sábado, 20 de maio de 2017

Delator diz que jornalista o chantageou


Folha de S.Paulo
O diretor de relações institucionais do grupo J&F, Ricardo Saud, afirmou em delação premiada que pagou R$ 18 mil mensais ao jornalista Cláudio Humberto para evitar a publicação de notícias negativas sobre as empresas do grupo.
Humberto é editor-chefe do site "Diário do Poder" e distribui sua coluna para diversos jornais do país. Foi assessor de imprensa e porta-voz de Fernando Collor na Presidência da República (1990-1992).
Saud afirma que foi tema de uma nota em 2014, após visitar a casa do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). De acordo com o diretor, o jornalista afirmou na coluna que "Joesley [Batista] fez de Ricardo Saud o homem da mala" .
"O próprio Renan disse: 'Ele fez isso para chamar vocês lá para um acerto. Vai lá e dá um dinheirinho para ele que resolve. Ele vive disso'", declarou Saud aos procuradores.
De acordo com o executivo, Humberto cobrou inicialmente R$ 30 mil mensais. Após uma negociação, ficou acertado um pagamento de R$ 18 mil por mês.
"Tem dois anos que estamos pagando para ele parar de falar mal da gente. Se não pagar, no dia seguinte ele vai lá e fala mal. Se fez isso comigo, deve estar fazendo com muita gente", afirmou.  A reportagem enviou mensagem por meio do site "Diário do Poder", mas até o momento não houve resposta.

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