves:
"É falsa e absurda essa afirmação. Entre tantas mentiras que têm sido ditas envolvendo o nome do senador essa talvez seja a mais fácil de ser desmentida. O delator tem a obrigação agora de apresentar a tal conta em Cingapura, quando ficará claro quem é o responsável por ela e, por consequência, que o senador não tem qualquer relação com o assunto . É inaceitável que acusações falsas sejam feitas e vazadas de forma intencional e selecionada sem que haja qualquer tipo de comprovação.
Assessoria Jurídica do senador Aecio Neves"
sexta-feira, 17 de março de 2017
Operação contra frigoríficos prende 38 e descobre até carne podre à venda
247 - A Polícia Federal deflagrou nesta sexta (17) a Operação Carne Fraca, que investiga uma suposta organização criminosa formada por fiscais agropecuários federais e empresas do agronegócio. Alguns dos principais frigoríficos do país estão na mira da operação, segundo a Folha apurou. A Justiça Federal do Paraná determinou o bloqueio de R$ 1 bilhão.
Cerca de 1.100 policiais federais cumprem 309 mandados, sendo 27 de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados e em empresas supostamente ligadas ao grupo criminoso.
As informações são de reportagem de Estelita Hass Carazzai, Camila Mattoso e Bela Megale na Folha de S.Paulo.
"As ordens judiciais foram expedidas pela 14ª Vara da Justiça Federal de Curitiba e estão sendo cumpridas em São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás.
Segundo a PF, essa é a maior operação já realizada na história da instituição.
Em nota, a PF afirma que detectou em quase dois anos de investigação que as Superintêndencias Regionais do Ministério da Pesca e Agricultura do Estado do Paraná, Minas Gerais e Goiás atuavam para proteger empresas, prejudicado o interesse público.
O esquema funcionava por meio de agentes públicos que se utilizavam do poder de fiscalização para cobrar propina e, em contrapartida, facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização.
Dentre as ilegalidades praticadas pela suposta quadrilha está a remoção de agentes públicos com desvio de finalidade para atender interesses dos grupos empresariais."
Lava Jato completa 3 anos de proteção aos tucanos
Do Blog do Esmael
A força-tarefa Lava Jato liderada pelo juiz Sérgio Moro completa três anos nesta sexta-feira (17) de proteção aos tucanos e políticos que deram o golpe de Estado.
Além do seletivismo, partidarismo e parcialidade, que detona todo o judiciário em perspectiva, vide o caso da tarja preto em Aécio Neves, a Lava Jato tem a "comemorar" o maior desemprego e recessão na história do país desde 1929.
Você acha que acabou? Não.
A Lava Jato também é a principal responsável (sócia) pela chegada dos corruptos ao centro do poder que a queriam "estancar" — embora pareça contraditório.
Nesses últimos três anos, a Lava Jato fez a economia do Brasil perder mais de R$ trilhão.
Entretanto, o juiz Sérgio Moro e a velha mídia golpista se gabam de a Lava Jato ter "recuperado" a merreca de R$ 10 bilhões.
Diante desses fatos expostos, somente um trouxa ou mau caráter com interesses contrários aos brasileiros comemoraria a tragédia da Lava Jato.
Previsão do tempo para março, abril e maio de 2017, em Pernambuco
A Reunião de Análise e Previsão Climática ocorreu na EMPARN, em Natal, nos dias 20 e 21 de fevereiro de 2017. Na reunião foram analisados os campos globais dos oceanos e da atmosfera dos meses anteriores e atual, bem como, os resultados de modelos numéricos de previsão climática para o trimestre março a maio (MAM) de 2017. De acordo com os modelos e com a configuração da atmosfera e dos oceanos Atlântico e Pacífico, a previsão é de chuvas abaixo da média em todo o estado de Pernambuco.
CLIMATOLOGIA DA PRECIPITAÇÃO NO TRIMESTRE MAM.
Na mesorregião do Sertão Pernambucano, normalmente tem março como mês mais chuvoso e com acumulado para o trimestre março, abril e maio de 332 mm. Para o Agreste normalmente, o início do período chuvoso se inicia em abril, sendo o total do trimestre mar/abr/mai de 309,3 mm. O acumulado para a Zona da Mata é de 573,8 mm e para a RMR é de 760,2 mm para o mesmo período. Vale salientar que, mesmo com a previsão do total acumulado de precipitação no período ficar abaixo da média, podem ocorrer chuvas intensas e mal distribuídas tanto temporalmente (chuvas concentradas em poucos dias) como espacialmente (chuvas concentradas em pequenas áreas) e acompanhadas de rajadas de vento e descargas elétricas.
Em Pernambuco, as poucas chuvas que ocorreram no mês de fevereiro ficaram abaixo da média histórica em todo o Estado, dando continuidade à seca de severidade excepcional (S4) no Sertão e Agreste pernambucano e de severidade extrema (S3) no litoral.
De acordo com os modelos meteorológicos e com a configuração da atmosfera e dos oceanos, a previsão climática para os meses de março, abril e maio de 2017 é de chuvas abaixo da média em todo o estado de Pernambuco.
Fonte: APAC
quinta-feira, 16 de março de 2017
Festa de São José: Palco cultural empolga em Angelim
Em meio as festividades dos 101 anos da tradicional festa de São José, padroeiro do município de Angelim, a Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal da Integração da Juventude, durante uma semana proporcionou uma série de apresentações culturais para a família angelinense. O advento do PALCO CULTURAL, veio resgatar a cultura raiz prestigiando os artistas da terra. O espaço em praça pública atraiu um bom público num pré período que antecede aos grandes shows que serão realizados no final de semana pela municipalidade, uma espécie de aquecimento para terminar as grandes comemorações ao padroeiro, em alto estilo.
Com o dinamismo do jovem secretário Phelipe Emanoel, foi possível dar um enfoque de cultura envolvendo todas as faixas etárias, o empenho foi total atendendo aos apelos da população, que não teve comprometimento pela administração anterior. E ainda acrescentou:
"Palco cultural de Angelim, um espaço dedicado para registrar as iniciativas em arte e cultura que fazem a diferença na vida das pessoas, dos lugares, das mentes e corações! Afinal, comunicar é preciso! O que falamos, nossos valores, o que sentimos: nossa identidade cultural. saber que atrás da poesia, do teatro, das letras, da música, da dança e do que lhe vier no coração - está a mais pura manifestação do SER HUMANO.
Em um palco nunca visto em Angelim, podemos sentir a alegria do povo em curtir a festa da cultura loca!
Nas boas idéias que povoam as cidades e fazem a vida de muita gente ficar diferente!
Mais uma vez agradecemos a prefeitura municipal por apoiar esse palco!".
O prefeito Douglas Duarte no seu governo prioriza a participação popular, interage com a sociedade edificando de todas as formas políticas públicas, assegurando para todos o direito de cidadania.
Para esta quinta-feira (16) no Palco Cultural, a grande atração é a banda do 71 BI Mtz de Garanhuns, 50 anos de existência, que fará um Concerto desde a retreta, dobrados, música popular e as inesquecível composições dos anos dourados.
Amanhã, sexta-feira dia 17 estarão se apresentando no grande palco, Amigos Sertanejos e Nação Forozeira. Dia 18 - Cavaleiros do Forró e Almir Rouche e no domingo 19 - Adilson Ramos e os Cantores de Deus. São 18 anos de história.
O grupo Cantores de Deus nasceu do desejo do Pe. Zezinho de criar um grupo vocal que o acompanhasse em suas viagens, e o prefeito Douglas Duarte marcou um tento inesquecível ao contratar todos os integrantes para, pela primeira vez se apresentar em Angelim. Delegações de várias cidades satélites a Angelim, já se organizam para assistir ao grande espetáculo. Portanto o grupo se apresenta em Angelim dia 19 e nos dias 23/03-17/05 em São Paulo, dia 18/08 em Joinville -SC..
Um forte esquema de segurança foi montando pela prefeitura com apoio da Polícia Militar e Civil. Feérica iluminação em todas as quadras da festa e estrutura de banheiro químico, além de uma grande área de fornecimento de alimentos e bebidas servidas por comerciantes do ramo.
Sr. CARIRI
Paulo Câmara destaca políticas públicas de Pernambuco em fórum sobre agricultura familiar
A promoção de políticas públicas a médio e a longo prazo como vetor para o desenvolvimento da agricultura familiar. Foi com este entendimento que o governador Paulo Câmara abriu a 8ª edição do Fórum dos Gestores Estaduais responsáveis pelo apoio ao setor no Nordeste e em Minas Gerais. Na oportunidade, o chefe do Executivo estadual lembrou que Pernambuco tem intensificado esforços com a intenção de proporcionar cada vez mais ações que garantam melhores condições de sustentabilidade às famílias, gerando emprego e renda. "Não adianta só crescer economicamente, se o social não crescer junto", frisou.
Paulo Câmara destacou a importância do fórum, que tem como objetivo a promoção do intercâmbio de políticas entre os Estados que compõem o semiárido brasileiro. O governador ressaltou que a possibilidade de assegurar que esse perfil de agricultor viva da sua produção, a partir do seu trabalho, na sua terra, e dando uma qualidade de vida decente aos seus filhos e sua família é algo imprescindível para a administração estadual.
"Temos uma política de convivência com o semiárido que envolva as ações de poços, de cisternas, e de sistemas simplificados para que a água chegue para que a população avance. Para que o agricultor familiar possa produzir na sua terra. E esse alimento produzido possa ser vendido, e isso gere renda e condições de ele próprio reinvestir na sua terra e de sustentar a sua família", afirmou.
O governador lembrou que o Governo de Pernambuco tem feito parcerias junto aos municípios e associações cooperativas visando implantar cisternas, fazer poços e sistemas simplificados. Esse tipo de ação se soma a um conjunto de outras iniciativas que permitem a condição de famílias que têm como fonte de renda a agricultura familiar garantam o seu sustento de forma tranquila.
"No âmbito da agricultura familiar, todos nós sabemos que os desafios são enormes, são seculares. Estamos no presente enfrentando a maior seca da história: são seis anos que não chove aqui no Nordeste. E a falta de chuva, aliada a uma crise econômica sem precedentes, afeta a vida de todos os brasileiros. Mas precisamos ter um olhar especial para aqueles que moram nas áreas mais pobres e que muitas vezes necessitam de apoio governamental para avançar", defendeu Paulo.
Do total de agricultores familiares do País, 50% atua no Nordeste - contabilizando 2 milhões de estabelecimentos atuando na área. Em Pernambuco, 275.000 pessoas garantem o seu sustento dessa forma. O Estado é referência no âmbito da regularização fundiária, onde já conta com mais de 10.000 títulos de acesso à terra gratuitos e registrados em cartório. "O fórum é crucial para discutir ações estratégicas do Nordeste brasileiro, incluindo também o Estado de Minas Gerais. Os Estados, juntos, podem construir avanços na agricultura familiar do País, melhorando a qualidade de vida dos trabalhadores e suas famílias", registrou o secretário estadual de Agricultura e Reforma Agrária, Nilton Mota.
FÓRUM - Criado em março de 2015, o Fórum dos Gestores Estaduais responsáveis pelas políticas de Apoio à Agricultura Familiar no Nordeste e em Minas Gerais - realizado pela primeira vez em Pernambuco - reúne secretários de Estado e representantes de instituições públicas nacionais e internacionais ligadas ao campo e da sociedade civil organizada. A programação da edição pernambucana do evento se estende até amanhã.
ADAGRO apreende queijo em canhotinho
476 kg de queijo são apreendidos em Canhotinho
Ontem (15), fiscais da Adagro realizaram uma apreensão de queijo no município de Canhotinho, a 206 km da capital Pernambucana. Os produtos estavam vencidos e alguns sem registro na Adagro ou no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
No local foram recolhidos 242 kg de queijo mussarela, 184kg de queijo coalho do tipo A e 49 kg de queijo de manteiga. Os produtos estavam estocados junto a produtos que seriam comercializados. Todo o material apreendido foi incinerado.
Mídia esconde Fora Temer como escondeu Diretas Já
247 – As capas dos principais jornais
brasileiros nesta quinta-feira 16 escondendo ou minimizando as
manifestações que levaram 1 milhão de brasileiros ontem às ruas contra
as reformas do governo e pelo Fora Temer lembram um fato similar em
1984, quando a mídia escondeu que 300 mil pessoas foram à Praça da Sé
pedir por Diretas Já.
Como ocorreu à época, quando apenas a Folha de S.Paulo
noticiou o protesto, o jornal da família Frias foi o único também hoje a
dar destaque principal na capa para a manifestação que levou 250 mil,
segundo a CUT, à Avenida Paulista. A foto do protesto publicada no site,
porém, mostrava um plano fechado na região do Masp, enquanto o ato
tomava toda a Paulista (veja aqui a comparação da Midia Ninja).
Lava Jato: mais uma obra incluindo Aécio na delação
Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo
Uma nova obra deve surgir nas delações da Operação Lava Jato,
no capítulo em que Aécio Neves (PSDB-MG) é citado como possível
beneficiário de vantagens de empreiteiras: a usina hidrelétrica de Santo
Antônio, da qual a Odebrecht Energia é acionista, junto com a Cemig,
empresa controlada pelo governo de Minas Gerais.
O PSDB de Minas Gerais diz, em nota, que desconhece o teor das delações.
E que reafirma a correção de todas as obras e ações realizadas enquanto o partido comandou o governo do Estado.
Cunha ainda manda; Sílvio e o caixa dois
Durante
excursão pelo Congresso no último fim de semana, uma guia disse aos
turistas que a visita ao gabinete da presidência estava vetada por ordem
do ex-deputado Eduardo Cunha, e sugeriu que os visitantes mandassem
e-mail pressionando o atual presidente, Rodrigo Maia, a derrubar a
proibição.
Já
na sessão que antecedeu a divulgação da lista de Rodrigo Janot, o
deputado Silvio Costa (PT do B-PE) pediu que o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarasse publicamente que não colocaria em
votação um projeto de anistia ao caixa dois.
Maia
ignorou e passou a palavra ao próximo orador. Jovair Arantes (PTB-GO)
comentou com o deputado ao lado: “Silvio está falando de corda em casa
de enforcado!”. (Painel – Folha de .Paulo)
Com Renan de aliado, Temer dispensa oposição
Josias de Souza
Desde
que deixou a presidência do Senado, Renan Calheiros tem feito dupla
jornada. Como líder do governista PMDB, o senador revela-se um inusitado
comandante da oposição ao Planalto. Com a lealdade a Michel Temer já
extremamente cansada, Renan encena em público um rompimento em
conta-gotas. Simultaneamente, renegocia no escurinho o preço de sua
fidelidade. A julgar pela acidez da oratória de Renan, o governo ainda
não enxergou o valor do seu quase ex-aliado.
Depois de dizer que a reforma da Previdência de Temer é ''exagerada'' e
de insinuar que o Planalto segue ordens de Eduardo Cunha, emadas desde
uma cela do sistema penitenciário pranaense, Renan voltou à carga. Nesta
quarta-feira, declarou que o governo “já inviabilizou”
a reforma da Previdência. Afirmou que, do modo como age,
“precipitadamente”, o Planalto acabará sepultando também as reformas
trabalhista e tributária.
Convidado
pelos repórteres a trocar em miúdos suas críticas, Renan limitou-se a
dizer que a bancada do PMDB, a maior do Senado, com 22 votos, precisava
ter uma conversa “franca e aberta” com o companheiro Temer. Franca?
Talvez. Aberta? Jamais.
quarta-feira, 15 de março de 2017
Mais um ministro de Temer na lista de Janot
Folha de S.Paulo
O ministro da Indústria e Comércio, Marcos Pereira (PRB), (foto) é alvo de pedido de abertura de inquérito da Procuradoria-Geral da República por ter sido citado em delação da Odebrecht.
Ele é apontado como destinatário de recursos para o seu partido nas eleições de 2014. O Jornal Nacional revelou que seu nome faz parte da lista de inquéritos entregue nesta terça (14) ao STF (Supremo Tribunal Federal). A Folha confirmou a informação.
Pelo menos outros cinco ministros do governo de Michel Temer estão na lista. São eles: Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Bruno Araújo (Cidades), Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia e Comunicações) e Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores).
Segundo a Folha apurou, integram a relação ainda os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), além dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA), José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG). O presidente Michel Temer não é alvo de pedido específico de inquérito.
A divulgação parcial da nova lista do Janot causou supresa no Planalto
247 - A divulgação parcial da nova lista do Janot causou supresa no Planalto, com a divulgação dos nomes de cinco ministros na lista de pedidos de investigação da Procuradoria-Geral da República causou desconforto à equipe de Michel Temer, para quem a manutenção do sigilo sobre os detalhes das denúncias contribui para aumentar o desgaste da imagem do governo.
"A avaliação é que, sem dar publicidade às informações sobre a gravidade das acusações, todos os ministros ficam em suspeição, o que impede a elaboração de uma estratégia de defesa e a análise individualizada, com risco de afetar a pauta administrativa.
Mantido o sigilo sobre as acusações, o Palácio do Planalto avalia pedir à Advocacia-Geral da União que solicite ao ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Frachin, relator da Lava Jato, que acelere a divulgação do conteúdo dos pedidos de investigação.
Temer já esperava as presenças de Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Gilberto Kassab (Comunicações) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores) na lista. A inclusão de Bruno Araújo (Cidades), contudo, causou surpresa.
Temer ordenou à equipe ministerial que não precipite qualquer reação aos pedidos de abertura de inquérito, antes que seja conhecida a dimensão de seu impacto sobre Planalto. Só assim, argumentam auxiliares presidenciais, o governo terá condições de calibrar a reação necessária."
Jucá e a lista: estamos na guerra e morrer faz parte
Do blog de Magno Martins
Um dos integrantes da nova edição da Lista de Janot, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder de Michel Temer no Senado, pressente que o fim de sua carreira pode estar mais próximo do que nunca.
Ícone do golpe parlamentar de 2016, quando foi flagrado defendendo um "amplo acordo, com Supremo, com tudo, para estancar a sangria" da Lava Jato, Jucá disse que o Congresso não pode ficar paralisado, "tremendo", mas admitiu ao Globo: "Estamos na guerra e, se morrer na guerra, acontece, faz parte".
Rodrigo Janot, enviou nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) 83 pedidos de abertura de inquérito contra parlamentares e ministros de Estado. Os suspeitos foram citados na delação premiada de 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht. Além de Jucá, também estão na lista os senadores Eunício Oliveira, Renan Calheiros, Edison Lobão, ambos do PMDB, e José Serra e Aécio Neves, do PSDB, e ao menos cinco ministros de Michel Temer.
A hora da verdade para Aécio, aliados e adversários
Andrei Meireles - Blog Os Divergentes
Pelo que ouço de investigadores, nos próximos dias Aécio Neves vai para a ribalta da Lava Jato. Por seu desempenho em Minas Gerais e em Brasília.
A conferir.
O fato é que nos bastidores e, mais recentemente, no palco, Aécio Neves se faz porta-voz de uma narrativa para diferenciar quem se beneficiou de maneira diferente do dinheiro empresarial investido na política.
Não importa se a origem dele é limpa ou suja.
Uns teriam usado a grana apenas para se eleger e outros, também, para enriquecer.
O que prega Aécio, em uma tese consensual entre as principais lideranças políticas, é que, a exemplo da parábola bíblica, é preciso separar o joio do trigo.
Quem seguiu a regra do jogo eleitoral, recebeu dinheiro por baixo dos panos, se não houver provas de que tenha retribuído o favor com benesses públicas ou embolsado parte da grana, mereceria penalidade menor.
Talvez nenhuma punição.
Se os tribunais andam entendendo de maneira diferente, seria o caso da Câmara e do Senado, com a sanção presidencial, deixar isso explícito, e anular o avanço na Justiça ao abrir uma brecha contra a eterna impunidade dos poderosos.
É a tal anistia ao Caixa Dois. Ou coisa parecida.
Ano passado, a gente assistiu essa série no Congresso, sempre com capítulos surpresas, e episódios na calada da noite.
A diferença agora é que atores ocultos entraram em cena.
Um deles é o próprio Aécio Neves.
Outro é Rodrigo Maia, que presidiu a sessão noturna em que o pacote de medidas proposto pelo Ministério Público, com o apoio da população, virou um monstrengo.
Ambos agora estão no palco.
Em entrevista à repórter Júnia Gama, publicada no jornal O Globo, Rodrigo Maia expôs a nova estratégia:
“Essa discussão tem que ser transparente, tem que apresentar antes qual texto será votado, não enganar a sociedade sobre o que se pretende fazer. Debatendo de forma clara não fica parecendo algo pior do que é na realidade”.
Perfeito, Rodrigo.
Sua declaração pode ser lida como uma autocrítica das manobras sob o seu comando para aprovar, por baixo dos panos, uma absurda represália por não terem conseguido votar uma anistia para si próprios.
Reconhece também que o mérito da proposta é no mínimo duvidoso.
Não há outra leitura para “não fica parecendo algo pior do que na realidade”.
Eles queriam mais, uma anistia ampla, geral e irrestrita para quem se lambuzou no dinheiro sujo do Caixa Dois.
Como não conseguiram, pedem agora uma gradação das penas.
Aécio Neves, Rodrigo Maia, Lula, Dilma Rousseff e a elite política brasileira de todos os naipes com certeza sabem agora o valor do pedágio para terem chegado aonde chegaram.
Antes até podiam alegar que não haviam entendido direito. Distribuir responsabilidades e culpas.
A Lava Jato pôs tudo e todos a nu.
Ainda não ouvi sequer um pedido de desculpa de nenhum deles.
Sempre é tempo.
terça-feira, 14 de março de 2017
Lula, Dilma e Ciro vão "reinaugurar" Eixo Leste
Do Blog da Folha
Dez dias depois de ato de Michel Temer (PMDB) em Monteiro, na Paraíba, para inaugurar o Eixo Leste da Transposição do São Francisco, o trecho será reinaugurado no próximo domingo (19). Além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi anunciado no final de semana, desembarcam no local a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) - que assim como Lula pretende rebater o discurso do peemedebista sobre a paternidade da obra – e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT). Quem organiza a ida de Dilma, Lula e Ciro é o governador Ricardo Coutinho, do PSB. O socialista agradeceu aos três pela realização das obras no último dia 10, data em que Temer participou de ato em Monteiro. O ato foi marcado por protestos contra o peemedebista. Presente ao evento, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) chegou a sair em defesa de Temer.
Informações obtidas pelo Congresso em Foco dão conta de que o tucano tentou falar três vezes por telefone com o ex-presidente Lula para tentar amenizar o tom de seu discurso, mas que o petista não atendeu nem retornou as ligações. A assessoria de Lula não confirma a informação, no entanto.
Em sua passagem por Campina Grande, também na Paraíba, no mesmo dia, Michel Temer afirmou que ninguém poderia requerer o papel de pai da transposição.
O evento do dia 19 deverá contar com a presença de militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), de sindicatos e pastorais. A cerimônia também deverá ter um ato religioso com o padre Djacy Brasileiro.
Dez dias depois de ato de Michel Temer (PMDB) em Monteiro, na Paraíba, para inaugurar o Eixo Leste da Transposição do São Francisco, o trecho será reinaugurado no próximo domingo (19). Além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi anunciado no final de semana, desembarcam no local a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) - que assim como Lula pretende rebater o discurso do peemedebista sobre a paternidade da obra – e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT). Quem organiza a ida de Dilma, Lula e Ciro é o governador Ricardo Coutinho, do PSB. O socialista agradeceu aos três pela realização das obras no último dia 10, data em que Temer participou de ato em Monteiro. O ato foi marcado por protestos contra o peemedebista. Presente ao evento, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) chegou a sair em defesa de Temer.
Informações obtidas pelo Congresso em Foco dão conta de que o tucano tentou falar três vezes por telefone com o ex-presidente Lula para tentar amenizar o tom de seu discurso, mas que o petista não atendeu nem retornou as ligações. A assessoria de Lula não confirma a informação, no entanto.
Em sua passagem por Campina Grande, também na Paraíba, no mesmo dia, Michel Temer afirmou que ninguém poderia requerer o papel de pai da transposição.
O evento do dia 19 deverá contar com a presença de militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), de sindicatos e pastorais. A cerimônia também deverá ter um ato religioso com o padre Djacy Brasileiro.
O depoimento de Emílio Odebrecht foi uma brutal decepção para quem esperava uma bomba contra o PT
De paulo Nogueira no DCM
Para a direita, o depoimento de Emílio Odebrecht na Lava Jato não poderia ser mais frustrante.
Emílio comandou a Odebrecht até 2002, quando foi substituído na direção executiva por seu filho Marcelo.
De lá para cá, preside apenas o Conselho de Administração. Ele falou na condição de testemunha arrolada pela defesa de Marcelo.
Emílio disse tudo que não querem ouvir os interessados na tese de que o PT inventou a corrupção.
Caixa 2, ou doação não contabilizada, afirmou, é uma coisa que existe desde tempos imemoriais. E todos os partidos — não apenas o PT — foram sempre beneficiados por elas.
Emílio Odebrecht disse ainda que não sabe se o “Italiano” que aparece nas planilhas de caixa 2 da empresa é ou não Palocci.
“Eu seria muito irresponsável se dissesse que é o Palocci”, afirmou. “Outros descendentes de italianos na Odebrecht também eram conhecidos assim.”
O depoimento foi por videoconferência. Na matéria que deu sobre o assunto, o Estadão disse que Moro decidira tratar o depoimento como sigiloso.
No pé do texto, porém, havia um vídeo vazado da fala. (Pausa para uma gargalhada.)
A imagem de Emílio não apareceu no vídeo, para “preservá-lo” — seja lá o que isso queira dizer. Você via apenas, em metade do víd
Emílio comandou a Odebrecht até 2002, quando foi substituído na direção executiva por seu filho Marcelo.
De lá para cá, preside apenas o Conselho de Administração. Ele falou na condição de testemunha arrolada pela defesa de Marcelo.
Emílio disse tudo que não querem ouvir os interessados na tese de que o PT inventou a corrupção.
Caixa 2, ou doação não contabilizada, afirmou, é uma coisa que existe desde tempos imemoriais. E todos os partidos — não apenas o PT — foram sempre beneficiados por elas.
Emílio Odebrecht disse ainda que não sabe se o “Italiano” que aparece nas planilhas de caixa 2 da empresa é ou não Palocci.
“Eu seria muito irresponsável se dissesse que é o Palocci”, afirmou. “Outros descendentes de italianos na Odebrecht também eram conhecidos assim.”
O depoimento foi por videoconferência. Na matéria que deu sobre o assunto, o Estadão disse que Moro decidira tratar o depoimento como sigiloso.
No pé do texto, porém, havia um vídeo vazado da fala. (Pausa para uma gargalhada.)
A imagem de Emílio não apareceu no vídeo, para “preservá-lo” — seja lá o que isso queira dizer. Você via apenas, em metade do víd
eo, Moro e uma representante do Ministério Público. A outra metade mostrava só uma parede.
Moro não fez perguntas no início. Limitou-se a apresentar o depoimento. As questões, no começo, ficaram por conta da defesa de Marcelo Odebrecht.
Foi interessante ver Moro como ouvinte. A câmara não saiu dele. Moro parecia não prestar muita atenção. Folheava alguma coisa enquanto as perguntas eram feitas e respondidas.
Essa impressão se reforçou quando, no final, Moro tomou a palavra. Ele de cara perguntou a Odebrecht quando ele deixara a presidência executiva da companhia. Ela já dissera que fora entre 2001 e 2002.
A representante do MP também fez suas perguntas, que nada contribuíram para o conteúdo do depoimento. Ela pareceu achar estranho que donos de grandes empresas se encontrem com presidentes da República e ministros para tratar de assuntos diversos.
Emílio Odebrecht foi muito elogioso em relação a Palocci o tempo todo. Ele aproveitou a ocasião para desmentir que houvesse um “Departamento de Propinas” na empresa, ao contrário do que vem apregoando a imprensa.
A direita esperava uma bomba contra o PT, Lula, Dilma e Palocci. Não veio a bomba. Apenas a explanação cândida de um velho e rodado empresário sobre a vida como ela é. Nela os financiamentos de grandes corporações, contabilizados ou por fora, não são seletivos como os vazamentos da Lava Jato.
Alcançam — ou alcançavam — todo mundo, para desconsolo dos que construíram a narrativa segundo a qual a corrupção foi inventada pelo PT.
Moro não fez perguntas no início. Limitou-se a apresentar o depoimento. As questões, no começo, ficaram por conta da defesa de Marcelo Odebrecht.
Foi interessante ver Moro como ouvinte. A câmara não saiu dele. Moro parecia não prestar muita atenção. Folheava alguma coisa enquanto as perguntas eram feitas e respondidas.
Essa impressão se reforçou quando, no final, Moro tomou a palavra. Ele de cara perguntou a Odebrecht quando ele deixara a presidência executiva da companhia. Ela já dissera que fora entre 2001 e 2002.
A representante do MP também fez suas perguntas, que nada contribuíram para o conteúdo do depoimento. Ela pareceu achar estranho que donos de grandes empresas se encontrem com presidentes da República e ministros para tratar de assuntos diversos.
Emílio Odebrecht foi muito elogioso em relação a Palocci o tempo todo. Ele aproveitou a ocasião para desmentir que houvesse um “Departamento de Propinas” na empresa, ao contrário do que vem apregoando a imprensa.
A direita esperava uma bomba contra o PT, Lula, Dilma e Palocci. Não veio a bomba. Apenas a explanação cândida de um velho e rodado empresário sobre a vida como ela é. Nela os financiamentos de grandes corporações, contabilizados ou por fora, não são seletivos como os vazamentos da Lava Jato.
Alcançam — ou alcançavam — todo mundo, para desconsolo dos que construíram a narrativa segundo a qual a corrupção foi inventada pelo PT.
Lula diz estar disposto a viajar pelo país
Do blog de Magno Martins
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda (13) que está disposto a viajar pelo país para "alertar o povo brasileiro sobre o que está em jogo" com as reformas propostas pelo governo de Michel Temer.
Segundo o petista, é preciso impedir que haja "retrocesso" em relação aos direitos e conquistas dos trabalhadores nos últimos anos.
"Estou disposto a voltar a ter 35 anos, estou disposto a voltar a andar por esse país, alertando o povo brasileiro sobre o que está em jogo", afirmou Lula durante a abertura do 12º Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares, em Brasília.
Desta vez, Lula relativizou a possibilidade de ser candidato à Presidência da República em 2018, ponderando que "a natureza é implacável", mas disse que tem disposição para "preparar nosso povo".
"Quem já fez história não tem como fazer ela retroceder", declarou o ex-presidente.
Tudo tranquilo em Brasília: o joio são os outros
Helena Chagas - Blog Os Divergentes
Se alguém espera nos próximos dias uma leva de demissões ministeriais, renúncias a funções importantes no Congresso e no governo e reações afins à abertura dos inquéritos pedidos pela lista de Janot e à divulgação dos depoimentos da Odebrecht, é grande a chance de sair frustrado. A palavra de ordem em Brasília hoje é normalidade.
Ainda que esteja todo mundo em pânico, os políticos acusados vão se comportar como se nada estivesse acontecendo, tentando votar e cuidando de outros assuntos da agenda – inclusive, e sobretudo, os do Planalto. O “day after” do tsunami não terá, ao menos na superfície, um cenário de destruição.
Por quê? Porque todo mundo sabe que, apesar da inevitável desmoralização e desgaste político que recairá sobre esses políticos, em Brasília as coisas andam devagar. Até que a citação no inquérito se transforme em investigação de fato, ou produza efeitos concretos, algum tempo se passará.
Tempo suficiente, por exemplo, para Eliseu Padilha retornar à Casa Civil e manter o foro privilegiado da hora em que as acusações contra ele baterem no STF. O ministro está em teste. Se as coisas piorarem ainda mais, pode sair – ou primeiro pedir afastamento e se licenciar. Da mesma forma, outros ministros sabidamente citados, como Moreira Franco, Aloysio Nunes e Gilberto Kassab, não pensam em mover uma palha para deixar seus cargos neste momento.
Tempo suficiente também para que todos eles participem da articulação que poderá resultar numa lei de anistia do caixa 2 e de outros crimes correlatos, separando, como dizem, “o joio do trigo”. Com isso, resolve-se a vida de muita gente, até porque o comportamento geral segue a linha da cara-de-pau de sempre. Todo mundo recebeu caixa 2, e não propina. O joio são os outros.
Milhões da corrupção de Cabral pagarão aposentados
Os R$ 270 mihões resgatados pela força-tarefa da Lava Jato no Rio serão usados para pagar 13º salário atrasado de inativos
Os R$ 270 milhões resgatados do esquema de corrupção, que, segundo o Ministério Público Federal era chefiado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), serão utilizados para pagar o 13.º salário atrasado dos servidores aposentados e pensionistas do Estado, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Cerca de 150 mil pessoas receberão o abono integralmente, com prioridade para aqueles que recebem benefícios mais baixos.
Outros cerca de 100 mil inativos com maiores rendimentos terão direito ao pagamento do 13.º salário parcialmente, disse uma fonte. O Estado do Rio tem 155.971 aposentados e 92.119 pensionistas, num total de 248.090 beneficiários. Os recursos já foram pleiteados pelo governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB), aliado político de Cabral.
O abono natalino foi pago no ano passado apenas aos servidores ativos da Educação, do Ambiente, da Procuradoria-Geral do Estado, de empresas celetistas e de outros órgãos. Esses custearam a folha com recursos próprios, como o Departamento de Trânsito do Estado (Detran) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Cerimônia. A cerimônia de entrega do dinheiro recuperado pela força-tarefa da Lava Jato no Rio está prevista para ocorrer no dia 21, conforme informou o Estado na edição desta segunda-feira, 13. O governo fluminense, no entanto, não confirma que haverá a reversão do dinheiro para o Rio. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) não comenta o assunto, mas confirma que há uma negociação em curso.
‘Momento oportuno’. Já a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que vai estudar a hipótese de pleitear os valores recuperados pela força-tarefa do Rio “no momento oportuno”. O dinheiro foi recuperado do esquema de pagamento de propina recolhida em obras públicas como a construção do Arco Metropolitano, o PAC das Favelas e a reforma do Maracanã, feitas com recursos federal e estadual.